Série temporal da leishmaniose visceral em Aracaju, estado de Sergipe, Brasil (1999 a 2008): aspectos humanos e caninos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Góes,Marco Aurélio de Oliveira
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Melo,Cláudia Moura de, Jeraldo,Verônica de Lourdes Sierpe
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de epidemiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2012000200007
Resumo: INTRODUÇÃO: Considerada doença negligenciada pela OMS, a Leishmaniose visceral (LV) tem se expandido e urbanizado, sendo sua transmissão e expansão associadas a diversos fatores. OBJETIVO: Avaliar aspectos epidemiológicos da LV no município de Aracaju/SE, por meio de estudo retrospectivo da série histórica de LV humana e canina no período de 1999-2008. MÉTODOS: Foram utilizados dados secundários do SINAN para os casos humanos, e o resultado dos inquéritos caninos e atendimentos da demanda passiva do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). RESULTADOS: Foram notificados 192 casos autóctones de LV humana, sendo 63,5% do gênero masculino. Crianças entre 1 e 4 anos foram mais acometidas (29,2%), seguidas de adultos entre 20-29 anos (15,6%) e de crianças entre 5-9 anos (15,1%). A letalidade geral foi de 8,9%, sendo mais acentuada em pessoas entre 60 a 69 anos (60%); 32,3% dos casos autóctones realizaram sorologia para HIV, com positividade de 6,9%. A confirmação laboratorial foi realizada principalmente mediante a imunofluorescência indireta isolada (71,1%). Dos 58.161 cães que realizaram sorologia a positividade foi de 5,4%, sendo 87,0% dos inquéritos realizados anualmente pelo CCZ, com uma positividade de 4,4%. Dos 7.501 cães trazidos ao CCZ por diversas queixas, o exame sorológico foi reagente em 12,0%. CONCLUSÃO: Os dados denotam o caráter endêmico da LV no município, mostrando a necessidade de ações que permitam a diminuição do risco para a população, principalmente aquela onde a incidência e a letalidade são maiores, como melhorias no diagnóstico da LV, assim como na co-infecção com HIV e no monitoramento da população canina, entre outros.
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