Análise do manejo cirúrgico de pacientes com câncer cervical recidivado após radioterapia e quimioterapia.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zanini,Lucas Adalberto Geraldi
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Reis,Rosilene Jara, Laporte,Gustavo Andreazza, Vieira,Sabas Carlos, Zanella,Janice de Fátima, Machado,Graciele Meriane
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912020000100176
Resumo: RESUMO Objetivos: Analisar os resultados de morbidade e sobrevida após cirurgias curativas e paliativas em pacientes com câncer cervical recidivado após tratamento primário com radioterapia e quimioterapia. Outro objetivo foi avaliar os fatores associados aos procedimentos curativos e não curativos. Métodos: Coorte retrospectiva de pacientes submetidos à cirurgias curativas e paliativas, entre janeiro de 2011 a dezembro de 2017, em um centro de alta complexidade em oncolologia. O desfecho da morbidade foi relatado de acordo com a classificação de Clavien-Dindo e a análise de sobrevida foi realizada pelo método de Kaplan-Meir. Para avaliar os fatores associados aos procedimentos, foi realizada análise univariada pelo teste U de Mann-Whitney. Resultados: Foram realizadas duas histerectomias radicais, três exenterações pélvicas com intenção curativa e cinco exenterações pélvicas paliativas. No grupo curativo, houve complicações maiores em 40% dos casos, e o tempo mediano de sobrevida foi 16 meses. No grupo paliativo, houve complicações maiores em 60% dos casos, e o tempo mediano de sobrevida foi 5 meses. Estadiamento avançado (p=0,02), sintomas (p=0,04), tamanho do tumor maior que cinco centímetros (p=0,04) e mais de três órgãos envolvidos (p=0,003) foram fatores significativamente associados a cirurgia não curativa. Conclusões: As taxas de morbidade foram maiores no grupo paliativo, e o tempo mediano de sobrevida foi menor no grupo paliativo do que no grupo curativo, entretanto esta diferença na sobrevida não teve significância estatística. Estádio avançado, sintomas, tamanho tumoral e número de órgãos envolvidos são fatores que devem ser levados em consideração na indicação de resgate cirúrgico.
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