Ventilação mecânica não invasiva no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mazullo Filho,João Batista Raposo
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Bonfim,Vânia Jandira Gomes, Aquim,Esperidião Elias
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2010000400009
Resumo: INTRODUÇÃO: A ventilação mecânica não invasiva é utilizada rotineiramente em pacientes que evoluem com insuficiência respiratória aguda. Entretanto, estudos mostram evidências controversas para sua indicação em pós-operatório de cirurgia cardíaca. OBJETIVO: Verificar a eficácia da ventilação mecânica não invasiva preventiva no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca, acompanhando seu impacto até o sexto dia de internação. MÉTODOS: Tratou-se de um estudo controlado onde os pacientes em pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca foram randomizados em dois grupos: controle (G1) e experimental (G2) que recebeu ventilação mecânica não invasiva no modo pressão de suporte com pressão expiratória final positiva, após extubação durante 2 horas. Foram avaliadas: variáveis ventilatórias, de oxigenação e hemodinâmicas imediatamente após extubação e após ventilação mecânica não invasiva no grupo G2. RESULTADOS: Trinta e dois pacientes finalizaram o estudo, sendo 18 no G1 e 14 no G2. A média da idade do G1 foi 61 anos ± 16,23 e do G2 61,5 anos ± 9,4. Dos vinte e sete pacientes iniciais do G1, nove (33,3%) foram excluídos por necessitarem utilizar ventilação mecânica não invasiva, sendo que três pacientes (11,11%) retornaram à ventilação mecânica invasiva. Nenhum dos 14 pacientes do G2 foi reentubado. Os pacientes que foram submetidos precocemente a suporte ventilatório apresentaram melhores resultados nas avaliações ao longo do tempo de internação. CONCLUSÃO: A ventilação mecânica não invasiva se mostrou eficaz em pós-operatório de cirurgia cardíaca do grupo estudado, pois incrementou capacidade vital, diminuiu freqüência respiratória, preveniu a insuficiência respiratória aguda pós extubação e reduziu os índices de reintubação.
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