Resposta de fase aguda e níveis séricos de magnésio em pacientes hospitalizados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha,D. F. da
Data de Publicação: 1999
Outros Autores: Bianco,M. de P., Lenza,R. da M., Cunha,S. F. de C. da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301999000200009
Resumo: OBJETIVO: A resposta de fase aguda (RFA), caracteriza-se por proteólise, com hipotrofia da massa celular corporal, hiperglicemia, retenção hídrica e disfunção renal, fenômenos que potencialmente afetam os níveis de magnésio (Mg++) sérico. O objetivo do estudo foi comparar os níveis séricos de Mg++ entre pacientes hospitalizados, com ou sem RFA. MÉTODOS: Obteve-se um banco de dados do mainframe do Hospital-Escola contendo informações sobre dosagens bioquímicas simultâneas de creatinina, glicose e magnésio e outros eletrólitos séricos de 214 pacientes internados, sem diabetes mellitus, insuficiência renal crônica ou creatinina sérica > 1,5mg/dl. A presença de RFA foi definida pela presença de febre mais diagnósticos de trauma, cirurgia recente ou infecção, além de leucopenia ou leucocitose. RESULTADOS: Dos casos, 32,2% foram considerados RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT>. Não houve diferença entre os grupos quanto à idade, gênero e cor. Houve pareamento entre os grupos RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT> e RFAteta quanto à freqüência de uso de diuréticos (10,1 vs 11,7%) e presença de edema (3 vs 6%). Hipomagnesemia ocorreu em 154 casos (72% do total), sendo 75,9% no grupo RFAteta e 63,8% no grupo RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT>(p=0,06). Os níveis de Mg++ (mediana; faixa de variação) foram maiores no grupo RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT>: (1,75; 1-3 vs 1,6; 0,9-2,9mg/dl), o mesmo ocorrendo com a glicemia (115; 49-236 vs 99; 61-191mg/dl) e creatinina sérica (0,884 ± 0,306 vs 0,803 ± 0,257mg/dl). Hipermagnesemia foi mais comum no grupo RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT>: 8,7 vs 2,1%. CONCLUSÕES: Pacientes RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT> apresentam maiores níveis de magnésio sérico, fenômeno possivelmente relacionado com aumentos da glicemia, uréia e creatinina séricas.
id AMB-1_0aea642e5ca305c860128c0fbf4ac2ad
oai_identifier_str oai:scielo:S0104-42301999000200009
network_acronym_str AMB-1
network_name_str Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
repository_id_str
spelling Resposta de fase aguda e níveis séricos de magnésio em pacientes hospitalizadosResposta de fase agudaHipomagnesemiaHiperglicemiaOBJETIVO: A resposta de fase aguda (RFA), caracteriza-se por proteólise, com hipotrofia da massa celular corporal, hiperglicemia, retenção hídrica e disfunção renal, fenômenos que potencialmente afetam os níveis de magnésio (Mg++) sérico. O objetivo do estudo foi comparar os níveis séricos de Mg++ entre pacientes hospitalizados, com ou sem RFA. MÉTODOS: Obteve-se um banco de dados do mainframe do Hospital-Escola contendo informações sobre dosagens bioquímicas simultâneas de creatinina, glicose e magnésio e outros eletrólitos séricos de 214 pacientes internados, sem diabetes mellitus, insuficiência renal crônica ou creatinina sérica > 1,5mg/dl. A presença de RFA foi definida pela presença de febre mais diagnósticos de trauma, cirurgia recente ou infecção, além de leucopenia ou leucocitose. RESULTADOS: Dos casos, 32,2% foram considerados RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT>. Não houve diferença entre os grupos quanto à idade, gênero e cor. Houve pareamento entre os grupos RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT> e RFAteta quanto à freqüência de uso de diuréticos (10,1 vs 11,7%) e presença de edema (3 vs 6%). Hipomagnesemia ocorreu em 154 casos (72% do total), sendo 75,9% no grupo RFAteta e 63,8% no grupo RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT>(p=0,06). Os níveis de Mg++ (mediana; faixa de variação) foram maiores no grupo RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT>: (1,75; 1-3 vs 1,6; 0,9-2,9mg/dl), o mesmo ocorrendo com a glicemia (115; 49-236 vs 99; 61-191mg/dl) e creatinina sérica (0,884 ± 0,306 vs 0,803 ± 0,257mg/dl). Hipermagnesemia foi mais comum no grupo RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT>: 8,7 vs 2,1%. CONCLUSÕES: Pacientes RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT> apresentam maiores níveis de magnésio sérico, fenômeno possivelmente relacionado com aumentos da glicemia, uréia e creatinina séricas.Associação Médica Brasileira1999-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301999000200009Revista da Associação Médica Brasileira v.45 n.2 1999reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)instname:Associação Médica Brasileira (AMB)instacron:AMB10.1590/S0104-42301999000200009info:eu-repo/semantics/openAccessCunha,D. F. daBianco,M. de P.Lenza,R. da M.Cunha,S. F. de C. dapor2000-06-28T00:00:00Zoai:scielo:S0104-42301999000200009Revistahttps://ramb.amb.org.br/ultimas-edicoes/#https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||ramb@amb.org.br1806-92820104-4230opendoar:2000-06-28T00:00Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)false
