O singular nu sujeito e a genericidade no português brasileiro infantil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santana, Raíssa Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-24092019-145531/
Resumo: Nesta dissertação de mestrado, discuto a aceitabilidade de três construções com relação ao singularngular nu sujeito: sentenças genéricas, sentenças com predicados-de-espécie, e sentenças com predicados-de-estágio. Visto que há uma falta de clareza com relação ao conhecimento de crianças e adultos, conduzi três estudos a fim de investigar a aceitabilidade dessas construções. Em um primeiro momento, realizei um estudo de caráter longitudinal para verificar se esse tipo de construção está em algum momento presente na fala de uma criança ou de seus interlocutores. Os resultados sugerem que antes dos 4 anos de idade as crianças ainda não produzem construções com predicados-de-espécie ou com predicados-de-estágio da mesma maneira que os adultos, e que antes dos 5 anos as crianças produzem poucos singulares nus seja em posição de sujeito. Em um estudo experimental, realizei um experimento com 10 adultos e 9 crianças falantes de PB a fim de investigar a aceitabilidade de construções da língua e se a presença de um contexto é uma condição de licenciamento para predicados-de-estágio. Nos resultados dos adultos, vimos apenas que essa construção não é tão aceita quanto as genéricas ou com predicados-de-espécie, e que essa diferença é significante. Com relação às crianças, foi observado que elas aceitam construções genéricas e com predicados-de-espécie. Por fim, o objetivo do último estudo, conduzido com adultos (N=24) falantes de PB e crianças adquirindo a língua (N = 44), era verificar se o contraste evocado no contexto favorece a aceitabilidade de construções em que o singular nu sujeito satura predicados-de-estágio (SCHMITT & MUNN, 1999, PIRES DE OLIVEIRA 2012). A análise inferencial conduzida de modo a tratar os dados sugere que há uma diferença estatisticamente significativa entre os resultados para construções com predicados-de-estágio, mas testes estatísticos indicaram que a relevância nesse caso está relacionada à idade dos participantes dos grupos. Adultos e crianças não julgam essas construções da mesma maneira. Além disso, os resultados indicam a ausência de significância para os adultos dos dois grupos, ou seja, o contraste não foi significativo no julgamento dessas construções para os participantes adultos.
id USP_f82747d48ae0a703ae69b9e5d4ba6364
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-24092019-145531
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling O singular nu sujeito e a genericidade no português brasileiro infantilThe subject bare singular and the genericity in Child Brazilian PortugueseAquisição da linguagemLanguage acquisitionSemânticaSemanticsSintaxeSyntaxNesta dissertação de mestrado, discuto a aceitabilidade de três construções com relação ao singularngular nu sujeito: sentenças genéricas, sentenças com predicados-de-espécie, e sentenças com predicados-de-estágio. Visto que há uma falta de clareza com relação ao conhecimento de crianças e adultos, conduzi três estudos a fim de investigar a aceitabilidade dessas construções. Em um primeiro momento, realizei um estudo de caráter longitudinal para verificar se esse tipo de construção está em algum momento presente na fala de uma criança ou de seus interlocutores. Os resultados sugerem que antes dos 4 anos de idade as crianças ainda não produzem construções com predicados-de-espécie ou com predicados-de-estágio da mesma maneira que os adultos, e que antes dos 5 anos as crianças produzem poucos singulares nus seja em posição de sujeito. Em um estudo experimental, realizei um experimento com 10 adultos e 9 crianças falantes de PB a fim de investigar a aceitabilidade de construções da língua e se a presença de um contexto é uma condição de licenciamento para predicados-de-estágio. Nos resultados dos adultos, vimos apenas que essa construção não é tão aceita quanto as genéricas ou com predicados-de-espécie, e que essa diferença é significante. Com relação às crianças, foi observado que elas aceitam construções genéricas e com predicados-de-espécie. Por fim, o objetivo do último estudo, conduzido com adultos (N=24) falantes de PB e crianças adquirindo a língua (N = 44), era verificar se o contraste evocado no contexto favorece a aceitabilidade de construções em que o singular nu sujeito satura predicados-de-estágio (SCHMITT & MUNN, 1999, PIRES DE OLIVEIRA 2012). A análise inferencial conduzida de modo a tratar os dados sugere que há uma diferença estatisticamente significativa entre os resultados para construções com predicados-de-estágio, mas testes estatísticos indicaram que a relevância nesse caso está relacionada à idade dos participantes dos grupos. Adultos e crianças não julgam essas construções da mesma maneira. Além disso, os resultados indicam a ausência de significância para os adultos dos dois grupos, ou seja, o contraste não foi significativo no julgamento dessas construções para os participantes adultos.In this dissertation, I investigate the acceptability of three constructions that might be saturated by a subject bare singular: generic sentences, sentences with kind-predicates, and sentences with stage-level predicates. Considering that there is a lack of clarity when it comes to the knowledge of these structures by children and adult speakers of Brazilian Portuguese, three studies were lead in order to investigate it. Firstly, a longitudinal study was conducted to verify if constructions with subject bare singulars were to be found in a childs speech or in her input. The results suggest that before 4 years old children do not produce constructions with kind-predicates or with