Avaliação do bem-estar materno em situação de parto

• Autor(a) principal: Carlos, Isabella Toscano Valentim
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Sanfelice, Clara Fróes de Oliveira, 1984
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/10944
• topic: Assistencia perinatal; Parto; Perinatal care; Parturition; Parte de evento; Satisfação do paciente; Patient satisfaction

Resumo: O parto é um processo dinâmico que pode sofrer influência de questões físicas, psíquicas, relacionais e ambientais. As experiências de parto não satisfatórias representam uma violação dos direitos humanos e podem gerar consequências negativas, psíquicas e emocionais, à mulher, a curto e longo prazo. Objetivo: Avaliar o bem-estar materno em situação de parto. Método: Pesquisa analítica e transversal. Os dados foram coletados de 128 puérperas internadas na Unidade de Alojamento Conjunto de um hospital de ensino localizado no interior do Estado de São Paulo. Foram utilizados dois instrumentos para coleta de dados: a) questionário sociodemográfico e obstétrico desenvolvido pelas autoras, e b) Escala de Bem-Estar Materno em Situação e Parto (BMSP 2), validada e adaptada para a língua e cultura brasileira. A escala possui 47 questões do tipo likert, divididas em sete domínios: Qualidade do relacionamento durante o cuidado; Autocuidado e conforto; Condições que propiciam o cuidado mãe e filho; Cuidado despersonalizado; Participação familiar contínua; Cuidado oportuno e respeitoso e Ambiente físico confortável. A pontuação final pode variar de 47 a 235 pontos. Realizou-se o cálculo de frequências e porcentagens para variáveis qualitativas. As variáveis quantitativas foram calculadas por meio das medidas de tendência central e dispersão. A pesquisa seguiu as diretrizes éticas e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer nº 4.168.051/2020). Resultados: A idade média foi de 30 anos com média de 10 anos de estudo, 51,6% solteiras; 72,6% pardas; 46,8% com emprego formal remunerado; 40,6% possuíam renda familiar baixa; 96% realizaram pré-natal, sendo 72,7% (n=93) de risco habitual. O escore médio foi de 208,7 pontos, o que indica ótimo bem-estar com a experiência de parto (> 200 pontos). Conclusão: As participantes se mostraram muito satisfeitas com a experiência de parto vivenciada, o que pode impactar positivamente nos aspectos psíquicos e emocionais relacionados à maternidade