A singularidade histórica do anarquismo em Portugal
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo |
Texto Completo: | https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ridphe/article/view/17491 |
Resumo: | Por particularidades subjacentes à história singular de Portugal, pode-se afirmar que a plasticidade social do anarquismo em Portugal foi, particularmente, evidente no período de finais do final do século XIX até ao início da década de 1920. Os fatores básicos que estão na origem desse potencial residem num movimento social operário reivindicativo e revolucionário assente no anarco-sindicalismo. Com a revolução russa de 1917 e o golpe militar de 1926 traduzido, mais tarde, na ditadura salazarista em 1933, pode-se dizer que a pujança . demonstrada pela CGT (Confederação Geral do Trabalho) anarco-sindicalista se sindicalista revolucionária soçobra na prisão e na clandestinidade. Por outro lado, é necessário ter presente que a validade heurística da revolução russa transformou muitos desses militantes anarco-sindicalistas em arautos da constituição de Partidos Comunistas nos seus países obedecendo aos imperativos das 21 condições da Internacional Comunista sedeada em Moscovo. Submetidos pela força da clandestinidade e as prisões da ditadura salazarista, o anarquismo em Portugal limitou-se a um processo de total atomização e pouca visibilidade social. Com a revolução de 25 de Abril de 1974 em Portugal ressurgiu com alguma pujança no meio editorial, com o ressurgimento do jornal “A Batalha” e dezenas de uma diversidade de publicações. O anarco-sindicalismo não emergiu e muitas das publicações criadas, entretanto, já desapareceram. Hoje, em Portugal, denota-se que o anarquismo tende a desenvolver-se fundamentalmente nos circuitos culturais e nos meios em que predomina utilização de meios virtuais analítico-simbólicos. |
id |
CAMP-1_2bd01f8e0ddc66c24d7c626b0e24c853 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:inpec.econtents.bc.unicamp.br:article/17491 |
network_acronym_str |
CAMP-1 |
network_name_str |
Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo |
repository_id_str |
|
spelling |
A singularidade histórica do anarquismo em PortugalThe historical singularity of anarchism in PortugalLa singularité historique de l’anarchisme au PortugalLa singularidad histórica del anarquismo en PortugalAnarquismoHistóriaPor particularidades subjacentes à história singular de Portugal, pode-se afirmar que a plasticidade social do anarquismo em Portugal foi, particularmente, evidente no período de finais do final do século XIX até ao início da década de 1920. Os fatores básicos que estão na origem desse potencial residem num movimento social operário reivindicativo e revolucionário assente no anarco-sindicalismo. Com a revolução russa de 1917 e o golpe militar de 1926 traduzido, mais tarde, na ditadura salazarista em 1933, pode-se dizer que a pujança . demonstrada pela CGT (Confederação Geral do Trabalho) anarco-sindicalista se sindicalista revolucionária soçobra na prisão e na clandestinidade. Por outro lado, é necessário ter presente que a validade heurística da revolução russa transformou muitos desses militantes anarco-sindicalistas em arautos da constituição de Partidos Comunistas nos seus países obedecendo aos imperativos das 21 condições da Internacional Comunista sedeada em Moscovo. Submetidos pela força da clandestinidade e as prisões da ditadura salazarista, o anarquismo em Portugal limitou-se a um processo de total atomização e pouca visibilidade social. Com a revolução de 25 de Abril de 1974 em Portugal ressurgiu com alguma pujança no meio editorial, com o ressurgimento do jornal “A Batalha” e dezenas de uma diversidade de publicações. O anarco-sindicalismo não emergiu e muitas das publicações criadas, entretanto, já desapareceram. Hoje, em Portugal, denota-se que o anarquismo tende a desenvolver-se fundamentalmente nos circuitos culturais e nos meios em que predomina utilização de meios virtuais analítico-simbólicos.Due to particularities underlying the unique history of Portugal, it can be said that the social plasticity of anarchism in Portugal was particularly evident in the period between the end of the late 19th century and the beginning of the 1920s. The basic factors behind this potential lie in a demanding and revolutionary social worker movement, based on anarcho-syndicalism. With the Russian revolution of 1917 and the military coup of 1926, which later evolved into the Salazarist dictatorship in 1933, it can be said that the strength demonstrated by the anarcho-syndicalism CGT (General Confederation of Work) wrecks in prison and underground. On the other hand, it is necessary to keep in mind that the heuristic validity of the Russian revolution transformed many of these anarcho-syndicalist militants into heralds of the constitution of Communist Parties in their countries, obeying the imperatives of the 21 conditions of the Communist International based in Moscow. Submitted by the force of clandestinity and the prisons of the Salazarist dictatorship, anarchism in Portugal was limited to a process of total atomization and little social visibility. With the revolution of April 25th 1974 in Portugal, it reappeared with some strength in the editorial environment, with the resurgence of the newspaper “A Batalha” and dozens of different Publications. Anarcho-syndicalism did not emerge and many of the publications