Prevalência de retinopatia da prematuridade em prematuros atendidos no período de 1992-1999 em Joinville (SC): avaliação de riscos associados - "screening"

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bonotto,Ligia Beatriz
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Moreira,Ana Tereza Ramos, Carvalho,Denise Siqueira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492007000100011
Resumo: OBJETIVOS: Avaliar a prevalência da retinopatia da prematuridade em prematuros atendidos no Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, oriundos da Maternidade Darcy Vargas no período de junho de 1992 a junho de 1999. Descrever os fatores de risco que predispõem ao desenvolvimento da retinopatia da prematuridade na Maternidade Darcy Vargas e estabelecer critérios para melhorar o "screening". MÉTODOS: Foram selecionados 286 prematuros dentro dos critérios pré-definidos (idade gestacional menor que 37 semanas, primeiro exame com 4-12 semanas de vida, mínimo de três consultas oftalmológicas até 180 dias de vida e estar cadastrado no Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem. Procedeu-se à análise do grupo total de prematuros para classificá-los no Grupo I (sem retinopatia da prematuridade) e Grupo II (com retinopatia da prematuridade) e descreveram-se os fatores relacionados com a presença ou não da retinopatia da prematuridade nos prematuros. Para avaliação da freqüência da retinopatia da prematuridade e dos fatores associados à sua ocorrência foram utilizados os testes Qui-quadrado ou teste Exato de Fisher. Nível de significancia de 5%. RESULTADOS: Duzentos e vinte e oito prematuros não apresentaram retinopatia da prematuridade (grupo I) e 58 apresentaram (grupo II). A prevalência da retinopatia da prematuridade foi de 20%, sendo 9% no estádio 1, 7% no estádio 2, 4% no estádio 3 e 1% no estádio 4 a. Os fatores mais envolvidos foram: peso ao nascimento (p<0,0001), oxigenoterapia (p<0,0000), idade gestacional (p=0,0006), doenças pulmonares (p=0,0041), transfusão sanguínea (p=0,0002), alterações sistema nervoso central (p=0,0259), infecções graves (p=0,0278) e Apgar menor que 7 no primeiro minuto (p=0,0442). Os prematuros que necessitaram de tratamento tinham menos que 1.399 g e 33 semanas. CONCLUSÃO: Com base nestes dados a prevalência de retinopatia da prematuridade é de 20%. Os prematuros de risco para retinopatia da prematuridade se concentram abaixo de 1.400 g e 33 semanas. Prematuros maiores devem ser observados quando apresentam um ou mais dos fatores de maior risco (oxigenoterapia, transfusão de sangue, doenças pulmonares, alterações sistema nervoso central, infecções graves e Apgar menor que 7 no primeiro minuto).
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