População exposta ambientalmente a metais oriundos de resíduos industriais: uma avaliação do risco à saúde dos moradores de condomínio em Volta Redonda, RJ
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52855 |
Resumo: | Introdução: Indústrias como fundições, galvanoplastia e de produção de aço emitem resíduos metálicos que pode contaminar o ambiente e a população como a do condomínio Volta Grande IV, localizado no município de Volta Redonda. Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar o risco à saúde de população ambientalmente exposta a metais supostamente oriundos de resíduos industriais no Condomínio Habitacional Volta Grande IV (Volta Redonda, RJ). Materiais e Métodos: A população do estudo foi composta por 133 adultos. ETAAS e ICP-MS foram utilizados para a determinação de metais em amostras biológicas e ambientais. Ar atmosférico e poeira doméstica foram coletados nas diferentes campanhas, utilizando metologias específicas. Água de torneira também foi coletada. O sangue total foi coletado para análise de traços, enquanto a urina foi coletada em recipientes de 50 mL. Resultados: As médias obtidas para Mn-B e Mn-U foram de 7,28 ± 2,23 e 0,63 ± 0,56 μg L-1, respectivamente. Com relação ao Cd e Cr na urina, as médias foram 0,73 ± 0,61 μg L-1 para o Cd e 0,56 ± 0,41 μg L-1 para o Cr. A média obtida para o Pb-B foi de 1,47 ± 1,11 μg dL-1. Algumas morbidades atuais ou pregressas também foram investigadas, sendo doenças de pele x Cd-U e doenças uroginecológicas x Mn-S estatisticamente significativas. Parâmetros hematológicos também foram investigados e foram encontradas diferenças estatisticamente significativas. Os resultados em água de torneira foram: LQ a 0,07 μg L-1 (Cd); LQ a 0,89 μg L-1 (Cr); LQ a 8,73 μg L-1 (Mn); LQ a 2,21 μg L-1 (Pb). As concentrações de Cd em poeira doméstica, externa e interna foram 1,36 μg m-2 e 2,76 μg m-2, respectivamente. Para Cr, os valores encontrados foram: poeira externa – 104,51 μg m-2 e poeira interna – 148,49 μg m-2. Em relação ao manganês, os níveis encontrados para poeira externa foi de 429,25 μg m-2 e para poeira interna foi de 198,93 μg m-2. Para chumbo os valores medianos foram 33,57 μg m-2 (poeira externa) e 20,61 μg m-2 (poeira interna). A concentração de cádmio em ar variou de 0,25 a 0,71 ng m-3 (1a campanha), de 0,15 a 1,36 ng m-3 (2a campanha) e de 0,11 a 0,63 ng m-3 (3a campanha), os níveis de cromo variaram de 2,96 a 8,51 ng m-3 (1a campanha), 0,43 a 3,61 ng m-3 (2a campanha) e de 0,62 a 2,28 ng m-3 (3a campanha) e os valores de manganês diversificaram de 36,13 a 105,00 ng m-3 (1a campanha), 12,97 a 61,53 ng m-3 (2a campanha) e de 16,42 a 58,83 ng m-3 (3a campanha). Conclusão: O monitoramento ambiental torna-se necessário para avaliar melhor a exposição aos metais, uma vez que se trata de uma região com um enorme passivo ambiental e alto potencial de exposição a metais. |
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Azevedo, Sayonara Vieira deAlmeida, Andrea Sobral deMoreira, Maria de Fátima Ramos2022-05-24T16:03:24Z2022-05-24T16:03:24Z2018AZEVEDO, Sayonara Vieira de. População exposta ambientalmente a metais oriundos de resíduos industriais: uma avaliação do risco à saúde dos moradores de condomínio em Volta Redonda, RJ. 2018. 175 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52855Introdução: Indústrias como fundições, galvanoplastia e de produção de aço emitem resíduos metálicos que pode contaminar o ambiente e a população como a do condomínio Volta Grande IV, localizado no município de Volta Redonda. Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar o risco à saúde de população ambientalmente exposta a metais supostamente oriundos de resíduos industriais no Condomínio Habitacional Volta Grande IV (Volta Redonda, RJ). Materiais e Métodos: A população do estudo foi composta por 133 adultos. ETAAS e ICP-MS foram utilizados para a determinação de metais em amostras biológicas e ambientais. Ar atmosférico e poeira doméstica foram coletados nas diferentes campanhas, utilizando metologias específicas. Água de torneira também foi coletada. O sangue total foi coletado para análise de traços, enquanto a urina foi coletada em recipientes de 50 mL. Resultados: As médias obtidas para Mn-B e Mn-U foram de 7,28 ± 2,23 e 0,63 ± 0,56 μg L-1, respectivamente. Com relação ao Cd e Cr na urina, as médias foram 0,73 ± 0,61 μg L-1 para o Cd e 0,56 ± 0,41 μg L-1 para o Cr. A média obtida para o Pb-B foi de 1,47 ± 1,11 μg dL-1. Algumas morbidades atuais ou pregressas também foram investigadas, sendo doenças de pele x Cd-U e doenças uroginecológicas x Mn-S estatisticamente significativas. Parâmetros hematológicos também foram investigados e foram encontradas diferenças estatisticamente significativas. Os resultados em água de torneira foram: LQ a 0,07 μg L-1 (Cd); LQ a 0,89 μg L-1 (Cr); LQ a 8,73 μg L-1 (Mn); LQ a 2,21 μg L-1 (Pb). As concentrações de Cd em poeira doméstica, externa e interna foram 1,36 μg m-2 e 2,76 μg m-2, respectivamente. Para