Qualidade dos dados de causas de morte no Sul do Brasil: a importância das causas garbage

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vidor,Ana Cristina
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Conceição,Mara Beatriz Martins, Luhm,Karin Regina, Alves,Michelle de Fátima Tavares, Arceno,Aline, França,Elisabeth Barboza, Abreu,Daisy Maria Xavier de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de epidemiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2019000400401
Resumo: Resumo Introdução: O objetivo do estudo foi analisar a qualidade dos dados sobre causas de morte na região Sul do Brasil. Métodos: Foi utilizado o Sistema de Informação sobre Mortalidade para avaliar a ocorrência de causas garbage (CG) nas declarações de óbito (DO) de residentes nos estados e capitais da região Sul entre 2015 e 2016. As CG foram comparadas com os demais estados e agrupadas por nível de gravidade (N1 a N4, segundo potencial decrescente de impacto sobre o perfil de mortalidade). Foram avaliados os CG de N1 e N2 na faixa etária de 0 a 74 anos, segundo local de ocorrência e médico atestante. Resultados: A ocorrência de CG geral variou de 29% a 31% entre os três estados, abaixo da média nacional (34%). As CG N1 e N2 foram semelhantes nos estados e heterogêneas nas capitais. A maioria dos óbitos foram hospitalares, onde ocorreram 55% a 64% das CG N1 e N2 nos estados e 39% a 55% nas capitais. Nos óbitos domiciliares, esta proporção variou de 25% a 31% e de 25% a 40%, respectivamente. Mais de 30% dos médicos atestantes (exceto em Florianópolis) não identificaram seu vínculo com o paciente, declarando-se como “outros” no campo correspondente da DO. Médicos de Instituto Médico Legal (IML) e Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) atestaram 15% a 24% das CG N1 e N2 nos estados e 33% a 66% nas capitais. Conclusão: A qualificação dos dados de mortalidade deve envolver estratégias voltadas aos médicos de hospitais, pelo volume de óbitos e para os serviços de IML e SVO, e suporte para emissão das DO domiciliares, pela importância na geração de CG de maior gravidade.
id ABRASCO-1_ac6c71b94e36ae1529249f02d305ae24
oai_identifier_str oai:scielo:S1415-790X2019000400401
network_acronym_str ABRASCO-1
network_name_str Revista brasileira de epidemiologia (Online)
repository_id_str
spelling Qualidade dos dados de causas de morte no Sul do Brasil: a importância das causas garbageRegistros de mortalidadeVigilância em saúde públicaSistemas de informação em saúdePlanejamento em saúdeCausas de morteResumo Introdução: O objetivo do estudo foi analisar a qualidade dos dados sobre causas de morte na região Sul do Brasil. Métodos: Foi utilizado o Sistema de Informação sobre Mortalidade para avaliar a ocorrência de causas garbage (CG) nas declarações de óbito (DO) de residentes nos estados e capitais da região Sul entre 2015 e 2016. As CG foram comparadas com os demais estados e agrupadas por nível de gravidade (N1 a N4, segundo potencial decrescente de impacto sobre o perfil de mortalidade). Foram avaliados os CG de N1 e N2 na faixa etária de 0 a 74 anos, segundo local de ocorrência e médico atestante. Resultados: A ocorrência de CG geral variou de 29% a 31% entre os três estados, abaixo da média nacional (34%). As CG N1 e N2 foram semelhantes nos estados e heterogêneas nas capitais. A maioria dos óbitos foram hospitalares, onde ocorreram 55% a 64% das CG N1 e N2 nos estados e 39% a 55% nas capitais. Nos óbitos domiciliares, esta proporção variou de 25% a 31% e de 25% a 40%, respectivamente. Mais de 30% dos médicos atestantes (exceto em Florianópolis) não identificaram seu vínculo com o paciente, declarando-se como “outros” no campo correspondente da DO. Médicos de Instituto Médico Legal (IML) e Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) atestaram 15% a 24% das CG N1 e N2 nos estados e 33% a 66% nas capitais. Conclusão: A qualificação dos dados de mortalidade deve envolver estratégias voltadas aos médicos de hospitais, pelo volume de óbitos e para os serviços de IML e SVO, e suporte para emissão das DO domiciliares, pela importância na geração de CG de maior gravidade.Associação Brasileira de Saúde Coletiva2019-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2019000400401Revista Brasileira de Epidemiologia v.22 suppl.3 2019reponame:Revista brasileira de epidemiologia (Online)instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)instacron:ABRASCO10.1590/1980-549720190003.supl.3info:eu-repo/semantics/openAccessVidor,Ana CristinaConceição,Mara Beatriz MartinsLuhm,Karin ReginaAlves,Michelle de Fátima TavaresArceno,AlineFrança,Elisabeth BarbozaAbreu,Daisy Maria Xavier depor2019-11-26T00:00:00Zoai:scielo:S1415-790X2019000400401Revistahttp://www.scielo.br/rbepidhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revbrepi@usp.br1980-54971415-790Xopendoar:2019-11-26T00:00Revista brasileira de epidemiologia (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)false
