Óbitos por sepse neonatal no Estado de Alagoas no período de 2010-2019: um estudo epidemiológico / Death from neonatal sepsis in the State of Alagoas in the period of 2010-2019: an epidemiological study
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/46886 |
Resumo: | Introdução: A sepse neonatal é uma grave infecção em corrente sanguínea e/ou líquor que cursa com comprometimento hemodinâmico e outros sinais clínicos inespecíficos, ocorrendo em indivíduos de até 28 dias de vida, sendo considerada uma das principais causas de morbimortalidade nesse período. Levando em consideração o tempo de surgimento, pode ser classificada como precoce ou tardia, apresentando flora contaminante e origem da infecção inerente a cada tipo. No Brasil, os óbitos neonatais precoces e tardios têm a sepse neonatal como quinta causa mais importante representando respectivamente 9% e 31% das causas de morte nessa população. Objetivo: caracterizar o perfil epidemiológico dos recém-nascidos que evoluíram para óbito, por sepse neonatal, no estado de Alagoas, nos anos de 2010 a 2019. Metodologia: estudo epidemiológico, exploratório, descritivo, retrospectivo realizado através de dados secundários coletados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, disponíveis no DATASUS. A pesquisa foi realizada analisando-se óbitos por sepse neonatal que ocorreram no período de 2010 a 2019, com recém-nascidos entre zero e 27 dias após o nascimento, residentes em Alagoas. Foram utilizadas as categorias da Classificação Internacional de Doenças: A40 (Septicemia estreptocócica), A41 (Outras septicemias) e P36 (Septicemia bacteriana do recém-nascido). As variáveis da pesquisa foram separadas e classificadas em três tipos: variáveis relacionadas aos dados neonatais e aos óbitos, variáveis relacionadas à gestação e ao parto e variáveis maternas. Para tabulação e análise descritiva dos dados utilizou-se o Software Microsoft Excel® 2019. Resultados e discussão: O Estado de Alagoas ocupa a segunda posição entre todas as Unidades Federativas, sendo assim, detentor da maior taxa de mortalidade por sepse neonatal da região Nordeste. O coeficiente de mortalidade foi de 1,64 óbitos por cada 1000 nascidos vivos. Existe uma predominância nas mortes que ocorrem no período neonatal precoce, em neonatos prematuros, do sexo masculino, pardos e com baixo peso ao nascer. Conclusão: Discutir a mortalidade infantil de determinada região, além de trazer um panorama epidemiológico do local, incide também em reflexões acerca das condições de saúde, de desenvolvimento socioeconômico e de condições de vida de uma população. |
id |
BJRH-0_812ecb9a28934c4e63ae03fbbf4c7b24 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/46886 |
network_acronym_str |
BJRH-0 |
network_name_str |
Brazilian Journal of Health Review |
repository_id_str |
|
spelling |
Óbitos por sepse neonatal no Estado de Alagoas no período de 2010-2019: um estudo epidemiológico / Death from neonatal sepsis in the State of Alagoas in the period of 2010-2019: an epidemiological studysepse neonatalprematuridademortalidade infantil.Introdução: A sepse neonatal é uma grave infecção em corrente sanguínea e/ou líquor que cursa com comprometimento hemodinâmico e outros sinais clínicos inespecíficos, ocorrendo em indivíduos de até 28 dias de vida, sendo considerada uma das principais causas de morbimortalidade nesse período. Levando em consideração o tempo de surgimento, pode ser classificada como precoce ou tardia, apresentando flora contaminante e origem da infecção inerente a cada tipo. No Brasil, os óbitos neonatais precoces e tardios têm a sepse neonatal como quinta causa mais importante representando respectivamente 9% e 31% das causas de morte nessa população. Objetivo: caracterizar o perfil epidemiológico dos recém-nascidos que evoluíram para óbito, por sepse neonatal, no estado de Alagoas, nos anos de 2010 a 2019. Metodologia: estudo epidemiológico, exploratório, descritivo, retrospectivo realizado através de dados