Percepção do Rodízio de Auditoria sob o olhar dos Auditores Independentes - DOI: http://dx.doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v13n38p9-22

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Quevedo, Mirella Conti
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Pinto, Leonardo José Seixas
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Catarinense da Ciência Contábil (Online)
Texto Completo: https://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view/1739
Resumo: O rodízio de auditoria no Brasil foi criado por iniciativa do Banco Central do Brasil (BACEN) em resposta a escândalos que ocorreram e que colocaram em risco a imagem das firmas de Auditoria. Posteriormente, o rodízio foi adotado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), englobando as sociedades anônimas de capital aberto, registradas na bolsa de valores. A rotatividade se tornou um assunto polêmico, à medida que influencia, de alguma forma, no relacionamento dos auditores com seus clientes, bem como em todo o mercado das empresas de auditoria, questionando-se, dessa forma, sua efetividade. Considerando tais fatos, o objetivo desta pesquisa foi verificar junto aos auditores independentes sua percepção sob o rodízio de auditoria, buscando compreender se são favoráveis ou não a esse procedimento. Dessa maneira, a pesquisa avaliou a percepção de 64 auditores independentes de 6 empresas de auditoria diferentes, por meio da abordagem survey, com perguntas abertas e fechadas. Constatou-se, principalmente, que: 58% dos auditores acreditam que o rodízio conseguiu inibir os escândalos contábeis; 56% acreditam que os custos envolvidos na rotatividade do rodízio superam os ganhos; 76% acreditam que o conhecimento acumulado gera vício de trabalho; 48% acreditam que os auditores se aproximam do cliente caso não haja o rodízio. Por outro lado, 64% afirmam que há perda de eficácia nos trabalhos de auditoria com a implementação do rodízio e que 74% das empresas auditadas não aderiram ao CAE, com o intuito de prolongar o prazo de 5 para 10 anos de uma mesma empresa de auditoria. Os achados desta pesquisa, quando comparados à opinião dos órgãos públicos de contabilidade em relação ao rodízio, revelam contradição. Enquanto 91% dos auditores pesquisados defendem o rodízio, seja por rotatividade da empresa ou por rotatividade do auditor independente, o CFC e o IBRACON não são favoráveis ao sistema. Por outro lado, a CVM estabelece o rodízio para as firmas de auditoria e o BACEN para os profissionais com cargos gerenciais.
id CRCSC-1_a22c660afda6ae15e6aa05e3161c8ed0
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1739
network_acronym_str CRCSC-1
network_name_str Revista Catarinense da Ciência Contábil (Online)
repository_id_str
spelling Percepção do Rodízio de Auditoria sob o olhar dos Auditores Independentes - DOI: http://dx.doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v13n38p9-22The perception of audit rotation within the independent auditors’ viewAuditoriaRodízio de auditoriaPercepção dos auditores independentes.AuditAudit rotationPerception of independent auditorsO rodízio de auditoria no Brasil foi criado por iniciativa do Banco Central do Brasil (BACEN) em resposta a escândalos que ocorreram e que colocaram em risco a imagem das firmas de Auditoria. Posteriormente, o rodízio foi adotado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), englobando as sociedades anônimas de capital aberto, registradas na bolsa de valores. A rotatividade se tornou um assunto polêmico, à medida que influencia, de alguma forma, no relacionamento dos auditores com seus clientes, bem como em todo o mercado das empresas de auditoria, questionando-se, dessa forma, sua efetividade. Considerando tais fatos, o objetivo desta pesquisa foi verificar junto aos auditores independentes sua percepção sob o rodízio de auditoria, buscando compreender se são favoráveis ou não a esse procedimento. Dessa maneira, a pesquisa avaliou a percepção de 64 auditores independentes de 6 empresas de auditoria diferentes, por meio da abordagem survey, com perguntas abertas e fechadas. Constatou-se, principalmente, que: 58% dos auditores acreditam que o rodízio conseguiu inibir os escândalos contábeis; 56% acreditam que os custos envolvidos na rotatividade do rodízio superam os ganhos; 76% acreditam que o conhecimento acumulado gera vício de