GEODIVERSIDADE EX SITU ASSOCIADA AO PATRIMÔNIO CULTURAL NO CENTRO HISTÓRICO DE JOÃO PESSOA, PARAÍBA

• Autor(a) principal: Schaefer Pereira, Luciano
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Boletim Paulista de Geografia
• Texto Completo: https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/2886
• topic: Geodiversidade ex situ; Patrimônio Cultural; Centro Histórico; João Pessoa; Paraíba; João Dias Da Silveira

Considerando que a geodiversidade corresponde a geofeições que ocorrem na crosta, sendo que sua forma ex situ está associada a rochas que foram extraídas de seu local de origem e utilizadas em edificações e monumentos, o Centro Histórico de João Pessoa apresenta diversos exemplos do emprego destes elementos desde os princípios de sua ocupação, em meados do século XVI. Para tanto, considerando a finalidade de uso dos diversos litotipos e suas diferentes funções, de modo temporal, utilizados no Patrimônio Cultural da cidade, foram estabelecidos, baseando-se em Silva e Nascimento (2018), os grupos histórico, ornamentativo, construtivo e funcional. Desse modo, foram selecionados e inventariados a Igreja Nossa Senhora do Carmo, Ladeira da Borborema, Monumento a Nossa Senhora de Lourdes, Monumento a Álvaro Lopes Machado, Palácio da Redenção e Balaustrada das Trincheiras. Observa-se que as edificações construídas no período colonial utilizaram, basicamente, o calcário Gramame como georecurso principal. A partir do século XX, rochas ígneas e metamórficas passam a ser utilizadas em monumentos comemorativos ou como pisos/fachadas nas edificações. A balaustrada é o grande exemplo de uma intervenção antrópica que representa uma nova funcionalidade à geodiversidade, o que permite concluir haver diferentes finalidades para estes elementos ao longo do tempo na cidade. Este tipo de estudo é pertinente para a divulgação do geoconhecimento, sendo necessário para gerar uma consciência voltada à geoconservação de tão importante recurso.