Operações florestais em tempos de COVID-19: tornando seguro o ambiente de trabalho / Forest operations in COVID-19 times: making the work environment safe
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Veras |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/22572 |
Resumo: | O trabalho florestal é classificado como de elevado risco de acidentes e desenvolvimento de doenças ocupacionais aos trabalhadores. Embora sob tal condição, os riscos biológicos quase sempre eram inexistentes ou muito baixos na totalidade das atividades florestais, não sendo necessária a aplicação de protocolos para sua mitigação. Tal realidade muda drasticamente com o surgimento da pandemia mundial do COVID-19, o que leva a situações que aumentam o risco de contágio nos locais de trabalho. Isso em um cenário onde os trabalhadores florestais são transportados em longas distâncias até seus locais de trabalho, se revezam em máquinas e veículos operacionais, realizam suas refeições em conjunto, bem como treinamentos e capacitações, ou seja, situações nas quais o distanciamento social não era uma rotina e as especificidades do trabalho eram contrárias aos protocolos de enfrentamento da pandemia. Deste modo, este estudo tem como objetivo o desenvolvimento de um protocolo de biossegurança para trabalho seguro em operações florestais, não expondo os trabalhadores a risco de contaminação pelo COVID-19, ou minimizando esse risco. Através do estudo e implementação de medidas de biossegurança aplicáveis a realidade do trabalho florestal, busca-se ações capazes de prevenir, controlar, mitigar ou eliminar os riscos inerentes às atividades que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e o meio ambiente. Assim, conforme a especificidade e a disponibilidade de recursos de cada empresa ou produtor florestal, são propostas medidas como: desenvolvimento e implementação do Programa de Gerenciamento de Riscos; utilização de tapetes com solução sanitizante; aferição da temperatura corporal dos trabalhadores antes e ao término da jornada de trabalho; distanciamento de 2,0 metros entre os trabalhadores durante o desenvolvimento de suas atividades; transporte de trabalhadores em ônibus com metade dos assentos livres; flexibilização do horário de refeições; cabines de ozônio nas entradas das frentes de serviço; utilização de luz ultravioleta para desinfestação das cabines de máquinas e ônibus de transporte de pessoal, ou higienização das mesmas com pulverização manual de solução sanitizante; e, quando necessário e possível, a testagem rápida dos trabalhadores. Conclui-se que tais medidas de biossegurança, implementadas isolada ou conjuntamente, são fundamentais para conter uma possível disseminação do COVID-19 nos ambientes de trabalho florestal, de forma que estes não apresentem elevado grau de riscos biológicos aos trabalhadores e garantindo a preservação de sua saúde, bem como de seus familiares. |
id |
VERACRUZ-0_276bdec545fb1199f13bb48fbe888377 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/22572 |
network_acronym_str |
VERACRUZ-0 |
network_name_str |
Revista Veras |
repository_id_str |
|
spelling |
Operações florestais em tempos de COVID-19: tornando seguro o ambiente de trabalho / Forest operations in COVID-19 times: making the work environment safeBiossegurançaRisco biológicoSaúde do trabalhadorTrabalho florestal.O trabalho florestal é classificado como de elevado risco de acidentes e desenvolvimento de doenças ocupacionais aos trabalhadores. Embora sob tal condição, os riscos biológicos quase sempre eram inexistentes ou muito baixos na totalidade das atividades florestais, não sendo necessária a aplicação de protocolos para sua mitigação. Tal realidade muda drasticamente com o surgimento da pandemia mundial do COVID-19, o que leva a situações que aumentam o risco de contágio nos locais de trabalho. Isso em um cenário onde os trabalhadores florestais são transportados em longas distâncias até seus locais de trabalho, se revezam em máquinas e veículos operacionais, realizam suas refeições em conjunto, bem como treinamentos e capacitações, ou seja, situações nas quais o distanciamento social não era uma rotina e as especificidades do trabalho eram contrárias aos protocolos de enfrentamento da pandemia. Deste modo, este estudo tem como objetivo o desenvolvimento de um protocolo de biossegurança