trabalho; 48% acreditam que os auditores se aproximam do cliente caso não haja o rodízio. Por outro lado, 64% afirmam que há perda de eficácia nos trabalhos de auditoria com a implementação do rodízio e que 74% das empresas auditadas não aderiram ao CAE, com o intuito de prolongar o prazo de 5 para 10 anos de uma mesma empresa de auditoria. Os achados desta pesquisa, quando comparados à opinião dos órgãos públicos de contabilidade em relação ao rodízio, revelam contradição. Enquanto 91% dos auditores pesquisados defendem o rodízio, seja por rotatividade da empresa ou por rotatividade do auditor independente, o CFC e o IBRACON não são favoráveis ao sistema. Por outro lado, a CVM estabelece o rodízio para as firmas de auditoria e o BACEN para os profissionais com cargos gerenciais. The audit rotation in Brazil was initiated by the Central Bank of Brazil in response to scandals that have occurred and had put at risk the image of audit firms. Subsequently, the rotation was adopted by the Brazilian Securities Commission, encompassing the publicly-traded companies listed on the stock exchange. Turnover has become a controversial subject, as influences, somehow, in the auditors' relationship with their customers as well as the entire market for audit firms, questioning, this way, its effectiveness. Considering these facts, the aim of this study was to verify with the independent auditors' perception under the audit rotation seeking to understand whether they are favorable or not to this procedure. Thus, this study evaluated the perception of 64 independent auditors of 6 different audit firms, through the survey approach with open and closed questions. The mainly results found that: 91% of the respondents are in favor of the audit rotation; 58% of the auditors believe that the rotation could inhibit the accounting scandals; 56% believe that the costs involved in the rotation turnover outweighs the gains; 76% believe that the accumulated knowledge generates addiction to work; 48% believe that auditors approach the client if there is no rotation. On the other hand, 64 % say that there is a loss of efficiency in auditing with the implementation of rotation and that 74 % of audited companies have not joined the CAE with intent to extend the period of 5 to 10 years of the same auditing firm. The findings of this study when compared to the opinion of public accountancy bodies in relation to the rotation, reveal contradictions. While 91 % of the auditors surveyed advocate the rotation should occur by the company rotation or by rotation of the independent auditor, the CFC and IBRACON are not favorable to rotation. Moreover, CVM provides the rotation for audit firms and the Central Bank for professionals with managerial positions.Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina2014-04-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view/1739Revista Catarinense da Ciência Contábil; v. 13 n. 38 (2014): Janeiro-Abril; p. 09-222237-76621808-3781reponame:Revista Catarinense da Ciência Contábil (Online)instname:Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC)instacron:CRCSCporhttps://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view/1739/1796Quevedo, Mirella ContiPinto, Leonardo José Seixasinfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-04-30T09:51:08Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1739Revistahttp://www.atena.org.br/revista/ojs-2.2.3-06/index.php/crcscPRIhttp://revista.crcsc.org.br/revista/ojs-2.2.3-06/index.php/CRCSC/oai||revista@crcsc.org.br2237-76621808-3781opendoar:2014-04-30T09:51:08Revista Catarinense da Ciência Contábil (Online) - Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC)false
dc.title.none.fl_str_mv Percepção do Rodízio de Auditoria sob o olhar dos Auditores Independentes - DOI: http://dx.doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v13n38p9-22
The perception of audit rotation within the independent auditors’ view
title Percepção do Rodízio de Auditoria sob o olhar dos Auditores Independentes - DOI: http://dx.doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v13n38p9-22
spellingShingle Percepção do Rodízio de Auditoria sob o olhar dos Auditores Independentes - DOI: http://dx.doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v13n38p9-22
Quevedo, Mirella Conti
Auditoria
Rodízio de auditoria
Percepção dos auditores independentes.