dc.title.none.fl_str_mv Qualidade dos dados de causas de morte no Sul do Brasil: a importância das causas garbage
title Qualidade dos dados de causas de morte no Sul do Brasil: a importância das causas garbage
spellingShingle Qualidade dos dados de causas de morte no Sul do Brasil: a importância das causas garbage
Vidor,Ana Cristina
Registros de mortalidade
Vigilância em saúde pública
Sistemas de informação em saúde
Planejamento em saúde
Causas de morte
title_short Qualidade dos dados de causas de morte no Sul do Brasil: a importância das causas garbage
title_full Qualidade dos dados de causas de morte no Sul do Brasil: a importância das causas garbage
title_fullStr Qualidade dos dados de causas de morte no Sul do Brasil: a importância das causas garbage
title_full_unstemmed Qualidade dos dados de causas de morte no Sul do Brasil: a importância das causas garbage
title_sort Qualidade dos dados de causas de morte no Sul do Brasil: a importância das causas garbage
author Vidor,Ana Cristina
author_facet Vidor,Ana Cristina
Conceição,Mara Beatriz Martins
Luhm,Karin Regina
Alves,Michelle de Fátima Tavares
Arceno,Aline
França,Elisabeth Barboza
Abreu,Daisy Maria Xavier de
author_role author
author2 Conceição,Mara Beatriz Martins
Luhm,Karin Regina
Alves,Michelle de Fátima Tavares
Arceno,Aline
França,Elisabeth Barboza
Abreu,Daisy Maria Xavier de
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Vidor,Ana Cristina
Conceição,Mara Beatriz Martins
Luhm,Karin Regina
Alves,Michelle de Fátima Tavares
Arceno,Aline
França,Elisabeth Barboza
Abreu,Daisy Maria Xavier de
dc.subject.por.fl_str_mv Registros de mortalidade
Vigilância em saúde pública
Sistemas de informação em saúde
Planejamento em saúde
Causas de morte
topic Registros de mortalidade
Vigilância em saúde pública
Sistemas de informação em saúde
Planejamento em saúde
Causas de morte
description Resumo Introdução: O objetivo do estudo foi analisar a qualidade dos dados sobre causas de morte na região Sul do Brasil. Métodos: Foi utilizado o Sistema de Informação sobre Mortalidade para avaliar a ocorrência de causas garbage (CG) nas declarações de óbito (DO) de residentes nos estados e capitais da região Sul entre 2015 e 2016. As CG foram comparadas com os demais estados e agrupadas por nível de gravidade (N1 a N4, segundo potencial decrescente de impacto sobre o perfil de mortalidade). Foram avaliados os CG de N1 e N2 na faixa etária de 0 a 74 anos, segundo local de ocorrência e médico atestante. Resultados: A ocorrência de CG geral variou de 29% a 31% entre os três estados, abaixo da média nacional (34%). As CG N1 e N2 foram semelhantes nos estados e heterogêneas nas capitais. A maioria dos óbitos foram hospitalares, onde ocorreram 55% a 64% das CG N1 e N2 nos estados e 39% a 55% nas capitais. Nos óbitos domiciliares, esta proporção variou de 25% a 31% e de 25% a 40%, respectivamente. Mais de 30% dos médicos atestantes (exceto em Florianópolis) não identificaram seu vínculo com o paciente, declarando-se como “outros” no campo correspondente da DO. Médicos de Instituto Médico Legal (IML) e Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) atestaram 15% a 24% das CG N1 e N2 nos estados e 33% a 66% nas capitais. Conclusão: A qualificação dos dados de mortalidade deve envolver estratégias voltadas aos médicos de hospitais, pelo volume de óbitos e para os serviços de IML e SVO, e suporte para emissão das DO domiciliares, pela importância na geração de CG de maior gravidade.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2019000400401
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2019000400401
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/1980-549720190003.supl.3
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação Brasileira de Saúde Coletiva
publisher.none.fl_str_mv Associação Brasileira de Saúde Coletiva
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Epidemiologia v.22 suppl.3 2019
reponame:Revista brasileira de epidemiologia (Online)
instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
instacron:ABRASCO
instname_str Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
instacron_str ABRASCO
institution ABRASCO
reponame_str Revista brasileira de epidemiologia (Online)
collection Revista brasileira de epidemiologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de epidemiologia (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
repository.mail.fl_str_mv ||revbrepi@usp.br
_version_ 1754212955940978688