Taranaquita de potássio: formação no solo e liberação de potássio e fósforo para plantas de milho
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1988 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20231122-093210/ |
Resumo: | Dois experimentos de casa de vegetação foram conduzidos para estudar as condições de formação de taranaquita de potássio no solo e a eficiência desse composto em fornecer K para plantas de milho, comparando-a à do cloreto de potássio. A formação de taranaquita de K foi estudada em amostras de Podzólico Vermelho-Amarelo (PV) e de Latossolo Vermelho-Escuro (LE), utilizando- se de um experimento inteiramente casualizado em esquema fatorial 4 x 2 x 2, constituído de quatro níveis de pH - em torno de 3,0, 4,0, 5,0 e 6,0 - dois níveis de fósforo - 0 e 200 ppm P - e dois níveis de potássio - 0 e 200 ppm K; esses nutrientes foram aplicados na forma de Ca (H2PO4)2. 2H20 e KCl, respectivamente. As amostras foram umedecidas a 70% da capacidade de retenção de água e incubadas por 60 dias. Frações areia, silte e argila foram submetidas à análise por difração de raios-X para identificar a possível presença de taranaquita de potássio. A eficiência da taranaquita de K em fornecer potássio às plantas de milho foi estudada em amostras dos mesmos solos através de experimento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 x 2 x 2, constituído de duas fontes de potássio - taranaquita de K e KCl - dois níveis de potássio - 150 e 300 ppm K - e dois níveis de fósforo - 0 e 200 ppm P. O fósforo foi aplicado como superfosfato simples. Além dos tratamentos fatoriais, foi acrescentada uma testemunha absoluta e uma testemunha com fósforo. Aos quarenta e cinco dias da emergência a parte aérea das plantas foi colhida para determinação da produção de matéria seca e do acúmulo de K e P. Utilizando o método de difração de raios-X, não foi possível comprovar a formação de taranaquita de K em quaisquer dos solos, das frações granulométricas, dos valores de pH e dos níveis de K e P estudados. Análises posteriores mostraram que adição de 3% de taranaquita de potássio sintética às frações argila e silte do solo PV permitiu a identificação desse mineral pelo método de difração de raios-X; a caracterização tornou-se mais evidente quando a quantidade de taranaquita adicionada aumento para 5% ou 10%. Quanto à produção de matéria seca pelas plantas de milho, a taranaquita de potássio sem aplicação de P foi tão eficiente quanto o cloreto de potássio com aplicação de P; na ausência de P aplicado, a taranaquita de potássio conferiu maior produção de matéria seca em ambos os solos (57,60 e 24,81g/vaso) do que o cloreto de potássio (6,73 e 3,48 g/vaso). Na ausência de P aplicado, a adição de taranaquita de K sempre resultou acúmulo de maiores quantidades de K e P na parte aérea das plantas de milho do que a aplicação de cloreto de potássio. Na presença de P, o acúmulo de K a partir da taranaquita foi igual ou menor que o observado para o cloreto de potássio, enquanto o acúmulo de P foi sempre maior para as aplicações de taranaquita. A recuperação do potássio aplicado pelas plantas de milho não tratadas com P foi maior quando a taranaquita foi adicionada. Na presença de P, tanto a taranaquita de K quanto o KCl mostraram elevados índices de recuperação no solo PV e baixos no LE. Os fatores de utilização de potássio (massa seca produzida por unidade de massa de K aplicado) observados quando a taranaquita foi adicionada na ausência de P foram maiores que os obtidos para o cloreto e potássio. Na presença de P os fatores obtidos para cada fonte de potássio foram mais elevados e equivalentes entre si. |
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Taranaquita de potássio: formação no solo e liberação de potássio e fósforo para plantas de milhoPotassium taranakite: formation in soil and release of potassium and phosphorus to corn plantsMILHOSOLOSTARANAQUITA DE POTÁSSIODois experimentos de casa de vegetação foram conduzidos para estudar as condições de formação de taranaquita de potássio no solo e a eficiência desse composto em fornecer K para plantas de milho, comparando-a à do cloreto de potássio. A formação de taranaquita de K foi estudada em amostras de Podzólico Vermelho-Amarelo (PV) e de Latossolo Vermelho-Escuro (LE), utilizando- se de um experimento inteiramente casualizado em esquema fatorial 4 x 2 x 2, constituído de quatro níveis de pH - em torno de 3,0, 4,0, 5,0 e 6,0 - dois níveis de fósforo - 0 e 200 ppm P - e dois níveis de potássio - 0 e 200 ppm K; esses nutrientes foram aplicados na forma de Ca (H2PO4)2. 2H20 e KCl, respectivamente. As amostras foram umedecidas a 70% da capacidade de retenção de água e incubadas por 60 dias. Frações areia, silte e argila foram submetidas à análise por difração de raios-X para identificar a possível presença de taranaquita de potássio. A eficiência da taranaquita de K em fornecer potássio às plantas de milho foi estudada em amostras dos mesmos solos através de experimento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 x 2 x 2, constituído de duas fontes de potássio - taranaquita de K e KCl - dois níveis de potássio - 150 e 300 ppm K - e dois níveis de fósforo - 0 e 200 ppm P. O fósforo foi aplicado como superfosfato simples. Além dos tratamentos fatoriais, foi acrescentada uma testemunha absoluta e uma testemunha com fósforo. Aos quarenta e cinco dias da emergência a parte aérea das plantas foi colhida para determinação da produção de matéria seca e do acúmulo de K e P. Utilizando o método de difração de