Ritmos sociais e biológicos em crianças cegas e com baixa visão: uma abordagem histórico-cultural

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Espírito Santo, Cláudia Rodrigues do
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-23082019-204023/
Resumo: Nesta pesquisa, analisei o padrão temporal de sono e as atividades cotidianas realizadas por duas crianças cegas e quatro crianças com baixa visão, na faixa etária entre 3-4 a 7-8 anos, por meio de diário de sono e de atividades preenchido ao longo de três semanas, com o objetivo de investigar se crianças cegas ou com baixa visão, sendo algumas com múltipla deficiência, apresentam padrão de ciclo vigília/sono alterado em função da dificuldade de percepção da mudança do ambiente pelo comprometimento do sentido da visão. Parti da hipótese de que a percepção dos ciclos e a organização temporal na espécie humana, principalmente nos centros urbanos das sociedades atuais, estão cada vez mais vinculadas aos compromissos sociais, em geral relacionados ao trabalho e à escola, e cada vez menos à observação da mudança do ambiente causada por eventos geofísicos, como é o caso do ciclo claro/escuro. Ao analisar os resultados, percebemos evidências indiretas de privação de sono nos dias da semana compatíveis com os dados existentes em pesquisas sobre ritmicidade biológica na espécie humana de modo geral, o que confirma a nossa hipótese inicial de organização temporal baseada no ritmo social cada vez mais independente do ciclo claro/escuro geofísico. Porém, evidencio a nossa sugestão em relação a uma identidade temporal singular para cada indivíduo, construída com base em aspectos sociais e biológicos. Assim, a partir de uma análise dialética, concluímos que a questão sobre sincronização de ritmos supera a dicotomia social-biológico e se desloca para as possibilidades diversas de interações entre os sinais temporais do ambiente e a forma como eles atingem singularmente cada sujeito em uma estrutura histórico-cultural
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