secundários coletados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, disponíveis no DATASUS. A pesquisa foi realizada analisando-se óbitos por sepse neonatal que ocorreram no período de 2010 a 2019, com recém-nascidos entre zero e 27 dias após o nascimento, residentes em Alagoas. Foram utilizadas as categorias da Classificação Internacional de Doenças: A40 (Septicemia estreptocócica), A41 (Outras septicemias) e P36 (Septicemia bacteriana do recém-nascido). As variáveis da pesquisa foram separadas e classificadas em três tipos: variáveis relacionadas aos dados neonatais e aos óbitos, variáveis relacionadas à gestação e ao parto e variáveis maternas. Para tabulação e análise descritiva dos dados utilizou-se o Software Microsoft Excel® 2019. Resultados e discussão: O Estado de Alagoas ocupa a segunda posição entre todas as Unidades Federativas, sendo assim, detentor da maior taxa de mortalidade por sepse neonatal da região Nordeste. O coeficiente de mortalidade foi de 1,64 óbitos por cada 1000 nascidos vivos. Existe uma predominância nas mortes que ocorrem no período neonatal precoce, em neonatos prematuros, do sexo masculino, pardos e com baixo peso ao nascer. Conclusão: Discutir a mortalidade infantil de determinada região, além de trazer um panorama epidemiológico do local, incide também em reflexões acerca das condições de saúde, de desenvolvimento socioeconômico e de condições de vida de uma população. Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2022-04-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/4688610.34119/bjhrv5n2-291Brazilian Journal of Health Review; Vol. 5 No. 2 (2022); 7311-7326Brazilian Journal of Health Review; v. 5 n. 2 (2022); 7311-73262595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/46886/pdfCopyright (c) 2022 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessCruz, Larissa Paiva daAlves, Isabelle do NascimentoNogueira, Janaína da SilvaPol-Fachin, Laércio2022-05-02T19:47:22Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/46886Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2022-05-02T19:47:22Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Óbitos por sepse neonatal no Estado de Alagoas no período de 2010-2019: um estudo epidemiológico / Death from neonatal sepsis in the State of Alagoas in the period of 2010-2019: an epidemiological study |
title |
Óbitos por sepse neonatal no Estado de Alagoas no período de 2010-2019: um estudo epidemiológico / Death from neonatal sepsis in the State of Alagoas in the period of 2010-2019: an epidemiological study |
spellingShingle |
Óbitos por sepse neonatal no Estado de Alagoas no período de 2010-2019: um estudo epidemiológico / Death from neonatal sepsis in the State of Alagoas in the period of 2010-2019: an epidemiological study Cruz, Larissa Paiva da sepse neonatal prematuridade mortalidade infantil. |
title_short |
Óbitos por sepse neonatal no Estado de Alagoas no período de 2010-2019: um estudo epidemiológico / Death from neonatal sepsis in the State of Alagoas in the period of 2010-2019: an epidemiological study |
title_full |
Óbitos por sepse neonatal no Estado de Alagoas no período de 2010-2019: um estudo epidemiológico / Death from neonatal sepsis in the State of Alagoas in the period of 2010-2019: an epidemiological study |
title_fullStr |
Óbitos por sepse neonatal no Estado de Alagoas no período de 2010-2019: um estudo epidemiológico / Death from neonatal sepsis in the State of Alagoas in the period of 2010-2019: an epidemiological study |
title_full_unstemmed |
Óbitos por sepse neonatal no Estado de Alagoas no período de 2010-2019: um estudo epidemiológico / Death from neonatal sepsis in the State of Alagoas in the period of 2010-2019: an epidemiological study |
title_sort |
Óbitos por sepse neonatal no Estado de Alagoas no período de 2010-2019: um estudo epidemiológico / Death from neonatal sepsis in the State of Alagoas in the period of 2010-2019: an epidemiological study |
author |
Cruz, Larissa Paiva da |
