Proibido tocar, permitido dançar: dança e mediação no museu de arte contemporânea

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Aila Regina da
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-23052019-115828/
Resumo: Este estudo visa analisar o corpo dentro do Museu de Arte Contemporânea (MAC/USP) por meio de seis vivências com dança nos andares expositivos, como forma de mediação. Pesquisou-se como é a interação do indivíduo com base numa tríade: dele consigo, dele com o outro (grupo) e dele com o espaço artístico; numa relação guiada pela mediação dançada com grupos aleatórios, de pessoas com e sem deficiência física e/ou mental, em grupos entre 3 e 23 pessoas, intermediadas pela própria pesquisadora. Com isso, buscou-se estabelecer um diálogo sobre Arte e como ela nos afeta. A dança é acessível a todo o público, isto é, qualquer indivíduo está apto a dançar. Por isso, ela foi eleita como ferramenta, a fim de nivelar o público horizontalmente. Por tal motivo, este estudo trata, sim, de inclusão, mas não por ser um projeto destinado apenas às pessoas com alguma deficiência ou mobilidade reduzida, mas um projeto em que todos podem participar, no qual a diversidade é celebrada. O estudo, longe de querer formar dançarinos ou puramente estudar a técnica da dança, baseou-se nos princípios de Rudolf Laban e no arcabouço da técnica do DanceAbility e de coletivos de dança contemporâneos, a fim de validar o processo de uma proposta original de mediação com dança. A percepção de Arte, do ponto de vista fenomenológico de Merleau-Ponty, só pode se dar pela experiência, pelo reconhecimento corpóreo do indivíduo com o espaço em que ele está inserido. Esta ocupação do espaço museológico pelo dançar é capaz de transformar a forma de se locomover e se portar no espaço, de mudar a relação do indivíduo com ele próprio e, por conseguinte, com o grupo e o espaço, provocando, então, uma nova forma de diálogo com a Arte através de corpo. Para quebrar as barreiras do tato com a Arte contemporânea, o indivíduo quebra, antes, a barreira do tato consigo mesmo.
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