Modos de morrer na UTI pediátrica de um hospital terciário

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CARVALHO,P. R. A.
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: ROCHA,T. S., SANTO,A. E., LAGO,P.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302001000400035
Resumo: OBJETIVO: Determinar a prevalência dos diferentes modos de morrer e identificar limites terapêuticos em pacientes de uma Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrica (UTIP) de hospital universitário. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, baseado na revisão de prontuários dos pacientes que morreram na UTIP do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de 1º julho de 1996 a 30 junho de 1997. Para modo de morrer, adotou-se critérios de: não resposta às medidas de ressuscitação cardiorrespiratória (NRRST), morte cerebral (MC), retirada/não-adoção de medidas de suporte de vida (R/NASV) e decisão de não reanimar (DNR). Para causa de morte, adotou-se critério de falências de órgãos. RESULTADOS: Dos 61 óbitos ocorridos no período, entraram no estudo 44 pacientes, cuja mediana de idade foi 28 meses. Todos tiveram como causa de morte a falência de múltiplos órgãos. Vinte e seis pacientes (59%) eram do grupo I (NRRST e MC), enquanto 18 (41%) do grupo II (R/NASV e DNR). No grupo II, 83% dos pacientes tinham doença crônica e/ou debilitante (p = 0,017; chi²). Os motivos de admissão mais prevalentes foram necessidade de terapias de suporte (55%), ventilatória e cardiocirculatória, sem diferença estatística entre os grupos. A mediana do tempo de permanência na UTI foi de 5 dias, e no hospital, de 11 dias, sem significância estatística entre os dois grupos. CONCLUSÕES: Observou-se alta prevalência de modos de morrer R/NASV e DNR nos pacientes de UTIP avaliados, sugerindo condutas de limitação terapêutica para eles. Não se conseguiu avaliar o nível de participação da equipe e da família nesse processo de tomada de decisões.
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