A crise mundial de uso de opióides em dor crônica não oncológica: causas e estratégias de manejo e relação com o Brasil / The world crisis of use of opioids in non-oncological chronic pain: causes and management strategies and relationship with Brazil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Servin, Elizabeth Teixeira Noguera
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Filipe, Lukénia Nacy Severino Matias, Leal, Plinio da Cunha, Oliveira, Caio Marcio Barros de, Moura, Ed Carlos Rey, Gomes, Lyvia Maria Rodrigues de Sousa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/21677
Resumo: Introdução: O aumento no número de prescrições de opioides para tratamento de dor crônica não oncológica (DCNO) dispensadas por farmácias americanas, combinado com maior dosagem e tempo de uso, resultou em desvios, uso indevido, e aumento da mortalidade por overdose, gerando uma crise de consumo com repercussões em todo o mundo. Objetivo:, Avaliar causas e consequências da crise e estratégias de mitigação, opióides mais prescritos e fornecer informações sobre o uso no Brasil e possíveis impactos da crise no país. Metodologia: É um trabalho de revisão bibliografia, construído a partir de artigos já elaborados encontrados em bibliotecas digitais como Pub Med,Google Scholar e Citeseer Library , bem como nos sites governamentais como o World Drug Report. Resultados: Os Estados Unidos vivem uma crise de superprescrição de opioides com alto índice de mortalidade; a Europa e a Oceania ocupam segundo e terceiro lugar, enquanto alguns países em subdesenvolvimento da África, América do Sul e Ásia vivem uma crise oposta, a carência de acesso a opioides para manejo da DCNO. No Brasil houve um aumento de mais de 700% na prescrição de opióides entre 2009 e 2015, com a codeína sendo o opióide mais vendido (9%). Conclusão: A crise de opióide é multifatorial, iniciando com conceitos equivocados sobre não haver alto risco para desenvolvimento de dependência química, a disseminação da importância do tratamento da dor, expansão do seguro para medicamentos para população geriátrica, e promoção da prescrição de opióides pelas indústrias farmacêuticas. A epidemiologia do uso de opióides no Brasil não está bem documentada, com taxas de prescrição bem inferiores às da América do Norte, sendo a codeína o opióide mais prescrito. Políticas públicas adequadas, mais intensivo treinamento dos prescritores sobre uso de opióides e triagem adequada de pacientes podem equilibrar o uso e minimizar as consequências do consumo excessivo e carência de opióides para DCNO.
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