have already disappeared. Nowadays in Portugal, it is denoted that anarchism tends to develop fundamentally in cultural circuits and in environments where the use of analytical-symbolic virtual means predominates.Debido a las particularidades que subyacen a la historia única de Portugal, se puede decir que la plasticidad social del anarquismo en Portugal fue particularmente evidente en el período comprendido entre finales del siglo XIX y principios de la década de 1920. Los factores básicos en el origen de este potencial residen en un movimiento de trabajadores sociales exigente y revolucionario basado en el anarcosindicalismo. Con la revolución rusa de 1917 y el golpe militar de 1926 traducido, posteriormente, en la dictadura salazarista de 1933, se puede decir que la fortaleza demostradA por la CGT (Confederación General del Trabajo) anarcosindicalista si sindicalista revolucionaria se hunde en la cárcel y en la clandestinidad. Por otro lado, es necesario tener presente que la vigencia heurística de la revolución rusa transformó a muchos de estos militantes anarcosindicalistas en heraldos de la constitución de Partidos Comunistas en sus países obedeciendo a los imperativos de las 21 condiciones de la Internacional Comunista con sede en Moscovo. Sometido por la fuerza de la clandestinidad y las prisiones de la dictadura salazarista, el anarquismo en Portugal se limitó a un proceso de atomización total y poca visibilidad social. Con la revolución del 25 de abril de 1974 en Portugal, resurge con cierta fuerza en el ámbito editorial, con el resurgimiento del periódico “A Batalha” y decenas de publicaciones diferentes. El anarcosindicalismo no surgió y muchas de las publicaciones creadas, sin embargo, ya desaparecieron. Hoy, en Portugal, se denota que el anarquismo tiende a desarrollarse fundamentalmente en circuitos culturales y en ambientes donde predomina el uso de medios virtuales analítico-simbólicos.Par des raisons particulieres singulieres à l’histoire du Portugal, nous pouvons afirmer qui la plasticité du anarchieme au Portugal a été visible surtout dans le période de la fin du XIXé siècle jusq’au les années de 1920. Les élements qui sont dans l’origine de c e potentie ont l’origine dans un movement social ouvrier reivindicatif e révolutionnaire inscrit dans le model anharco-syndicatliste.Avec la révolution russe de 1917 et le coup militaire de Mai de 1926, on assiste à l’instauration definitive de la ditacture salazariste em 1933, on peut dire que la force révolutionnaire da la CGT (Confederation Générale du Travail) tombe dans la prison et perde sa force comme mouvement social. Par outre côté il a besoin de voir l’impact dans la revolution russe joint des ouvriers e militants anarchistes, au point d’une partie servir de creation des Partis Communistes dans le monde entier, suivanr les directives de l'Internacionnale Communiste siege en Moscou. Forcés a survivre dans la clandestinité et dans les prisons de Salazar, l’anarchisme en Portugal tombe dans marasme social pendant environ 48 années. Avec la revolution de 25 Avril 1974 il a une resurgence de l’anarchisme au Portugal, surtout dans la jeunesse et le millieu culturel. De souligner o rôle du jounal “A Batalha” et des dizaines de publicatications. Le mouvement social basée dans l’anarco-sindicalisme ne trouve pas une nouvelle pujance comme autrefois nas premières décads du siècle XX. Aujour’dhui nus pouvons constater que l’anarchisme emerge au Portugal surtout a partir des moyens virtuelles analítico-sinboliques bassées na utilisation das TIC,s (Tecnolgies d’Information et Comunications). Par des raisons particulieres singulieres à l’histoire du Portugal, nous pouvons afirmer qui la plasticité du anarchieme au Portugal a été visible surtout dans le période de la fin du XIXé siècle jusq’au les années de 1920. Les élements qui sont dans l’origine de c e potentie ont l’origine dans un movement social ouvrier reivindicatif e révolutionnaire inscrit dans le model anharco-syndicatliste.Avec la révolution russe de 1917 et le coup militaire de Mai de 1926, on assiste à l’instauration definitive de la ditacture salazariste em 1933, on peut dire que la force révolutionnaire da la CGT (Confederation Générale du Travail) tombe dans la prison et perde sa force comme mouvement social. Par outre côté il a besoin de voir l’impact dans la revolution russe joint des ouvriers e militants anarchistes, au point d’une partie servir de creation des Partis Communistes dans le monde entier, suivanr les directives de l'Internacionnale Communiste siege en Moscou. Forcés a survivre dans la clandestinité et dans les prisons de Salazar, l’anarchisme en Portugal tombe dans marasme social pendant environ 48 années. Avec la revolution de 25 Avril 1974 il a une resurgence de l’anarchisme au Portugal, surtout dans la jeunesse et le millieu culturel. De souligner o rôle du jounal “A Batalha” et des dizaines de publicatications. Le mouvement social basée dans l’anarco-sindicalisme ne trouve pas une nouvelle pujance comme autrefois nas premières décads du siècle XX. Aujour’dhui nus pouvons constater que l’anarchisme emerge au Portugal surtout a partir des moyens virtuelles analítico-sinboliques bassées na utilisation das TIC,s (Tecnolgies d’Information et Comunications). Faculdade de Educação/Universidade Estadual de