para trabalho seguro em operações florestais, não expondo os trabalhadores a risco de contaminação pelo COVID-19, ou minimizando esse risco. Através do estudo e implementação de medidas de biossegurança aplicáveis a realidade do trabalho florestal, busca-se ações capazes de prevenir, controlar, mitigar ou eliminar os riscos inerentes às atividades que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e o meio ambiente. Assim, conforme a especificidade e a disponibilidade de recursos de cada empresa ou produtor florestal, são propostas medidas como: desenvolvimento e implementação do Programa de Gerenciamento de Riscos; utilização de tapetes com solução sanitizante; aferição da temperatura corporal dos trabalhadores antes e ao término da jornada de trabalho; distanciamento de 2,0 metros entre os trabalhadores durante o desenvolvimento de suas atividades; transporte de trabalhadores em ônibus com metade dos assentos livres; flexibilização do horário de refeições; cabines de ozônio nas entradas das frentes de serviço; utilização de luz ultravioleta para desinfestação das cabines de máquinas e ônibus de transporte de pessoal, ou higienização das mesmas com pulverização manual de solução sanitizante; e, quando necessário e possível, a testagem rápida dos trabalhadores. Conclui-se que tais medidas de biossegurança, implementadas isolada ou conjuntamente, são fundamentais para conter uma possível disseminação do COVID-19 nos ambientes de trabalho florestal, de forma que estes não apresentem elevado grau de riscos biológicos aos trabalhadores e garantindo a preservação de sua saúde, bem como de seus familiares. Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2021-01-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/2257210.34117/bjdv7n1-043Brazilian Journal of Development; Vol. 7 No. 1 (2021); 613-632Brazilian Journal of Development; Vol. 7 Núm. 1 (2021); 613-632Brazilian Journal of Development; v. 7 n. 1 (2021); 613-6322525-876110.34117/bjdv.v7i1reponame:Revista Verasinstname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)instacron:VERACRUZporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/22572/18068Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Developmentinfo:eu-repo/semantics/openAccessSchettino, StanleyRuas, Ana Carolina PereiraSilva, Denise Lopes daCosta, Saulo RodriguesMinette, Luciano JoséSoranso, Denise Ransolin2021-09-21T10:44:52Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/22572Revistahttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/PRIhttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/oai||revistaveras@veracruz.edu.br2236-57292236-5729opendoar:2024-10-15T16:12:29.328489Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Operações florestais em tempos de COVID-19: tornando seguro o ambiente de trabalho / Forest operations in COVID-19 times: making the work environment safe |
title |
Operações florestais em tempos de COVID-19: tornando seguro o ambiente de trabalho / Forest operations in COVID-19 times: making the work environment safe |
spellingShingle |
Operações florestais em tempos de COVID-19: tornando seguro o ambiente de trabalho / Forest operations in COVID-19 times: making the work environment safe Schettino, Stanley Biossegurança Risco biológico Saúde do trabalhador Trabalho florestal. |
title_short |
Operações florestais em tempos de COVID-19: tornando seguro o ambiente de trabalho / Forest operations in COVID-19 times: making the work environment safe |
title_full |
Operações florestais em tempos de COVID-19: tornando seguro o ambiente de trabalho / Forest operations in COVID-19 times: making the work environment safe |
title_fullStr |
Operações florestais em tempos de COVID-19: tornando seguro o ambiente de trabalho / Forest operations in COVID-19 times: making the work environment safe |
title_full_unstemmed |
Operações florestais em tempos de COVID-19: tornando seguro o ambiente de trabalho / Forest operations in COVID-19 times: making the work environment safe |
title_sort |
Operações florestais em tempos de COVID-19: tornando seguro o ambiente de trabalho / Forest operations in COVID-19 times: making the work environment safe |
author |
Schettino, Stanley |
author_facet |
Schettino, Stanley Ruas, Ana Carolina Pereira Silva, Denise Lopes da Costa, Saulo Rodrigues Minette, Luciano José Soranso, Denise Ransolin |
