Práticas contemplativas no manejo da dor crônica: uma revisão bibliográfica sobre a meditação como terapia complementar à medicação opioide / Contemplative practices in chronic pain management: a literature review on meditation as a complementary therapy to opioid medication

• Autor(a) principal: Gonçalves, Daniel Benjamin
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/39179
• topic: Meditação; Mindfulness; Dor crônica; Medicação; Opioides.

Com o passar dos anos, a dor crônica deixou de ser apenas um sintoma e passou a ser considerada como uma doença que afeta grande parte da população, principalmente a senil. Após receber atenção dos maiores órgãos da saúde mundiais e ser considerada um problema de saúde pública devido aos altos custos na produtividade do sujeito e no sistema de saúde, novas estratégias que vão para além da monoterapia medicamentosa de analgésicos opioides vêm se mostrando necessárias. Seguindo esse caminho, essa pesquisa tem como objetivo investigar o papel da meditação no cuidado do sujeito com dor crônica, a partir do entendimento de que o analgésico opioide não está sendo suficiente para o manejo dessa doença. A partir do método da revisão bibliográfica e de pesquisas nos principais bancos de artigos online, foi trilhado um caminho de entendimento que vai desde a discussão dos efeitos psicossociais que uma doença crônica pode ter no indivíduo até uma coletânea de revisões sistemáticas e meta-análises cujo objetivo foi o de entender os efeitos da meditação no manejo da dor crônica a partir da análise de diversos estudos. Os resultados mistos e inconclusivos levam à conclusão de que são necessárias mais pesquisas para que os efeitos da meditação sejam melhor compreendidos pela comunidade científica, mas a partir da quantidade de estudos que inferem efeitos positivos, essa pesquisa entende que a meditação e o analgésico opioides podem se potencializar, uma vez que a medicação alivia o sintoma doloroso e abre espaço para um investimento de energia na tarefa de ressignificação da dor para o sujeito, ação que tem o poder de aliviar o sintoma e/ou melhorar a relação do paciente com a própria medicação opioide, evitando possíveis abusos e dependência química, efeito colateral que muitas vezes levam os profissionais de saúde a não receitarem tais remédios.