Campinas2022-12-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdftext/htmlhttps://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ridphe/article/view/1749110.20888/ridpher.v8i00.17491RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo; v. 8 (2022): Publicação contínua; e022022RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo; Vol. 8 (2022): Publicação contínua; e022022Ridphe_R, Ibero-American Journal of Historical-Educational Patrimony; Vol. 8 (2022): Publicação contínua; e0220222447-746Xreponame:Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativoinstname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPporhttps://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ridphe/article/view/17491/12177https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ridphe/article/view/17491/12178Copyright (c) 2022 RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativohttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessFerreira, José Maria Carvalho2022-12-31T17:19:56Zoai:inpec.econtents.bc.unicamp.br:article/17491Revistahttps://www.fe.unicamp.br/revistas/ged/RIDPHE-RPUBhttp://ojs.fe.unicamp.br/index.php/RIDPHE-R/oai||mcris@unicamp.br2447-746X2447-746Xopendoar:2022-12-31T17:19:56Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A singularidade histórica do anarquismo em Portugal The historical singularity of anarchism in Portugal La singularité historique de l’anarchisme au Portugal La singularidad histórica del anarquismo en Portugal |
title |
A singularidade histórica do anarquismo em Portugal |
spellingShingle |
A singularidade histórica do anarquismo em Portugal Ferreira, José Maria Carvalho Anarquismo História |
title_short |
A singularidade histórica do anarquismo em Portugal |
title_full |
A singularidade histórica do anarquismo em Portugal |
title_fullStr |
A singularidade histórica do anarquismo em Portugal |
title_full_unstemmed |
A singularidade histórica do anarquismo em Portugal |
title_sort |
A singularidade histórica do anarquismo em Portugal |
author |
Ferreira, José Maria Carvalho |
author_facet |
Ferreira, José Maria Carvalho |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ferreira, José Maria Carvalho |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Anarquismo História |
topic |
Anarquismo História |
description |
Por particularidades subjacentes à história singular de Portugal, pode-se afirmar que a plasticidade social do anarquismo em Portugal foi, particularmente, evidente no período de finais do final do século XIX até ao início da década de 1920. Os fatores básicos que estão na origem desse potencial residem num movimento social operário reivindicativo e revolucionário assente no anarco-sindicalismo. Com a revolução russa de 1917 e o golpe militar de 1926 traduzido, mais tarde, na ditadura salazarista em 1933, pode-se dizer que a pujança . demonstrada pela CGT (Confederação Geral do Trabalho) anarco-sindicalista se sindicalista revolucionária soçobra na prisão e na clandestinidade. Por outro lado, é necessário ter presente que a validade heurística da revolução russa transformou muitos desses militantes anarco-sindicalistas em arautos da constituição de Partidos Comunistas nos seus países obedecendo aos imperativos das 21 condições da Internacional Comunista sedeada em Moscovo. Submetidos pela força da clandestinidade e as prisões da ditadura salazarista, o anarquismo em Portugal limitou-se a um processo de total atomização e pouca visibilidade social. Com a revolução de 25 de Abril de 1974 em Portugal ressurgiu com alguma pujança no meio editorial, com o ressurgimento do jornal “A Batalha” e dezenas de uma diversidade de publicações. O anarco-sindicalismo não emergiu e muitas das publicações criadas, entretanto, já desapareceram. Hoje, em Portugal, denota-se que o anarquismo tende a desenvolver-se fundamentalmente nos circuitos culturais e nos meios em que predomina utilização de meios virtuais analítico-simbólicos. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-12-22 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ridphe/article/view/17491 10.20888/ridpher.v8i00.17491 |
url |
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ridphe/article/view/17491 |
identifier_str_mv |
10.20888/ridpher.v8i00.17491 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ridphe/article/view/17491/12177 https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ridphe/article/view/17491/12178 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2022 RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2022 RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Educação/Universidade Estadual de Campinas |
publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Educação/Universidade Estadual de Campinas |
dc.source.none.fl_str_mv |
RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo; v. 8 (2022): Publicação contínua; e022022 RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo; Vol. 8 (2022): Publicação contínua; e022022 Ridphe_R, Ibero-American Journal of Historical-Educational Patrimony; Vol. 8 (2022): Publicação contínua; e022022 2447-746X reponame:Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) instacron:UNICAMP |
instname_str |
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
instacron_str |
UNICAMP |
institution |
UNICAMP |
reponame_str |
Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo |
collection |
Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
repository.mail.fl_str_mv |
||mcris@unicamp.br |
_version_ |
1754302835486359552 |