Caderneta de Saúde da Criança: estudo de utilização e de fatores associados à leitura pela mãe
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25262 |
Resumo: | Introdução: Desde 1984, instrumentos são utilizados para a vigilância da saúde integral da criança no Brasil. A partir de 2005, a Caderneta de Saúde da Criança ampliou os registros das ações de acompanhamento, pelos profissionais de saúde e as orientações às famílias para promover a saúde e prevenir agravos. Os possíveis efeitos desta estratégia podem ser diferentes para os profissionais e familiares e podem estar inter-relacionados. Embora já se conheça o papel fundamental de ambos para a promoção da saúde e do desenvolvimento infantil, ainda não está claro o quanto esse instrumento tem sido preenchido pelos profissionais e o que determina a atitude das mães em não ler as orientações e as informações contidas na caderneta sobre a saúde de seus filhos. Objetivos: Sistematizar a evidência científica sobre a utilização do instrumento de acompanhamento do CD, verificada pelo seu preenchimento, com ênfase no acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento da criança no Brasil, e investigar os fatores associados a não leitura da Caderneta de Saúde da Criança pelas mães de crianças na primeira infância, usuárias do Sistema Único de Saúde. Métodos: Para sistematizara evidência científica sobre a utilização de instrumentos de vigilância de saúde da criança foi realizada uma revisão sistemática de literatura, de acordo com o PRISMA. Foram elegíveis estudos publicados em revistas indexadas nas bases de dados Cochrane Brasil, LILACS, SciELO e MEDLINE, que mensuravam quantitativamente o preenchimento desses instrumentos no Brasil. Foram utilizados os seguintes descritores e palavras-chave: \201Ccrescimento e desenvolvimento\201D, \201Cdesenvolvimento infantil\201D, \201Ccartão da criança\201D, \201Ccaderneta de saúde da criança\201D, \201Ccartão e criança\201D e \201Ccaderneta da criança\201D. Para investigar os fatores associados a não leitura da caderneta foi feito um recorte da pesquisa mais ampla \201CUtilização da Caderneta de Saúde na Vigilância do Crescimento e do Desenvolvimento de Crianças Brasileiras na Primeira Infância\201D realizada em dez municípios brasileiros. Estruturou-se um modelo teórico hierarquizado que incluiu variáveis que representam determinantes sociais, características maternas e de apoio à mãe, condições de saúde da criança e de atendimento nas maternidades e na atenção básica. Na análise bivariada optou-se por um nível de significância de 20% para seleção das variáveis que participaram da regressão logística multivariada hierarquizada. O nível de significância na regressão foi de 5%. Resultados: No primeiro estudo, cinco artigos avaliaram o preenchimento do cartão da criança e três da caderneta de saúde da criança. Todos os trabalhos revistos concluíram que o preenchimento não foi adequadamente realizado. Os gráficos foram pouco preenchidos e quando se considerou apenas uma anotação o gráfico de peso chegou a alcançar 96,3%. O uso do gráfico do IMC não foi relatado, a despeito do quadro crescente da obesidade infantil. O registro de vigilância do desenvolvimento foi de 20%. Para o segundo estudo,foram entrevistadas 1511 mães das quais 12% não haviam lido qualquer seção da Caderneta de Saúde da Criança. No modelo final, ajustado para todas as variáveis explicativas, cor de pele não branca [OR 1,63; IC 95%: 1,02-2,63], escolaridade materna menor que 8 anos (OR 2,97; IC 95%: 2,00- 4,42), se considerar chefe da família (OR 1,56; IC 95%:1,06-2,29) e ter realizado menos de seis consultas de pré-natal (OR 2,00; IC 95%:1,25-3,18) foram os fatores significativos associados a não leitura da caderneta pela mãe. Conclusões: Os resultados da revisão sistemática revelam que, trinta anos após a implementação do Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC), a utilização do instrumento de vigilância da saúde da criança não está consolidada, segundo os relatos das pesquisas realizadas. No modelo final do estudo dos fatores associados a não leitura da caderneta pela mãe, variáveis mais proximais relacionadas ao atendimento nas maternidades e na atenção básica perderam significância quando controlada por variáveis dos blocos inferiores. Determinantes sociais maternos (cor de pele, ser chefe de família e escolaridade) e menor acompanhamento da gravidez se associaram a não leitura do instrumento de vigilância da saúde da criança, os quais podem exercer um papel fundamental em desfechos que estão relacionados às condições de desenvolvimento e saúde das crianças brasileiras, desde suas concepções. |
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Embora já se conheça o papel fundamental de ambos para a promoção da saúde e do desenvolvimento infantil, ainda não está claro o quanto esse instrumento tem sido preenchido pelos profissionais e o que determina a atitude das mães em não ler as orientações e as informações contidas na caderneta sobre a saúde de seus filhos. Objetivos: Sistematizar a evidência científica sobre a utilização do instrumento de acompanhamento do CD, verificada pelo seu preenchimento, com ênfase no acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento da criança no Brasil, e investigar os fatores associados a não leitura da Caderneta de Saúde da Criança pelas mães de crianças na primeira infância, usuárias do Sistema Único de Saúde. Métodos: Para sistematizara evidência científica sobre a utilização de instrumentos de vigilância de saúde da criança foi realizada uma revisão sistemática de literatura, de acordo com o PRISMA. 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Determinantes sociais maternos (cor de pele, ser chefe de família e escolaridade) e menor acompanhamento da gravidez se associaram a não leitura do instrumento de vigilância da saúde da criança, os quais podem exercer um papel fundamental em desfechos que estão relacionados às condições de desenvolvimento e saúde das crianças brasileiras, desde suas concepções.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. 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