Prevalência de dor abdominal crônica em crianças com fissuras labiopalatinas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Eliane Alves Motta Cabello dos
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-06102020-151039/
Resumo: O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência e realizar a caracterização da dor abdominal crônica (DAC) em crianças com fissuras labiopalatinas (FLP). Estudo transversal, cuja amostra constou de 420 pacientes com FLP não associadas a síndromes, com idade de 4 a 18 anos. A amostra foi selecionada entre os pacientes atendidos no ambulatório interdisciplinar de hospital de referência em anomalias craniofaciais. Entrevista estruturada foi realizada com relação à presença de DAC, com base nos critérios de Apley e Naish. Quando todos os critérios foram preenchidos e a DAC foi confirmada, os participantes foram solicitados a responder questões adicionais referentes à dor. O hábito intestinal (HI) dos pacientes foi investigado. Dos prontuários foram obtidos dados de identificação, tipo de fissura e número de cirurgias realizadas. O Teste de Qui-quadrado foi utilizado para verificar associações entre variáveis qualitativas e o Teste de Correlação de Pearson para correlação entre idade e prevalência de dor (p<0,05). A prevalência de DAC encontrada foi de 38,3% e foi maior que a prevalência média na população geral pediátrica. Houve predomínio no sexo feminino e a incidência de DAC diminuiu com a idade. A dor foi associada à alterações do HI, principalmente constipação intestinal. Não houve associação de DAC com tipo de fissura ou com número de cirurgias. Nos pacientes com DAC a localização predominante foi ao redor ou abaixo do umbigo, associada à flatulência/distensão abdominal e náuseas. Faltaram à escola por causa da dor 20,4% das crianças com DAC e dos 60,2% que procuraram auxílio médico, 85,5% realizaram exames complementares. Dos pacientes com DAC, 75,1% usaram medicações, principalmente analgésicos. Concluiu-se que a DAC apresentou alta prevalência entre as crianças com FLP, está associada a constipação intestinal e leva a uso considerável de serviços médicos, uso de medicações e faltas escolares
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