Parada cardiorrespiratória na gestação: uma revisão de literatura / Cardiopulmonary arrest in pregnancy: a review of the literature

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Matheus Vinícius Fernandes
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Soares, Victor Hugo Côrtes, Barbosa, Alessandra da Silva, Pippi, Fernanda Pereira, Júnior, Francisco de Sousa Monteles Araújo, Campos, Lucas de Souza, Araujo, Nathália Silva, Netto, William José do Carmo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/36462
Resumo: A parada cardiorrespiratória (PCR) na gestação é um evento incomum, porém catastrófico. A sobrevivência é baixa e associada à sequelas. As modificações fisiológicas da gestação alteram as necessidades do organismo materno e tornam mais difícil a reanimação cardiopulmonar (RCP). As medidas gerais de abordagem da PCR baseiam-se em uma sequência de ações definidas por protocolos e consensos, as quais devem ser adotadas de imediato após o reconhecimento da ausência de pulso e respiração. Contudo, em “situações especiais”, como no caso de gestantes, deve-se fazer alterações nas condutas habituais. Ademais, deve-se pensar no feto, considerando portando a cesárea de emergência, a qual propicia melhor prognóstico para a mãe e a criança. Identificar na literatura pesquisas que apontem as principais etiologias responsáveis pela PCR gestacional, assim como, as melhores condutas de RCP nas gestantes. Realizou-se um levantamento bibliográfico, onde foram selecionados 9 artigos utilizando os descritores: parada cardiorrespiratória, ressuscitação cardiopulmonar e gestação, nos bancos de dados MEDLINE, LILACS e SciELO, referente ao período de 2008 a 2017, com o intuito de selecionar artigos atualizados sobre o tema. De acordo com os estudos as principais etiologias de PCR gestacional são trauma e embolia pulmonar. As condutas variam conforme as semanas de gestação, observa-se que antes da 24ª semana, os objetivos da RCP são destinados a sobrevivência materna, entre 24 e 32 semanas a conduta baseia-se em toracotomia e massagem cardíaca, seguida de parto cesáreo, caso manobras anteriores falhem, e após 32 semanas o parto cesáreo de emergência é efetivo, pois o esvaziar uterino descomprime a aorta seguida de um melhor retorno venoso. Espera-se resposta terapêutica favorável frente a: RCP com deslocamento uterino para esquerda e elevação de 15-30° em relação a superfície, seguida de intubação, administração de epinefrina e a cesárea emergencial. Os autores ratificam que o desfecho final da mãe e do feto dependem do treinamento contínuo da equipe frente a estas emergências. Os mesmos priorizam que as atitudes sejam tomadas de acordo com a idade gestacional e que os socorristas devem se atentar ao deslocamento uterino e a posição da paciente durante a RCP. Além disso, a abordagem do assunto serve como fonte de informação para análise de estratégias de ensino na área de saúde e elaboração de meios para o enfrentamento de mortes por PCR. 
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