Aspectos epidemiológicos da Leishmaniose Visceral Humana nos municípios de Juazeiro/BA e Petrolina/PE no período de 2001 a 2020

• Autor(a) principal: Barreira, Matheus Pereira
• Data de Publicação: 2024
• Outros Autores: Marteis, Letícia Silva, da Silva, César Augusto
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/67800
• topic: epidemiologia; Leishmaniose Visceral; zoonoses

Brasil destaca-se entre o conjunto de seis países que engloba cerca de 90% dos casos mundiais de  Leishmaniose visceral (LV), doença presente em aproximadamente 90 países. Este é um estudo observacional, retrospectivo e descritivo dos casos confirmados e notificados de LV humana, no período de 2001 a 2020, nas cidades de Juazeiro/BA e Petrolina/PE. Os dados compõem o sistema TABNET/DATASUS, segundo estado e município de residência. Foram notificados 306 casos de LV humana em Juazeiro/BA e 266 em Petrolina/PE com incidência média no período, respectivamente, de 7,77 e 4,53 casos/100.000 habitantes; em ambas as cidades, houve maior prevalência da LV no sexo masculino (Juazeiro/BA - 62,75% e Petrolina/PE – 64,66%); na faixa etária de 1 a 9 anos, respectivamente, 42,49% (Juazeiro/BA) e 48,12% (Petrolina/PE); seguida pela faixa dos 20 aos 59 anos, respectivamente, 39,87% (Juazeiro/BA) e 34,97% (Petrolina/PE). A letalidade média foi 12,25% em Juazeiro/BA e 4,54% em Petrolina/PE; quanto à coinfecção HIV/LV, foram identificados 3,92% de casos positivos em Juazeiro/BA e 14,29% em Petrolina/PE; contudo, respectivamente, 49,67% e 31,32% dos pacientes com LV não realizou teste para HIV. Os resultados apontam a manutenção do quantitativo de casos e altas taxas de incidência ao longo dos anos em ambas cidades, superiores às médias nacionais e regionais. Contudo, devido o preenchimento insatisfatório das informações, ficam comprometidas a análise da real proporção da repercussão da doença, bem como profilaxia e ações no controle dos agravos de notificação compulsória.