Vacina como tratamento para Gonorreia e seus principais impasses

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nogueira, Lourrane Felício Fukuda
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Schottz, Rafaela da Silva, Barbosa, José Agostinho, Oliveira, Maria Luiza Cascudo, Andriani, Pedro Henrique, Andrade, Patricia Feitosa, Silva, Tábata de Oliveira, Lima, Ingrid Fabric Gouveia, Borges, Renan Pereira Barcelos Severino, Barros, Bianca Pereira, Alves, Wanderson Junio Pompilio, Guimarães, Vitor Rodrigues, da Silva, Isabela Alves, Marçal, Fernando, Lana, Emanuel Sampaio Borba, Santiago, Ana Cláudia Felipe, Soares, Bárbara Quiuqui, Zanoni, Rodrigo Daniel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62715
Resumo: A gonorreia é uma doença causada pela bactéria neisseria gonorrhoeae, trata-se de uma infecção sexualmente transmissível, que se manifesta, entre homens e mulheres, com sintomas variados, por isso, para o diagnóstico é necessário exames microscópicos, culturas ou testes de amplificação de ácido nucleico e com relação ao tratamento, sua primeira linha é a associação de ceftriaxona com azitromicina. Trata-se de uma revisão de literatura, cujas bases foram retiradas das plataformas de dados SciELO e PubMed. O período da pesquisa foi de julho de 2023, atendendo aos critérios de inclusão que foram artigos dos anos 2000 a 2023, na língua portuguesa e inglesa, textos online e em textos completos. Como estratégias para melhor avaliação dos textos, foram utilizados os seguintes descritores em saúde (DeCS): "Tratamento", "Gonorreia" e "Vacina". A bactéria Neisseria gonorrhoeae é responsável pela infecção sexualmente transmissível (IST) conhecida como gonorreia. A gonorreia pode se manifestar como uretrite em homens, cervicite ou uretrite em mulheres e também pode afetar locais extragenitais, como faringe, reto, conjuntiva e, em casos raros, de forma sistêmica, em ambos os sexos. A confirmação do diagnóstico requer exames microscópicos de amostras coradas pelo método de Gram, culturas bacterianas ou testes de amplificação de ácido nucleico. O tratamento de primeira linha recomendado é a terapia sistêmica em dose única, geralmente com ceftriaxona injetável e azitromicina oral. No entanto, uma grande preocupação de saúde pública em escala global é o surgimento de altos níveis de resistência antimicrobiana (RAM) em N. gonorrhoeae, o que compromete a eficácia dos tratamentos disponíveis para a gonorreia. A Neisseria gonorrhoeae tem sido um desafio histórico para o desenvolvimento de vacinas, devido à expressão de moléculas de superfície variáveis e à sua capacidade de causar infecções repetidas sem induzir imunidade protetora. As medidas de controle atuais são claramente insuficientes e estão ameaçadas pelo rápido surgimento de resistência aos antibióticos. Atualmente, a gonorreia é considerada uma "superbactéria", pois não há monoterapia confiável para o tratamento empírico. A resistência aos antibióticos aumentou os custos de tratamento e levou à necessidade de programas de vigilância para rastrear a disseminação de cepas resistentes. Dessa maneira, é de extrema importância iniciar as discussões sobre os tratamentos alternativos para doenças causadas por bactérias e vírus, sem tratamento preventivo especificado ainda. No caso da gonorreia, é interessante estudar cada vez mais, estudando as possibilidades e principais fatores sobre os empecilhos para criação da vacina.
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