Formação interprofissional na graduação em saúde: revisão sistemática de estratégias educativas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022022000300301 |
Resumo: | Resumo: Introdução: A educação interprofissional (EIP) procura desenvolver habilidades colaborativas dos profissionais de saúde para a melhoria do cuidado ao paciente. Objetivo: Essa revisão explora as estratégias educacionais não pontuais utilizadas na formação interprofissional, na graduação em saúde, identificando seus potenciais e suas fragilidades. Método: A busca incluiu artigos publicados nas bases de dados BVS (LILACS), Cochrane, CINAHL, Embase e MEDLINE. Definiu-se a questão de pesquisa pelo anagrama PICO: selecionaram-se estudos que incluíssem, pelo menos, dois cursos de graduação em saúde, sendo um deles de Medicina, e que relatassem estratégia educacional mínima de 15 horas e sua avaliação. Resumos publicados em congressos, opiniões, editoriais e revisões sistemáticas foram excluídos. Resultado: Avaliaram-se 28 estudos publicados entre 2005 e 2019, sendo 31% no último biênio. Prevaleceram a simulação (36%) ou o uso de métodos combinados (29%) na avaliação de atitudes dos alunos, a compreensão dos papéis dos profissionais de saúde, o trabalho em equipe, a comunicação e o conhecimento em resposta à intervenções de EIP. Predominaram estudos nos domínios: papéis e responsabilidades (75%) e trabalho em equipe (64%). A abordagem de valores e ética (32%) e de comunicação (28%) foi menos frequente. Dos artigos, 18 (64%) apresentavam dois ou mais objetivos e seis (18%) buscavam estudar, em conjunto, os quatro domínios da EIP. Entre as intervenções utilizadas como estratégias de ensino, 36% (dez estudos) eram de simulação; 29% (oito), métodos combinados; 18% (cinco), prática clínica (trabalho colaborativo em unidades ambulatoriais ou enfermarias); 14% (quatro), observação direta (shadowing); 11%, aprendizagem baseada em problemas; e dois, aprendizado on-line (e-learning) e workshop. A qualidade geral dos estudos incluídos foi baixa, atendendo de dois a cinco dos seis critérios de qualidade. O cegamento do avaliador não foi citado em 25 publicações. O trabalho colaborativo em cenários reais é descrito como o mais eficiente. Conclusão: A EIP vem sendo incorporada ao processo de formação na saúde, e múltiplas estratégias focadas em resultados e baseadas em competências otimizam a construção de relações efetivas e o desenvolvimento de habilidades para a prática colaborativa. A fragilidade dos artigos aponta que a EIP de estudantes ainda constitui grande desafio para as instituições formadoras. |
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