stage-level predicates, at least not as adults do. Moreover, before the age of 5 years children produce few bare singulars in subject position. In an experimental study, a research with 10 adult participants and 9 children acquiring Brazilian Portuguese was lead in order to investigate the acceptability of constructions of the language, also verifying if the presence of a context would license constructions with stage-level predicates. The adults\' results suggest that this construction is not accepted as the generic or kind-predicate ones. This difference is statistically significant. When it comes to children, it was observed that they accept generic constructions and sentences with kind-predicates and stage-level predicates as well. The last study, applied to 24 adult native speakers and 44 children acquiring Brazilian Portuguese was to verify if a contrastive reading evoked by the context would improve the acceptability of constructions with stage-level predicates (SCHMITT & MUNN, 1999, PIRES DE OLIVEIRA, 2012). The inferential analysis of the data suggests that there is a significant difference among the judgments for stage-level predicates. However, it seems that it is not the case that this difference is related to the contrastive reading. Age is the significant factor. Therefore, adult speakers and children do not judge the constructions in a similar fashion. Besides that, the results indicate the absence of significance of contrast for the adult groups, i.e., contrastive readings evoked by the context do not improve the acceptability of sentences with stage-level predicates for these participants.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGrolla, Elaine BicudoSantana, Raíssa Silva2019-06-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-24092019-145531/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-11-08T23:49:40Zoai:teses.usp.br:tde-24092019-145531Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-11-08T23:49:40Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv O singular nu sujeito e a genericidade no português brasileiro infantil
The subject bare singular and the genericity in Child Brazilian Portuguese
title O singular nu sujeito e a genericidade no português brasileiro infantil
spellingShingle O singular nu sujeito e a genericidade no português brasileiro infantil
Santana, Raíssa Silva
Aquisição da linguagem
Language acquisition
Semântica
Semantics
Sintaxe
Syntax
title_short O singular nu sujeito e a genericidade no português brasileiro infantil
title_full O singular nu sujeito e a genericidade no português brasileiro infantil
title_fullStr O singular nu sujeito e a genericidade no português brasileiro infantil
title_full_unstemmed O singular nu sujeito e a genericidade no português brasileiro infantil
title_sort O singular nu sujeito e a genericidade no português brasileiro infantil
author Santana, Raíssa Silva
author_facet Santana, Raíssa Silva
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Grolla, Elaine Bicudo
dc.contributor.author.fl_str_mv Santana, Raíssa Silva
dc.subject.por.fl_str_mv Aquisição da linguagem
Language acquisition
Semântica
Semantics
Sintaxe
Syntax
topic Aquisição da linguagem
Language acquisition
Semântica
Semantics
Sintaxe
Syntax
description Nesta dissertação de mestrado, discuto a aceitabilidade de três construções com relação ao singularngular nu sujeito: sentenças genéricas, sentenças com predicados-de-espécie, e sentenças com predicados-de-estágio. Visto que há uma falta de clareza com relação ao conhecimento de crianças e adultos, conduzi três estudos a fim de investigar a aceitabilidade dessas construções. Em um primeiro momento, realizei um estudo de caráter longitudinal para verificar se esse tipo de construção está em algum momento presente na fala de uma criança ou de seus interlocutores. Os resultados sugerem que antes dos 4 anos de idade as crianças ainda não produzem construções com predicados-de-espécie ou com predicados-de-estágio da mesma maneira que os adultos, e que antes dos 5 anos as crianças produzem poucos singulares nus seja em posição de sujeito. Em um estudo experimental, realizei um experimento com 10 adultos e 9 crianças falantes de PB a fim de investigar a aceitabilidade de construções da língua e se a presença de um contexto é uma condição de licenciamento para predicados-de-estágio. Nos resultados dos adultos, vimos apenas que essa construção não é tão aceita quanto as genéricas ou com predicados-de-espécie, e que essa diferença é significante. Com relação às crianças, foi observado que elas aceitam construções genéricas e com predicados-de-espécie. Por fim, o objetivo do último estudo, conduzido com adultos (N=24) falantes de PB e crianças adquirindo a língua (N = 44), era verificar se o contraste evocado no contexto favorece a aceitabilidade de construções em que o singular nu sujeito satura predicados-de-estágio (SCHMITT & MUNN, 1999, PIRES DE OLIVEIRA 2012). A análise inferencial conduzida de modo a tratar os dados sugere que há uma diferença estatisticamente significativa entre os resultados para construções com predicados-de-estágio, mas testes estatísticos indicaram que a relevância nesse caso está relacionada à idade dos participantes dos grupos. Adultos e crianças não julgam essas construções da mesma maneira. Além disso, os resultados indicam a ausência de significância para os adultos dos dois grupos, ou seja, o contraste não foi significativo no julgamento dessas construções para os participantes adultos.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-06-28
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-24092019-145531/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-24092019-145531/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1809091050033119232