DENGUE: UMA ANÁLISE CLIMATO-GEOGRÁFICA NA CIDADE DE JATAÍ-GO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso Pereira, Clarissa
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: de Fátima Mariano, Zilda, Ricardo Rodrigues Rocha, José
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Climatologia (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/25589
Resumo: Os atuais estudos de geografia da saúde vêm abordando, principalmente, ainfluência do meio geográfico, as alterações ambientais e a organização social,sobre a saúde e qualidade de vida das pessoas. Esses estudos, em sua maioria,visam contribuir com os programas de saúde pública e de planejamentoambiental urbano. Nesse sentido, este presente artigo tem como objetivoanalisar a variabilidade da precipitação pluvial com o número de casos dedengue no município de Jataí-GO, no período de 2007 a 2009. Foram instaladasestações automáticas para mensuração dos elementos climáticos comotemperatura do ar e umidade do ar e pluviômetros para a coleta da precipitaçãopluvial, em vários pontos no perímetro urbano. Esses dados foram tabulados ecorrelacionados com os casos confirmados de dengue. Desta forma, no períodode 2007 a 2009, ocorreu grande variabilidade na distribuição da dengue nosbairros. Os maiores números de casos se concentraram na região do CentroTécnico Sucam, com 181 de ocorrências, de um total de 703 casos registrados,correspondendo a 26%. O bairro Centro e Vila Fátima foram os queapresentaram o maior número de casos, registrando 49 e 89 casos de denguerespectivamente. Em seguida o setor Aeroporto com o registro de 39 casos dedengue. Embora o mês de março fosse o mais chuvoso (acima de 320 mm), osmaiores números casos de dengue ocorreram após o mês de março, nos mesesde abril (109 casos) e maio (107), pois é neste período em que há umadiminuição das chuvas e do escoamento superficial, além acúmulo de água nosrecipientes que favorecem a proliferação de larvas, confirmado por Silva (2006e 2007). A partir dos resultados obtidos, consideramos que o mosquitotransmissor da dengue vem, ao longo do tempo, se adaptando ao meio urbano,pois, é neste ambiente que encontra as condições ambientais e sociais ideaispara a sua procriação. Os maiores índices de casos de dengue em Jataí seguemum padrão sazonal na estação do verão e outono, principalmente nos meses de março, abril e maio com condições ambientais propiciam ao desenvolvimentodos ovos do mosquito Aedes aegypti.
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Esses dados foram tabulados ecorrelacionados com os casos confirmados de dengue. Desta forma, no períodode 2007 a 2009, ocorreu grande variabilidade na distribuição da dengue nosbairros. Os maiores números de casos se concentraram na região do CentroTécnico Sucam, com 181 de ocorrências, de um total de 703 casos registrados,correspondendo a 26%. O bairro Centro e Vila Fátima foram os queapresentaram o maior número de casos, registrando 49 e 89 casos de denguerespectivamente. Em seguida o setor Aeroporto com o registro de 39 casos dedengue. Embora o mês de março fosse o mais chuvoso (acima de 320 mm), osmaiores números casos de dengue ocorreram após o mês de março, nos mesesde abril (109 casos) e maio (107), pois é neste período em que há umadiminuição das chuvas e do escoamento superficial, além acúmulo de água nosrecipientes que favorecem a proliferação de larvas, confirmado por Silva (2006e 2007). A partir dos resultados obtidos, consideramos que o mosquitotransmissor da dengue vem, ao longo do tempo, se adaptando ao meio urbano,pois, é neste ambiente que encontra as condições ambientais e sociais ideaispara a sua procriação. Os maiores índices de casos de dengue em Jataí seguemum padrão sazonal na estação do verão e outono, principalmente nos meses de março, abril e maio com condições ambientais propiciam ao desenvolvimentodos ovos do mosquito Aedes aegypti.Current studies are addressing health geography, especially the influence ofgeographical environment, environmental change and social organization onhealth and quality of life. These studies, mostly aimed at contributing to theprograms of public health and urban environmental planning. Thus, this presentarticle aims to analyze the variability of rainfall with the number of denguecases in the municipality of Goiás-GO, in the period 2007 to 2009. Automaticstations were installed to measure the climatic elements such as air temperatureand air humidity and rain gauges for the collection of rainfall at various pointswithin the city limits. These data were tabulated and correlated with confirmedcases of dengue. Thus, in the period 2007-2009, there was great variability inthe distribution of dengue in the neighborhoods with the highest numbers ofcases were concentrated in the region of Sucam Technical Center, with 181occurrences, of a total of 703 registered cases, accounting to 26%. Theneighborhood center and Vila Fátima were the neighborhoods where the highestnumber of cases recorded 49 dengue cases and 89 respectively, followed by theAirport with the record of 39 cases of dengue. Although the month of March wasthe wettest (above 320 mm), the highest dengue cases begin after the month ofMarch, the months of April and May the highest rate of occurrence of dengue,109 and 107 respectively, for this period there is a decrease in rainfall and theaccumulation of water in containers and reducing the runoff favoringproliferation, confirmed by Silva (2006 and 2007). From the results obtained,we believe that the principal mosquito that transmits dengue has, over time,adapting to the urban environment, then, is this environment that meets theenvironmental and social conditions ideal for its breed. The highest rates ofdengue in Jataí follow a seasonal pattern in the summer season and autumn,especially during March, April and May with environmental conditions conduciveto the development of eggs of the mosquito Aedes aegypti.Universidade Federal do ParanáCardoso Pereira, Clarissade Fátima Mariano, ZildaRicardo Rodrigues Rocha, José2010-06-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/2558910.5380/abclima.v6i0.25589Revista Brasileira de Climatologia; v. 6 (2010)2237-86421980-055X10.5380/abclima.v6i0reponame:Revista Brasileira de Climatologia (Online)instname:ABClimainstacron:ABCLIMAporhttps://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/25589/17157info:eu-repo/semantics/openAccess2012-01-17T14:47:14Zoai:revistas.ufpr.br:article/25589Revistahttps://revistas.ufpr.br/revistaabclima/indexPUBhttps://revistas.ufpr.br/revistaabclima/oaiegalvani@usp.br || rbclima2014@gmail.com2237-86421980-055Xopendoar:2012-01-17T14:47:14Revista Brasileira de Climatologia (Online) - ABClimafalse
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