raios-X, não foi possível comprovar a formação de taranaquita de K em quaisquer dos solos, das frações granulométricas, dos valores de pH e dos níveis de K e P estudados. Análises posteriores mostraram que adição de 3% de taranaquita de potássio sintética às frações argila e silte do solo PV permitiu a identificação desse mineral pelo método de difração de raios-X; a caracterização tornou-se mais evidente quando a quantidade de taranaquita adicionada aumento para 5% ou 10%. Quanto à produção de matéria seca pelas plantas de milho, a taranaquita de potássio sem aplicação de P foi tão eficiente quanto o cloreto de potássio com aplicação de P; na ausência de P aplicado, a taranaquita de potássio conferiu maior produção de matéria seca em ambos os solos (57,60 e 24,81g/vaso) do que o cloreto de potássio (6,73 e 3,48 g/vaso). Na ausência de P aplicado, a adição de taranaquita de K sempre resultou acúmulo de maiores quantidades de K e P na parte aérea das plantas de milho do que a aplicação de cloreto de potássio. Na presença de P, o acúmulo de K a partir da taranaquita foi igual ou menor que o observado para o cloreto de potássio, enquanto o acúmulo de P foi sempre maior para as aplicações de taranaquita. A recuperação do potássio aplicado pelas plantas de milho não tratadas com P foi maior quando a taranaquita foi adicionada. Na presença de P, tanto a taranaquita de K quanto o KCl mostraram elevados índices de recuperação no solo PV e baixos no LE. Os fatores de utilização de potássio (massa seca produzida por unidade de massa de K aplicado) observados quando a taranaquita foi adicionada na ausência de P foram maiores que os obtidos para o cloreto e potássio. Na presença de P os fatores obtidos para cada fonte de potássio foram mais elevados e equivalentes entre si.Two greenhouse experiments were carried out to study the conditions of formation of potassium taranakite (K-taranakite) in the soil and the efficiency of this compound in supplying K to corn plants, as compared to that of potassium chloride. The formation of K-taranakite was investigated in samples of a Red-Yellow Podzolic (PV) and a Dark-Red Latosol (LE) by means of a completely randomized design experiment. The 4 x 2 x 2 factorial treatment were four four pH levels - approximately 3.0, 4.0, 5.0 and 6.0 - two rates of applied phosphorus - 0 and 200 ppm P - and two rates of applied potassium - 0 and 200 ppm K; these nutrients were applied as Ca(H2PO4 and KCl salts, respectively. The samples were moistened to 70% of the water retention capacity and incubated for 60 days. Sand, silt and clay fractions were submitted to X-ray diffraction analysis to identificate the presence of the mineral K-taranakite. The efficiency of K-taranakite in supplying K to corn plants was evaluated in samples in sample of the same soils by means of a completely randomized design experiment. The 2 x 2 x 2 factorial treatments were two sources of potassium - K-taranakite and KCl two rates of applied potassium - 150 and 300 ppm K - and two rates of applied phosphorus - 0 and 200 ppm P. In this experiment P was supplied as simple superphosphate. In addition to the factorial treatments, there was a control and a plus P treatments. Forty five days after emergence plant tops were harvested to determine the weight of dry matter and the content and accumulation of K and P. Formation of K-taranakite could not be confirmed by X-ray diffraction analysis in any of the soils, particle-size fractions, pH levels or rates of applied K and P. Additional studies showed that mixing 3% of synthetic K-taranakite to the silt and clay fractions of the PV soil allowed the identification of this mineral by X-ray diffraction analysis. The presence of K-taranakite became more evident, however, when the amount of the mineral added to the soil increased to 5 or 10%. Based on the yield of dry matter by the corn plants K-taranakite with no P application was as efficient as potassium chloride with P application; when P was not applied, corn plants receiving K-taranakite yielded higher amounts of dry matter in both soils (56.60 and 24,81 g/pot) than plants treated with potassium chlroride (6.73 and 3.48 g/pot). In the absence of applied P, addition of K-taranakite always resulted in accumulation of higher amounts of K and P in the corn tops than addition of potassium chloride. In presence of applied P, accumulation of from K-taranakite was equivalent to or less than that from potassium chloride, whereas the accumulation of P was always higher from taranakite. Recovery of applied potassium by corn plants receiving no P applications was higher when K-taranakite was added. When P was applied, both taranakite and KCl gave high recovery rates in the PV soil and low rates in the LE. Potassium utilization factors (mass of dry matter formed per unit of mass of applied potassium) observed when K-taranakite was added in absence of applied P showed higher values than those observed in the KCl treatments. When P was applied, however, the utilization factors for each source of potassium were equivalent to each other.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPKiehl, Jorge de CastroFernandes, Francisco Maximino1988-12-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20231122-093210/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-11-24T16:34:03Zoai:teses.usp.br:tde-20231122-093210Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-11-24T16:34:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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