Problemas psicossociais do paciente pediátrico portador de dermatite atópica e seus impactos na qualidade de vida da criança e de sua família / Psychosocial problems of the pediatric patient with atopic dermatitis and their impact on the quality of life of the child and the family

• Autor(a) principal: Araújo, Juliana Roque de Souza
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Gonçalves, Gabriela de Paiva, Mancine, Carolina Rosa, Cardozo, Marília Loiola, da Silva, Gustavo Martins, da Mota Neto, João Vieira, Raposo, Leonardo Martins
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/34874
• topic: Comportamento; Dermatologia; Pediatria; Psicossocial; Saúde.

Contextualização: A dermatite atópica é uma doença inflamatória da pele, crônica e caracterizada pela recidiva de lesões e prurido. A prevalência mundial dessa doença é crescente e se constitui como a principal dermatose relacionada com alterações psíquicas. Apesar disso, o estudo sobre o assunto ainda é escasso no país. O objetivo desse trabalho é discorrer sobre os principais problemas psicossociais e comportamentais relacionados às crianças acometidas pela dermatose e suas famílias. A metodologia utilizada foi uma revisão integrativa da literatura, em que foram utilizadas as plataformas de pesquisa SciELO, PubMed, LILACS, Google Scholar e MEDLINE. Assim, foram selecionados 16 artigos, entre os anos de 2005 e 2020; sendo que, para a busca, foram utilizados os descritores em ciências da saúde: atopic dermatitis, mental health, behavior e relatives. Resultados e discussão: Foram relatados como os principais problemas de comportamento das crianças portadoras de dermatite atópica: depressão, ansiedade, agressividade e imaturidade, além de sofrimento, redução do bem-estar, redução da capacidade funcional, retraimento, problemas de sono e dificuldades de socialização. Somado a isso, sentimentos negativos e de discriminação social foram muito prevalentes (62%). Ademais, foi demonstrado que a gravidade da doença se relaciona com o prognóstico da saúde mental. Para a família da criança, o impacto principal decorre do custo do tratamento, seguido por alterações do sono. Conclui-se, assim, que diante do impacto de fatores psicossociais na qualidade de vida, há real necessidade de intervenções provedoras de saúde mental voltadas aos pacientes e suas famílias.