A utilização da casca da Beta vulgaris L. como pigmentação alternativa na indústria cosmética

• Autor(a) principal: Torres, Gustavo Madoglio
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Iaroczinski, Joice Emanuely, Vieira, Luiz Gustavo de Miranda
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29777
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICA; Resíduos vegetais; Extração (Química); Cosméticos; Wood waste; Extraction (Chemistry); Cosmetics

Estudos indicam que o desperdício alimentar no Brasil chega a 26 milhões de toneladas ao ano, sendo todos os dias descartados resíduos vegetais como talo, cascas e folhas. A beterraba (Beta vulgaris L.) é uma das hortaliças mais cultivadas no país e seus resíduos podem ser reaproveitados visto que possui uma grande quantidade de betalaínas, entre outras substâncias. A indústria cosmética busca inovações, produtos com maior sustentabilidade e também com menos riscos à saúde humana, pois muitos produtos encontrados hoje em dia utilizam matérias-primas com metais pesados, além de outras moléculas sintéticas. Mediante as problemáticas identificadas este trabalho estudou a possível utilização de um extrato da casca da beterraba para a obtenção de pigmentos, que posteriormente foi utilizado para formular um cosmético multifuncional utilizado para colorir os lábios, rosto e acima dos olhos, chamado lip tint. Com o mesmo resíduo, foi aplicado um método de secagem foam mat, em que foi feito o estudo da possível utilização desse resíduo na forma de pó para formulação de um sabonete esfoliante. Caracterizações quanto a umidade, sólidos totais e pH foram feitas para o resíduo, o extrato e o pó obtidos. Algumas caracterizações especificas foram feitas para o extrato, espuma, pó e para o sabonete. As caracterizações de umidade, sólidos totais, pH e sólidos solúveis foram satisfatórios, apresentando potencial para a elaboração dos cosméticos. A espuma obteve uma menor incorporação de ar e o pó após testes mostrou-se higroscópico. Sendo assim o sabonete não mostrou eficiência quanto a abrasividade, porém é um produto sustentável e segundo os testes apto para uso. O lip tint apresentou grande potencial de pigmentação, com uma coloração forte. Sendo produtos oriundos de resíduo que seria descartado, a utilização tanto do extrato, quanto do pó, deve ser estudada, não apenas na indústria cosmética, mas também em outras áreas.