Obtenção de concentrado proteico da pele de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) por via ácida e enzimática

• Autor(a) principal: Andrade, Maria Cristiane
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29523
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::CIENCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS::TECNOLOGIA DE ALIMENTOS; Tilápia (Peixe); Pepsina A; Colágeno; Proteínas; Tilapia; Pepsin A; Collagen; Proteins

A atividade da piscicultura vem crescendo exponencialmente mundialmente ao longo dos anos. O Brasil tornou-se uma das potências neste cultivo que gera anualmente toneladas de resíduos que destinam-se ao descarte incorreto, prejudicando o meio ambiente, ecossistemas, fauna e flora do país. Sabe-se que a tilápia do Nilo detém excelente aceitação dos consumidores, devido às suas características e qualidade de sua carne, favorecidos por sua comodidade de cultivo e adaptação ao clima tropicalista brasileiro, o que propicia a intensa geração de resíduos advindo de seu elevado consumo. O uso destes resíduos para obtenção de coprodutos de elevado potencial bioativo, passou a ser analisado por cientistas e estudiosos de tal maneira a lhe atribuir valor comercial e reduzir seu descarte incorreto, demonstrando serem fontes de extração de colágeno, uma proteína estrutural com uma vasta gama de aplicabilidade em várias áreas de interesse. Neste trabalho realizou-se a investigação da eficiência da extração de concentrado proteico de pele de tilápia por via ácida e enzimática com emprego da enzima pepsina e ácido acético, variando as concentrações de ambos, exceto o tempo e temperatura. Realizou-se a caracterização centesimal do concentrado extraído através das análises físico-químicas de umidade, cinzas, proteína bruta e solubilidade. Os resultados obtidos para análise de umidade (11,94 a 16,27%) e cinzas (2,01 a 3,07%) revelaram-se estar coerente com dados da literatura, obtendo maiores valores de umidade em maiores concentrações de pepsina. O teor de proteínas encontrado variou de 71,94% à 85,39%, evidenciando tratar-se de um concentrado proteico, o qual obteve melhores resultados com a utilização de concentrações de 0,50 mol/L de ácido acético e 0,40 mol/L de pepsina. Os valores encontrados na análise de solubilidade variando de 3,01% à 6,16% em contraposição às cinzas, denotam a eficiência na extração proteica. Logo, pode-se concluir que o método com o uso de pepsina favorece a extração proteica e indica a presença de proteínas colagenosas, corroborando com a valorização de resíduos gerados na atividade de piscicultura.