Esofagite Eosinofílica - uma revisão de literatura

• Autor(a) principal: e Silva, Sara Louise de Oliveira
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Oliveira, Carolina Silva, Barros, Gabriel Elias de Lima, Silva , Thaís Linhares, Baldo , Bárbara Garcia de Freitas
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63731
• topic: Atopia; Esofagite; Eosinofilia; corticoterapia

A esofagite eosinofílica (EoE) é uma condição crônica associada a inflamações no esôfago causadas por reações imunomediadas. Nos últimos anos, houve um aumento progressivo nos casos dessa doença, com uma incidência de 5 a 10 casos a cada 100.000 habitantes por ano e uma prevalência de 0,5 a 1 caso a cada 1.000 pessoas, tornando-se um problema importante de saúde pública. A EoE geralmente é diagnosticada em crianças ou em adultos com mais de 50 anos, frequentemente após uma endoscopia digestiva alta que revela inflamação eosinofílica no epitélio do esôfago. Os sintomas da EoE podem ser semelhantes aos do refluxo gastroesofágico e estão frequentemente associados a condições atópicas prévias, como asma e rinite. Esses sintomas incluem vômitos, náuseas, queimação, dificuldade em engolir, especialmente alimentos sólidos, dor abdominal e, em alguns casos, dor no peito. A falta de especificidade dos sintomas pode levar a atrasos no diagnóstico, o que pode resultar em complicações, como a formação de estenoses no esôfago, prejudicando a qualidade de vida dos pacientes. O diagnóstico da EoE envolve a análise da história clínica, a exclusão de outras doenças similares e exames complementares, como a endoscopia digestiva alta e biópsias do esôfago. O diagnóstico é confirmado quando se observam 15 ou mais eosinófilos por campo de grande aumento nas biópsias. O tratamento da EoE inclui corticosteróides, inibidores de bomba de prótons, mudanças na dieta e, em casos mais graves, dilatação endoscópica para aliviar a dificuldade de deglutição. O manejo da EoE pode ser uma terapia crônica, e a escolha do tratamento depende da eficácia, das preferências do paciente e das características individuais. Mudanças na dieta e a eliminação de alimentos específicos têm sido eficazes em alguns casos, especialmente quando há alergias alimentares envolvidas.