Preparação de um material de referência certificado para controle de agrotóxicos em hortifrutigranjeiros
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8232 |
Resumo: | A utilização de materiais de referência é um dos requisitos necessários para garantir a confiabilidade de resultados analíticos. Esses materiais são classificados como materiais de referência (MR) e materiais de referência certificados (MRC). Os MR e MRC vêm sendo cada vez mais utilizados nos laboratórios para o controle de análises; calibração de equipamentos; identificação e caracterização quantitativa de materiais e desenvolvimento de metodologias, atividades que demandam medidas confiáveis, comparáveis e rastreáveis. A capacidade total de produção desses materiais, em especial aqueles destinados à análise de agrotóxicos, é, a nível global, muito inferior à demanda. No Brasil não há um provedor dessa classe de material. Além disso, a importação desses materiais, os quais nem sempre apresentam matrizes e níveis de concentrações compatíveis com a realidade brasileira, é tipicamente dispendiosa e morosa. Por outro lado, a produção de um MR ou MRC de alta qualidade apresenta-se como uma tarefa complexa, geralmente precedida por um longo processo de pesquisa e desenvolvimento, o qual deve atender a rígidas normas impostas por organismos internacionais, dentre elas: a homogeneidade, estabilidade e a caracterização do mesmo. O objetivo desse trabalho foi produzir um MRC para ser utilizado na análise de resíduos de agrotóxicos, utilizando uma matriz mundialmente consumida e enraizada no hábito alimentar: o tomate. A essa matriz foram adicionadas concentrações na faixa entre 0,1 a 0,2 mg/kg de γ-HCH, fenitrotiona, clorpirifós e procimidona. Diante da preocupação em garantir a integridade do MRC durante o tempo de estocagem, utilizou-se a radiação gama como tratamento de esterilização na dose de 2 kGy, visando evitar crescimento microbiano na polpa de tomate envasada em ampolas de vidro, o que ocasionaria a degradação dos agrotóxicos. As concentrações certificadas dos agrotóxicos após caracterização foram 0,192 ± 0,049 mg/kg; 0,194 ± 0,070 mg/kg; 0,233 ± 0,082 mg/kg e 0,186 ± 0,049 mg/kg para o γ-HCH, a fenitrotiona, clorpirifós e procimidona respectivamente. |
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Os MR e MRC vêm sendo cada vez mais utilizados nos laboratórios para o controle de análises; calibração de equipamentos; identificação e caracterização quantitativa de materiais e desenvolvimento de metodologias, atividades que demandam medidas confiáveis, comparáveis e rastreáveis. A capacidade total de produção desses materiais, em especial aqueles destinados à análise de agrotóxicos, é, a nível global, muito inferior à demanda. No Brasil não há um provedor dessa classe de material. Além disso, a importação desses materiais, os quais nem sempre apresentam matrizes e níveis de concentrações compatíveis com a realidade brasileira, é tipicamente dispendiosa e morosa. Por outro lado, a produção de um MR ou MRC de alta qualidade apresenta-se como uma tarefa complexa, geralmente precedida por um longo processo de pesquisa e desenvolvimento, o qual deve atender a rígidas normas impostas por organismos internacionais, dentre elas: a homogeneidade, estabilidade e a caracterização do mesmo. O objetivo desse trabalho foi produzir um MRC para ser utilizado na análise de resíduos de agrotóxicos, utilizando uma matriz mundialmente consumida e enraizada no hábito alimentar: o tomate. A essa matriz foram adicionadas concentrações na faixa entre 0,1 a 0,2 mg/kg de γ-HCH, fenitrotiona, clorpirifós e procimidona. Diante da preocupação em garantir a integridade do MRC durante o tempo de estocagem, utilizou-se a radiação gama como tratamento de esterilização na dose de 2 kGy, visando evitar crescimento microbiano na polpa de tomate envasada em ampolas de vidro, o que ocasionaria a degradação dos agrotóxicos. As concentrações certificadas dos agrotóxicos após caracterização foram 0,192 ± 0,049 mg/kg; 0,194 ± 0,070 mg/kg; 0,233 ± 0,082 mg/kg e 0,186 ± 0,049 mg/kg para o γ-HCH, a fenitrotiona, clorpirifós e procimidona respectivamente.Appropriate reference materials are essential for the successful analysis of food for pesticide residues and are a necessary requirement to guarantee the reliability of analytical results. Those materials are classified as Reference Materials (RM) and Certified Reference Materials (CRM). In laboratories, RM and CRM are used for analytical control, to calibrate equipments, qualitative and quantitative identification of substances and the searching of new analytical methodologies. The world wide production of those materials, especially those to be used in the determination of pesticide residues in food, is very much inferior to the global demands. There no are suppliers of RM and/or CRM in Brazil. Thus, to acquire these materials from foreign suppliers, it is always necessary in Brazil to go through a costly and very time-consuming process. The production of RM and CRM for pesticide residues analysis is a very complex task, usually anticipated by a long research process, which obeys strict regulations created by international organisms. Very much importance is attributed to the demonstration of the homogeneity of the material, its stability within a certain time interval and, of course, its composition. The objective of this work was to produce a CRM to be used in the analysis of pesticide residue in food. A tomato matrix was used because of the importance of tomatoes in the food habits of the Brazilian population. A tomato puree was prepared and spiked with γ-HCH, fenithrotion, chlorpyrifos and procymidone in concentrations ranging from 0.1 to 0.2 mg/kg. To avoid microbial growth in the CRM enclosed in glass ampoules, which could end up in pesticide degradation, that is, to guarantee the integrity of the CRM during storage and transportation, gamma irradiation (2.0 kGy) was used to sterilize the material. The certified concentrations of γ-HCH, fenithrotion, chlorpyrifos and procymidone were 0.192 ± 0.049 mg/kg; 0.194 ± 0.070 mg/kg; 0.233 ± 0.082 mg/kg and 0.186 ± 0.049 mg/kg, respectively.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAnálise de ResíduosHortifrutigranjeirosVigilância SanitáriaLimite Máximo de Agrotóxico em AlimentosUso de PraguicidasResíduosHortaliçasFrutasPreparação de um material de referência certificado para controle de agrotóxicos em hortifrutigranjeirosPreparation of a certified reference material for pesticide control in fruits and vegetablesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2008-05-16Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em SaúdeRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Vigilância Sanitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8232/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINAL108.pdfapplication/pdf1263606https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8232/2/108.pdf6179778fce385f9bda3b64984fce817fMD52TEXT108.pdf.txt108.pdf.txtExtracted texttext/plain292730https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8232/3/108.pdf.txtbc89ae510eddbdc74052dcd6bac160f6MD53icict/82322022-03-08 21:29:04.693oai:www.arca.fiocruz.br:icict/8232Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-03-09T00:29:04Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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