author_facet |
Cruz, Larissa Paiva da Alves, Isabelle do Nascimento Nogueira, Janaína da Silva Pol-Fachin, Laércio |
author_role |
author |
author2 |
Alves, Isabelle do Nascimento Nogueira, Janaína da Silva Pol-Fachin, Laércio |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Cruz, Larissa Paiva da Alves, Isabelle do Nascimento Nogueira, Janaína da Silva Pol-Fachin, Laércio |
dc.subject.por.fl_str_mv |
sepse neonatal prematuridade mortalidade infantil. |
topic |
sepse neonatal prematuridade mortalidade infantil. |
description |
Introdução: A sepse neonatal é uma grave infecção em corrente sanguínea e/ou líquor que cursa com comprometimento hemodinâmico e outros sinais clínicos inespecíficos, ocorrendo em indivíduos de até 28 dias de vida, sendo considerada uma das principais causas de morbimortalidade nesse período. Levando em consideração o tempo de surgimento, pode ser classificada como precoce ou tardia, apresentando flora contaminante e origem da infecção inerente a cada tipo. No Brasil, os óbitos neonatais precoces e tardios têm a sepse neonatal como quinta causa mais importante representando respectivamente 9% e 31% das causas de morte nessa população. Objetivo: caracterizar o perfil epidemiológico dos recém-nascidos que evoluíram para óbito, por sepse neonatal, no estado de Alagoas, nos anos de 2010 a 2019. Metodologia: estudo epidemiológico, exploratório, descritivo, retrospectivo realizado através de dados secundários coletados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, disponíveis no DATASUS. A pesquisa foi realizada analisando-se óbitos por sepse neonatal que ocorreram no período de 2010 a 2019, com recém-nascidos entre zero e 27 dias após o nascimento, residentes em Alagoas. Foram utilizadas as categorias da Classificação Internacional de Doenças: A40 (Septicemia estreptocócica), A41 (Outras septicemias) e P36 (Septicemia bacteriana do recém-nascido). As variáveis da pesquisa foram separadas e classificadas em três tipos: variáveis relacionadas aos dados neonatais e aos óbitos, variáveis relacionadas à gestação e ao parto e variáveis maternas. Para tabulação e análise descritiva dos dados utilizou-se o Software Microsoft Excel® 2019. Resultados e discussão: O Estado de Alagoas ocupa a segunda posição entre todas as Unidades Federativas, sendo assim, detentor da maior taxa de mortalidade por sepse neonatal da região Nordeste. O coeficiente de mortalidade foi de 1,64 óbitos por cada 1000 nascidos vivos. Existe uma predominância nas mortes que ocorrem no período neonatal precoce, em neonatos prematuros, do sexo masculino, pardos e com baixo peso ao nascer. Conclusão: Discutir a mortalidade infantil de determinada região, além de trazer um panorama epidemiológico do local, incide também em reflexões acerca das condições de saúde, de desenvolvimento socioeconômico e de condições de vida de uma população. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-04-22 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/46886 10.34119/bjhrv5n2-291 |
url |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/46886 |
identifier_str_mv |
10.34119/bjhrv5n2-291 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/46886/pdf |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2022 Brazilian Journal of Health Review info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2022 Brazilian Journal of Health Review |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review; Vol. 5 No. 2 (2022); 7311-7326 Brazilian Journal of Health Review; v. 5 n. 2 (2022); 7311-7326 2595-6825 reponame:Brazilian Journal of Health Review instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) instacron:BJRH |
instname_str |
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
instacron_str |
BJRH |
institution |
BJRH |
reponame_str |
Brazilian Journal of Health Review |
collection |
Brazilian Journal of Health Review |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|| brazilianjhr@gmail.com |
_version_ |
1797240074069344256 |