dc.title.none.fl_str_mv Resposta de fase aguda e níveis séricos de magnésio em pacientes hospitalizados
title Resposta de fase aguda e níveis séricos de magnésio em pacientes hospitalizados
spellingShingle Resposta de fase aguda e níveis séricos de magnésio em pacientes hospitalizados
Cunha,D. F. da
Resposta de fase aguda
Hipomagnesemia
Hiperglicemia
title_short Resposta de fase aguda e níveis séricos de magnésio em pacientes hospitalizados
title_full Resposta de fase aguda e níveis séricos de magnésio em pacientes hospitalizados
title_fullStr Resposta de fase aguda e níveis séricos de magnésio em pacientes hospitalizados
title_full_unstemmed Resposta de fase aguda e níveis séricos de magnésio em pacientes hospitalizados
title_sort Resposta de fase aguda e níveis séricos de magnésio em pacientes hospitalizados
author Cunha,D. F. da
author_facet Cunha,D. F. da
Bianco,M. de P.
Lenza,R. da M.
Cunha,S. F. de C. da
author_role author
author2 Bianco,M. de P.
Lenza,R. da M.
Cunha,S. F. de C. da
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Cunha,D. F. da
Bianco,M. de P.
Lenza,R. da M.
Cunha,S. F. de C. da
dc.subject.por.fl_str_mv Resposta de fase aguda
Hipomagnesemia
Hiperglicemia
topic Resposta de fase aguda
Hipomagnesemia
Hiperglicemia
description OBJETIVO: A resposta de fase aguda (RFA), caracteriza-se por proteólise, com hipotrofia da massa celular corporal, hiperglicemia, retenção hídrica e disfunção renal, fenômenos que potencialmente afetam os níveis de magnésio (Mg++) sérico. O objetivo do estudo foi comparar os níveis séricos de Mg++ entre pacientes hospitalizados, com ou sem RFA. MÉTODOS: Obteve-se um banco de dados do mainframe do Hospital-Escola contendo informações sobre dosagens bioquímicas simultâneas de creatinina, glicose e magnésio e outros eletrólitos séricos de 214 pacientes internados, sem diabetes mellitus, insuficiência renal crônica ou creatinina sérica > 1,5mg/dl. A presença de RFA foi definida pela presença de febre mais diagnósticos de trauma, cirurgia recente ou infecção, além de leucopenia ou leucocitose. RESULTADOS: Dos casos, 32,2% foram considerados RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT>. Não houve diferença entre os grupos quanto à idade, gênero e cor. Houve pareamento entre os grupos RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT> e RFAteta quanto à freqüência de uso de diuréticos (10,1 vs 11,7%) e presença de edema (3 vs 6%). Hipomagnesemia ocorreu em 154 casos (72% do total), sendo 75,9% no grupo RFAteta e 63,8% no grupo RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT>(p=0,06). Os níveis de Mg++ (mediana; faixa de variação) foram maiores no grupo RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT>: (1,75; 1-3 vs 1,6; 0,9-2,9mg/dl), o mesmo ocorrendo com a glicemia (115; 49-236 vs 99; 61-191mg/dl) e creatinina sérica (0,884 ± 0,306 vs 0,803 ± 0,257mg/dl). Hipermagnesemia foi mais comum no grupo RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT>: 8,7 vs 2,1%. CONCLUSÕES: Pacientes RFA<FONT FACE="Symbol">Å</FONT> apresentam maiores níveis de magnésio sérico, fenômeno possivelmente relacionado com aumentos da glicemia, uréia e creatinina séricas.
publishDate 1999
dc.date.none.fl_str_mv 1999-04-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301999000200009
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301999000200009
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0104-42301999000200009
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação Médica Brasileira
publisher.none.fl_str_mv Associação Médica Brasileira
dc.source.none.fl_str_mv Revista da Associação Médica Brasileira v.45 n.2 1999
reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
instname:Associação Médica Brasileira (AMB)
instacron:AMB
instname_str Associação Médica Brasileira (AMB)
instacron_str AMB
institution AMB
reponame_str Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
collection Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)
repository.mail.fl_str_mv ||ramb@amb.org.br
_version_ 1754212824888901632