Cr, os valores encontrados foram: poeira externa – 104,51 μg m-2 e poeira interna – 148,49 μg m-2. Em relação ao manganês, os níveis encontrados para poeira externa foi de 429,25 μg m-2 e para poeira interna foi de 198,93 μg m-2. Para chumbo os valores medianos foram 33,57 μg m-2 (poeira externa) e 20,61 μg m-2 (poeira interna). A concentração de cádmio em ar variou de 0,25 a 0,71 ng m-3 (1a campanha), de 0,15 a 1,36 ng m-3 (2a campanha) e de 0,11 a 0,63 ng m-3 (3a campanha), os níveis de cromo variaram de 2,96 a 8,51 ng m-3 (1a campanha), 0,43 a 3,61 ng m-3 (2a campanha) e de 0,62 a 2,28 ng m-3 (3a campanha) e os valores de manganês diversificaram de 36,13 a 105,00 ng m-3 (1a campanha), 12,97 a 61,53 ng m-3 (2a campanha) e de 16,42 a 58,83 ng m-3 (3a campanha). Conclusão: O monitoramento ambiental torna-se necessário para avaliar melhor a exposição aos metais, uma vez que se trata de uma região com um enorme passivo ambiental e alto potencial de exposição a metais.Introduction: Industries such as foundries, electroplating and steel production emit metallic residues which can pollute the environment and the population such as trat of Volta Grande IV condominium, located in the city of Volta Redonda, was built in an area adjacent to the deposit of industrial waste from CSN. Objective: The aim of the research was evaluate the health risk of a population that is environmentally exposed to metals supposedly from industrial residues in the Condominium Volta Grande IV (Volta Redonda, RJ). Materials and Methods: The study population consisted of 133 adults. ETAAS and ICP-MS were used for the determination of metals in biological and environmental samples. Atmospheric air and house dust were collected in the different campaigns, using specific methodologies. Tap water was also collected. Whole blood was collected for trace analysis, whereas urine was collected in 50 mL containers. Results: The means obtained for Mn-B and Mn-U were 7.28 ± 2.23 and 0.63 ± 0.56 μg L-1, respectively. Related to Cd and Cr in urine, the means were 0.73 ± 0.61 μg L-1 for Cd, and 0.56 ± 0.41 μg L-1 for Cr. The mean obtained for Pb-B was 1.47 ± 1.11 μg dL-1. Cr-U x gender and Cr-U x occupation. Some current or past morbidities have also been investigated, being statistically significant diseases of skin x Cd-U and urogynecological diseases x Mn-S. Hematological parameters were also investigated and statistically significant differences were found. The results in tap water were: LQ at 0.07 μg L-1 (Cd); LQ at 0.89 μg L-1 (Cr); LQ at 8.73 μg L-1 (Mn); LQ at 2.21 μg L-1 (Pb). The concentrations of Cd in domestic, external and internal dust were 1.36 μg m-2 and 2.76 μg m-2, respectively. For Cr, the values found were: external dust - 104.51 μg m-2 and internal dust - 148.49 μg m-2. In relation to manganese, the levels found for external dust were 429.25 μg m-2 and for internal dust was 198.93 μg m-2. For lead the median values were 33.57 μg m-2 (external dust) and 20.61 μg m-2 (internal dust). The concentration of cadmium in air ranged from 0.25 to 0.71 ng m-3 (1st campaign), 0.15 to 1.36 ng m-3 (2nd campaign) and 0.11 to 0.63 ng m-3 (3rd campaign), chromium levels ranged from 2.96 to 8.51 ng m-3 (1st campaign), 0.43 to 3.61 ng m-3 (2nd campaign) and 0.62 a 2,28 ng m-3 (3rd campaign) and the manganese values varied from 36.13 to 105.00 ng m-3 (1st campaign), 12.97 to 61.53 ng m-3 (2nd campaign) and from 16.42 to 58.83 ng m-3 (3rd campaign). Conclusion: Environmental monitoring becomes necessary to better evaluate the exposure to metals, since it is a region with a huge environmental liability and high potential for exposure to metals.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porMetaisExposição AmbientalIndicadores BiológicosSangueUrinaMetalsEnvironmental ExposureBiological IndicatorsBloodUrineMetaisExposição AmbientalBiomarcadores AmbientaisSangueUrinaResíduos IndustriaisResíduos MetálicosCádmiotoxicidadeCromotoxicidadeManganêstoxicidadeChumbotoxicidadePopulação exposta ambientalmente a metais oriundos de resíduos industriais: uma avaliação do risco à saúde dos moradores de condomínio em Volta Redonda, RJPopulation environmentally exposed to metals from industrial waste: An assessment of the health risk of condominium residents in Volta Redonda, RJinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2018-12-13Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambienteinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/52855/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALsayonara_vieira_azevedo_ensp_dout_2018.pdfapplication/pdf5752653https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/52855/2/sayonara_vieira_azevedo_ensp_dout_2018.pdf0c5e4227e0bd7f81de4d5a81773114fdMD52icict/528552022-05-24 13:05:04.999oai:www.arca.fiocruz.br:icict/52855Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-05-24T16:05:04Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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