Audit
Audit rotation
Perception of independent auditors
title_short Percepção do Rodízio de Auditoria sob o olhar dos Auditores Independentes - DOI: http://dx.doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v13n38p9-22
title_full Percepção do Rodízio de Auditoria sob o olhar dos Auditores Independentes - DOI: http://dx.doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v13n38p9-22
title_fullStr Percepção do Rodízio de Auditoria sob o olhar dos Auditores Independentes - DOI: http://dx.doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v13n38p9-22
title_full_unstemmed Percepção do Rodízio de Auditoria sob o olhar dos Auditores Independentes - DOI: http://dx.doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v13n38p9-22
title_sort Percepção do Rodízio de Auditoria sob o olhar dos Auditores Independentes - DOI: http://dx.doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v13n38p9-22
author Quevedo, Mirella Conti
author_facet Quevedo, Mirella Conti
Pinto, Leonardo José Seixas
author_role author
author2 Pinto, Leonardo José Seixas
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Quevedo, Mirella Conti
Pinto, Leonardo José Seixas
dc.subject.por.fl_str_mv Auditoria
Rodízio de auditoria
Percepção dos auditores independentes.
Audit
Audit rotation
Perception of independent auditors
topic Auditoria
Rodízio de auditoria
Percepção dos auditores independentes.
Audit
Audit rotation
Perception of independent auditors
description O rodízio de auditoria no Brasil foi criado por iniciativa do Banco Central do Brasil (BACEN) em resposta a escândalos que ocorreram e que colocaram em risco a imagem das firmas de Auditoria. Posteriormente, o rodízio foi adotado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), englobando as sociedades anônimas de capital aberto, registradas na bolsa de valores. A rotatividade se tornou um assunto polêmico, à medida que influencia, de alguma forma, no relacionamento dos auditores com seus clientes, bem como em todo o mercado das empresas de auditoria, questionando-se, dessa forma, sua efetividade. Considerando tais fatos, o objetivo desta pesquisa foi verificar junto aos auditores independentes sua percepção sob o rodízio de auditoria, buscando compreender se são favoráveis ou não a esse procedimento. Dessa maneira, a pesquisa avaliou a percepção de 64 auditores independentes de 6 empresas de auditoria diferentes, por meio da abordagem survey, com perguntas abertas e fechadas. Constatou-se, principalmente, que: 58% dos auditores acreditam que o rodízio conseguiu inibir os escândalos contábeis; 56% acreditam que os custos envolvidos na rotatividade do rodízio superam os ganhos; 76% acreditam que o conhecimento acumulado gera vício de trabalho; 48% acreditam que os auditores se aproximam do cliente caso não haja o rodízio. Por outro lado, 64% afirmam que há perda de eficácia nos trabalhos de auditoria com a implementação do rodízio e que 74% das empresas auditadas não aderiram ao CAE, com o intuito de prolongar o prazo de 5 para 10 anos de uma mesma empresa de auditoria. Os achados desta pesquisa, quando comparados à opinião dos órgãos públicos de contabilidade em relação ao rodízio, revelam contradição. Enquanto 91% dos auditores pesquisados defendem o rodízio, seja por rotatividade da empresa ou por rotatividade do auditor independente, o CFC e o IBRACON não são favoráveis ao sistema. Por outro lado, a CVM estabelece o rodízio para as firmas de auditoria e o BACEN para os profissionais com cargos gerenciais.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-04-30
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view/1739
url https://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view/1739
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view/1739/1796
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina
publisher.none.fl_str_mv Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina
dc.source.none.fl_str_mv Revista Catarinense da Ciência Contábil; v. 13 n. 38 (2014): Janeiro-Abril; p. 09-22
2237-7662
1808-3781
reponame:Revista Catarinense da Ciência Contábil (Online)
instname:Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC)
instacron:CRCSC
instname_str Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC)
instacron_str CRCSC
institution CRCSC
reponame_str Revista Catarinense da Ciência Contábil (Online)
collection Revista Catarinense da Ciência Contábil (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Catarinense da Ciência Contábil (Online) - Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC)
repository.mail.fl_str_mv ||revista@crcsc.org.br
_version_ 1754122416949297152