Achados ultrassonográficos em toxocaríase ocular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morais,Fábio Barreto
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Maciel,Ana Lúcia, Arantes,Tiago Eugênio Farias e, Muccioli,Cristina, Allemann,Norma
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492012000100009
Resumo: OBJETIVO: Avaliar achados ultrassonográficos nas três principais formas de apresentação da toxocaríase ocular (granulomas de periferia e polo posterior e endoftalmite crônica), em pacientes com diagnóstico confirmado de toxocaríase ocular. MÉTODOS: Foram analisados no estudo 11 pacientes (11 olhos), de forma prospectiva, com diagnóstico de toxocaríase forma ativa, com teste ELISA positivo. Os pacientes foram submetidos ao exame de ultrassonografia ocular (transdutor 10 MHz, técnica de contato). RESULTADOS: Na série de 11 pacientes, com idade média de 7,9 anos (variando de 2 a 17 anos), 73% homens, referiram contato prévio com cães (91%), e com solo (50%), sem referência à perversão do apetite. Na avaliação dos olhos comprometidos (11 olhos), o exame oftalmológico revelou a seguinte distribuição das três formas de toxocaríase ocular: 7 (63,6%), granuloma de polo posterior; 1 (9,1%), endoftalmite crônica; 2 (18,2%), granuloma periférico; e 1 (9,1%), quadro associado de granuloma de polo posterior e endoftalmite crônica. Acuidade visual comprometida: sem percepção luminosa (3 olhos, 27,3%); visão de vultos (4 olhos, 36,4%); contar dedos a 10 cm (1 olho, 9,1%); 20/200 (1 olho, 9,1%); 20/70 (1 olho, 9,1%); indeterminado (1 olho, 9,1%). Sorologia para Toxocara canis foi positiva (teste ELISA) em 100% dos casos. Oftalmoscopia foi difícil ou impossível em 64% dos casos devido à opacidade de meios. Características ultrassonográficas observadas: membranas vítreas com retina aplicada (100%); lesões de parede (granulomas) com refletividade alta (80%) ou média (20%). CONCLUSÃO: O achado ultrassonográfico mais consistente no olho portador de toxocaríase foi a presença de massa retiniana de alta refletividade, localizada no polo posterior ou periferia, que pode ser calcificada, e que apresenta como principal característica a aderência de membranas vítreas. Em combinação com a história, exame clínico e sorologia, a ultrassonografia pode ajudar no diagnóstico da toxocaríase ocular, principalmente nos casos com opacidade de meios.
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