Tumor de células germinativas não seminomatoso: Um relato de caso / Non seminomatous germ cell tumor: A case report

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Prados, Victória Oliveira
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Rocha, Daniela Fiuza, de Sousa, Jullyana Borba, Neto, Manoel Muniz, da Cunha, Marianna Medeiros Barros, Tayfour, Najwa Munir, de Sousa, Gabriela Vieira Lelis, Rossit, Paula Merlos, Rezende, Ariany Cibelle Costa, Gratão, Bárbara Sena Morais, da Silva, Beatriz Helena Costa Rojas, Oliveira, Bruna Policena
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/37284
Resumo: INTRODUÇÃO: Os tumores de células germinativas não seminomatoso (NSGCT) são compostos de qualquer combinação de células germinativas não seminomatosas que incluem carcinoma embrionário, tumor de saco vitelino, carcinoma coriônico e teratoma. É o câncer testicular com maior chance de metástase que afetam os ossos, o sistema nervoso central, fígado e pulmões. A hereditariedade é o maior fator de risco para câncer testicular com risco relativo de 6 a 10 vezes maior em parentes de primeiro grau de homens com doenças malignas de células germinativas. Ao exame de ultrassonografia, os NSGCT apresentam aspecto mais heterogêneo e ao exame de ressonância magnética ponderadas em T2 manifestam calcificações ou áreas císticas. Seu tratamento e prognóstico depende da manifestação biológica de cada tumor, local primário do tumor, presença de metástase e marcadores tumorais. RELATO DE CASO: Homem, 32 anos, apresentou aumento do volume testicular e região inguinal esquerda cerca de 4 meses. A ultrassonografia testicular evidenciou lesão sólido-cística de 8,1 x 5,9 x 6,7 cm. Ressonância de abdome identificou linfonodomegalias retroperitoneais periaórticas e inguinal esquerda. DISCUSSÃO: Os NSGCT são doenças raras com prevalência global de 1 a 2%, sendo mais comuns em jovens de 15 a 35 anos. A origem do tumor está intimamente ligada com o desenvolvimento inadequado de células germinativas. Seus subtipos de NSGTC são: carcinoma embrionário - o mais frequente, incidindo entre os 20 e 30 anos, mais agressivo; o tumor de saco vitelínico - pouco frequente como tumor testicular e mais frequente como forma extra-gonadal, o mais comum em crianças de até 3 anos; o coriocarcinoma - variante mais agressiva, que tende a evoluir rapidamente com metástases linfáticas e sanguíneas, geralmente são tumores pequenos que não geram aumento testicular; e o teratoma, que são tumores complexos, apresentando elementos bem diferenciados como cartilagem, epitélio glandular, tecido neural, de natureza benigna, porém podem crescer, obstruir e invadir estruturas adjacentes. CONCLUSÃO: Poucas pessoas na medicina, pacientes ou profissionais de saúde, estão alertas e aptas para identificar NSGCT devido sua baixa prevalência e por se manifestarem como massa unilateral, assintomática, indolor, dura, de crescimento lento, associada ao aumento testicular. Sendo assim, o diagnóstico precoce e o tratamento tornam-se prejudicados, contribuindo para os desfecho mais graves e incuráveis. 
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