Uma sequência de ensino investigativa como proposta metodológica para o novo ensino médio: um olhar sobre as incertezas e perspectivas da química

• Autor(a) principal: Hack, Daniel Augusto Mendonça
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Biassio, Mayara de
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29748
• topic: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA; Química - Estudo e ensino; Abordagem interdisciplinar do conhecimento na educação; Educação - Metodologia; Laboratórios de química; Chemistry - Study and teaching; Interdisciplinary approach in education; Education - Methodology; Chemical laboratories

Com o intuito de reformar o Ensino Médio foi promulgada a Lei n° 13.415/2017, que prevê uma formação integral do estudante, com ênfase técnica e profissional de forma mais interdisciplinar e transdisciplinar. Entretanto, o chamado – Novo Ensino Médio – apresenta incertezas quanto à viabilidade do seu currículo, que será composto pela Base Nacional Comum Curricular e Itinerários Formativos, totalizando uma carga horária mínima de 3000 horas. A reforma pretende organizar um currículo de forma mais flexível, tornando o estudante protagonista do seu conhecimento e buscando um ensino interdisciplinar, através da integração das disciplinas em áreas do conhecimento, sendo Matemática e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Linguagens e suas Tecnologias. No que tange os aspectos do ensino de Química, a referida lei contribui para a construção de um cenário de inseguranças quanto à formação científica do cidadão, podendo potencializar dificuldades já existentes nesse ensino, como, por exemplo, a significativa presença da abstração inerente aos conhecimentos químicos e em decorrência, a interpretação e compreensão dos conceitos dessa ciência o que pode ocasionar a falta de interesse dos estudantes por essa ciência. Entretanto, a Química poderá ter sua carga horária reduzida, em vista da oferta de Itinerários Formativos que não contemplem essa ciência, e isso poderá acarretar lacunas no conhecimento químico, devido a própria falta de interesse nesta área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, bem como a falta de professores licenciados em Química ou até mesmo falta de estrutura e materiais para a abordagem dos conhecimentos químicos. A fim de contornar essas adversidades, o ensino por investigação pode contribuir para a aproximação dos estudantes com a cultura científica, pela sua forma de construção do conhecimento, partindo de problemas de maneira a possibilitar com que o estudante trabalhe com condições inerentes aos fenômenos científicos do conteúdo proposto. Tendo em vista esse cenário apresentado, este trabalho tem por problema de pesquisa: De que modo uma sequência de ensino investigativa pode contribuir para o desenvolvimento de algumas competências e habilidades no ensino de Química, com vistas a interdisciplinaridade, na área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias? O objetivo geral é elaborar uma sequência de ensino investigativa, do tipo laboratório aberto, com vistas a interdisciplinaridade da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, com principal objeto de conhecimento cinética química, visando desenvolver a autonomia e protagonismo dos estudantes. A pesquisa é de natureza qualitativa e se caracteriza por ser exploratória, pois consiste em um panorama global e de menor rigidez quanto ao contexto estudado, aceitando os mais diversos recursos disponíveis em diferentes plataformas de busca de informações. Em vista do exposto, os resultados construídos visam reflexões por parte da comunidade sobre a escola que queremos e que podemos desenvolver a partir das normativas impostas pela reforma proposta, dos itinerários formativos e da sua relação com a Base Nacional Comum Curricular. Almejamos que a sequência de ensino investigativa possa ser utilizada por professores e licenciandos em Química e da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, a fim de promover de fato uma formação integral, com ênfase técnica e profissional através da interdisciplinaridade, corroborando assim com o que está preconizado na lei que institui o Novo Ensino Médio.