O uso de drogas antitireoidianas ou da radioablação no tratamento da Doença de Graves: um estudo comparativo baseado na literatura científica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chaves, Matheus Furlan
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Barroso, Márcio Garcia, Oshiro, Jéssica Ayumi, Resende, Vilker Santos, Chaves, Bárbara Furlan, Souza, Felipe dos Santos, Martins, Vinícius Antônio da Silva, Cruz, Dirceu Leite de Barros
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/64257
Resumo: Introdução: A doença de Graves (DG) é uma patologia autoimune que envolve produção anormal de anticorpos anti-TRAb, os quais atuam como agonistas dos receptores de hormônio tireoestimulante (TSH), causando aumento da glândula tireoide e produção aumentada de hormônios tireoidianos. O tratamento consiste em diminuir os níveis circulantes desses hormônios. Atualmente, existem duas modalidades principais: as drogas antitireoidianas (DAT) e a radioablação com iodo radioativo (I-131). Este estudo visa caracterizar essas duas técnicas, estabelecendo uma análise comparativa entre elas em relação à eficiência, efeitos adversos agudos e tardios e a eficácia em gerar um estado eutireoideo. Espera-se contribuir para o estabelecimento de um manejo mais efetivo da doença, adequando os tratamentos às individualidades de cada paciente e propiciando uma melhora na sua qualidade de vida. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) nas seguintes bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud (IBECS) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), utilizando os descritores: Graves Disease, Iodine Radioisotopes, Antithyroid Drugs. Resultados: A pesquisa inicial resultou em um total de 598 artigos, dos quais 514 foram excluídos pelos critérios de idioma e tempo de publicação, restando 84 artigos, que foram inicialmente selecionados com base na leitura do título e do resumo e, posteriormente, na leitura integral, sendo que 12 se mostraram adequados para a construção da presente revisão.  Discussão: A terapia com DAT e a radioablação, como principais formas de tratamento da DG, apresentam divergências em diversos aspectos, podendo-se citar: perfil de efeitos adversos, interferência no risco cardiovascular, taxa de remissão e qualidade de vida. A discussão dos benefícios e prejuízos inerentes a cada técnica se faz muito importante na condução de cada caso. Dessa forma, a escolha entre uma modalidade ou outra constitui uma decisão conjunta do médico assistente e paciente. Conclusão: Os tratamentos disponíveis para a DG destoam com relação ao perfil de efeitos adversos e as taxas de recorrência da doença. Por isso, a abordagem de cada caso deve ser individualizada, cabendo ao profissional ponderar os benefícios e os riscos de cada método e adequar à realidade de cada indivíduo.
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