Correlação da Paco2 antes e ao final da posição prona como predição de melhores desfechos na síndrome respiratória aguda grave da Covid-19 / Correlation of paco2 before and at end of the prone position as a prediction of best outcomes in severe acute respiratory syndrome from Covid-19

• Autor(a) principal: Duarte, Maycon Pelosato
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Souza, Jéssica dos Santos, Santana, Silvia Ataides Alves, Teles, Pablo Fernandes da Silva, Gomes, Amanda Santos
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Veras
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/50352
• topic: síndrome respiratória aguda grave; ventilação mecânica; decúbito ventral; Dióxido de Carbono.

A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) decorrente doença COVID-19 é caracterizada pela destruição do parênquima pulmonar que inclui consolidações alveolares extensas e difusas, inflamação intersticial com formação de edema na membrana alvéolo-capilar, acarretando em alterações de trocas gasosas. O aumento na pressão arterial de gás carbônico (PaCO2) ao longo do tempo em ventilação mecânica estão associados a piores desfechos na SRAG. A estratégia ventilatória com a posição prona (PP) apresenta efeitos positivos na melhora da hipoxemia e hipercapnia. Objetivou-se com a pesquisa verificar se a diminuição da PaCO2 em resposta à PP está associada a um melhor resultado na SRAG da COVID-19. Trata-se de uma pesquisa descritiva transversal com investigação documental em campo de pacientes que evoluíram para SRAG da COVID-19 e submetidos à PP. As variáveis da amostra e os parâmetros das sessões de PP foram agrupadas em dois grupos: sobreviventes e não sobreviventes. Foram empregados o teste t de Student e correlação linear de Pearson para identificar relação quantitativa entre a resposta da PaCO2 frente à PP e os desfechos da amostra. Entre os pacientes sobreviventes a PaCO2 diminuiu em 2,23 mmHg após as sessões de PP, enquanto PaCO2 permaneceu constante (0,1 mmHg) nos pacientes não sobreviventes. Nesse sentido, existe uma relação quantitativa entre a resposta da PaCO2 e o resultado. Os dados de PaCO2 dos pacientes sobreviventes e não sobreviventes submetidos à PP mostram correlação linear positiva entre os grupos: r = 0,72; p <0,01 e r = 0,81; p <0,01, respectivamente. Os dados apresentados apoiam a PP como uma intervenção para prolongar a sobrevida e melhorar a condição fisiológica. Pôde-se observar naqueles pacientes que reagiram a PP com queda da hipercapnia tiveram um resultado melhor do que os pacientes que não apresentaram diminuição da PaCO2.