Acompanhamento terapêutico, clínica e atenção psicossocial: uma relação possível? Reflexão crítica segundo a hermenêutica dialética de Jügen Habermas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fiorati,Regina Célia
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Psicologia & Sociedade (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822013000600011
Resumo: A reflexão sobre como se organiza a oferta terapêutica nos serviços extra-hospitalares da rede pública de saúde mental tem mostrado que a organização do trabalho coloca o saber médico-psicológico como componente privilegiado dos programas terapêuticos, impõe uma cisão teórico-prática entre o tratamento clínico-medicamentoso-psicológico e as estratégias de reabilitação psicossocial, e elegem os primeiros como dispositivo central de seus programas, em detrimento das ações psicossociais. À luz da Teoria da Ação Comunicativa de Jürgen Habermas situa-se o problema como consequência de extrema tecnificação das práticas terapêuticas, selecionadas, ideologicamente, segundo uma racionalidade instrumental, na qual as práticas respondem a imperativos técnicos, ignorando o elemento humano e social, provocando uma dicotomização entre a clínica e a atenção psicossocial, como se fossem práticas dissociadas nos projetos terapêuticos. Aponta-se para a prática do Acompanhamento Terapêutico como possibilidade concreta de reunião dessas esferas da ação dissociadas e de superação da dicotomização entre clínica e atenção psicossocial.
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