Características antropométricas de nipo-brasileiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Taniguchi,Cana
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Gimeno,Suely Godoy Agostinho, Ferreira,Sandra Roberta G.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de epidemiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2004000400006
Resumo: OBJETIVO: Este trabalho visou estimar as prevalências de excesso de peso e descrever algumas variáveis antropométricas relativas à distribuição da gordura corporal de uma população migrante de origem japonesa residente no Brasil. MÉTODO: A amostra foi constituída por 647 nipo-brasileiros de 1ª (n = 237) e 2ª geração (n = 410), de ambos os sexos, com idade > 35 anos, submetidos a medidas antropométricas, de pressão arterial, perfil lipídico e teste oral de tolerância à glicose. Sobrepeso e obesidade foram diagnosticados por meio de índice de massa corporal (IMC) entre 25-29,9 e > 30 kg/m², respectivamente. O diagnóstico de adiposidade abdominal foi baseado nos valores de circunferência de cintura > 94 cm para homens e > 80 cm para mulheres. Para a análise dos dados foram usados a estatística qui-quadrado e o teste t de Student. RESULTADOS: Dos indivíduos estudados, 40% apresentavam algum grau de excesso de peso (IMC > 25 kg/m²), sendo a prevalência de obesidade abdominal de 21,5% entre os homens e de 66,7% entre as mulheres. Homens nipo-brasileiros < 60 anos de 2ª geração enquadraram-se no perfil andróide de distribuição da gordura corporal; as mulheres mostraram-se mais obesas que os homens, apresentando tanto o padrão andróide como ginóide, avaliado por meio das dobras cutâneas. CONCLUSÃO: Os imigrantes japoneses que originalmente não apresentavam o fenótipo de obesidade acompanharam a tendência mundial atual de ganho progressivo de peso até a obesidade. Em particular, essa situação foi acompanhada de aumento de adiposidade abdominal, possivelmente indicativa de acúmulo de gordura visceral e desencadeante de alterações metabólicas. Estes achados sugerem que indivíduos de origem japonesa devem apresentar uma predisposição à obesidade abdominal, que se manifesta quando expostos a ambiente desfavorável.
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