author_role |
author |
author2 |
Ruas, Ana Carolina Pereira Silva, Denise Lopes da Costa, Saulo Rodrigues Minette, Luciano José Soranso, Denise Ransolin |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Schettino, Stanley Ruas, Ana Carolina Pereira Silva, Denise Lopes da Costa, Saulo Rodrigues Minette, Luciano José Soranso, Denise Ransolin |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Biossegurança Risco biológico Saúde do trabalhador Trabalho florestal. |
topic |
Biossegurança Risco biológico Saúde do trabalhador Trabalho florestal. |
description |
O trabalho florestal é classificado como de elevado risco de acidentes e desenvolvimento de doenças ocupacionais aos trabalhadores. Embora sob tal condição, os riscos biológicos quase sempre eram inexistentes ou muito baixos na totalidade das atividades florestais, não sendo necessária a aplicação de protocolos para sua mitigação. Tal realidade muda drasticamente com o surgimento da pandemia mundial do COVID-19, o que leva a situações que aumentam o risco de contágio nos locais de trabalho. Isso em um cenário onde os trabalhadores florestais são transportados em longas distâncias até seus locais de trabalho, se revezam em máquinas e veículos operacionais, realizam suas refeições em conjunto, bem como treinamentos e capacitações, ou seja, situações nas quais o distanciamento social não era uma rotina e as especificidades do trabalho eram contrárias aos protocolos de enfrentamento da pandemia. Deste modo, este estudo tem como objetivo o desenvolvimento de um protocolo de biossegurança para trabalho seguro em operações florestais, não expondo os trabalhadores a risco de contaminação pelo COVID-19, ou minimizando esse risco. Através do estudo e implementação de medidas de biossegurança aplicáveis a realidade do trabalho florestal, busca-se ações capazes de prevenir, controlar, mitigar ou eliminar os riscos inerentes às atividades que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e o meio ambiente. Assim, conforme a especificidade e a disponibilidade de recursos de cada empresa ou produtor florestal, são propostas medidas como: desenvolvimento e implementação do Programa de Gerenciamento de Riscos; utilização de tapetes com solução sanitizante; aferição da temperatura corporal dos trabalhadores antes e ao término da jornada de trabalho; distanciamento de 2,0 metros entre os trabalhadores durante o desenvolvimento de suas atividades; transporte de trabalhadores em ônibus com metade dos assentos livres; flexibilização do horário de refeições; cabines de ozônio nas entradas das frentes de serviço; utilização de luz ultravioleta para desinfestação das cabines de máquinas e ônibus de transporte de pessoal, ou higienização das mesmas com pulverização manual de solução sanitizante; e, quando necessário e possível, a testagem rápida dos trabalhadores. Conclui-se que tais medidas de biossegurança, implementadas isolada ou conjuntamente, são fundamentais para conter uma possível disseminação do COVID-19 nos ambientes de trabalho florestal, de forma que estes não apresentem elevado grau de riscos biológicos aos trabalhadores e garantindo a preservação de sua saúde, bem como de seus familiares. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-01-20 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/22572 10.34117/bjdv7n1-043 |
url |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/22572 |
identifier_str_mv |
10.34117/bjdv7n1-043 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/22572/18068 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Development info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Development |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Development; Vol. 7 No. 1 (2021); 613-632 Brazilian Journal of Development; Vol. 7 Núm. 1 (2021); 613-632 Brazilian Journal of Development; v. 7 n. 1 (2021); 613-632 2525-8761 10.34117/bjdv.v7i1 reponame:Revista Veras instname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz) instacron:VERACRUZ |
instname_str |
Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz) |
instacron_str |
VERACRUZ |
institution |
VERACRUZ |
reponame_str |
Revista Veras |
collection |
Revista Veras |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz) |
repository.mail.fl_str_mv |
||revistaveras@veracruz.edu.br |
_version_ |
1813645502561910784 |