Rotavírus A e norovírus em crianças da comunidade de Manguinhos, Rio de Janeiro: susceptibilidade do hospedeiro, monitoramento do vírus vacinal RV1 e genótipos circulantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Carina Cantelli Pacheco de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/42692
Resumo: Os rotavírus A (RVA) e os norovírus são os principais vírus associados à etiologia da gastroenterite aguda (GA) em <5 anos. A partir de 2006, com a introdução das vacinas de RVA, observou-se um declínio expressivo da morbidade/mortalidade por estes vírus, em detrimento a crescente importância das infecções pelos norovírus nesta faixa etária. Antígenos do grupo histosanguíneo humano (HBGAs), presentes na mucosa intestinal, têm sido descritos como potenciais ligantes e/ou cofatores requeridos nos estágios da patogênese das infecções por estes vírus, influenciando na epidemiologia molecular e evolução em diferentes populações. Este estudo teve como objetivo associar o perfil de susceptibilidade (HBGA/Secretor/Lewis) de crianças residentes na comunidade de Manguinhos, no Rio de Janeiro, à eficácia da resposta a vacina RV1 (Rotarix®/G1P[8]), assim como às infecções naturais pelos norovírus. Com este propósito realizou-se o monitoramento das infecções por RVA e norovírus em uma coorte de crianças de 0-11 meses, pela detecção e caracterização molecular destes vírus em amostras de fezes de crianças sintomáticas ou não. No período de 2014 a 2018, 132 crianças foram incluídas neste estudo, disponibilizando o mesmo número de amostras de saliva para determinação do perfil de susceptibilidade por ELISA e 569 amostras de fezes para investigação de ambos os vírus por métodos moleculares O vírus vacinal excretado foi caracterizado em 78% (85/109) das amostras RVA. A presença da mutação F167L (RV1), demonstrada pelo sequenciamento do gene VP8*, foi observada em 20,1% das crianças. Quatro casos de rotaviroses pelos genótipos G3P[8], G12P[8] e G3P[9] foram observados. Os norovírus foram detectados em 21,2% (28/132) das crianças, com incidência de 5,8 infecções em 100 criança-meses. A razão de detecção foi de 5,6% (17,1% dos casos diarrêicos e 4,7% dos assintomáticos), sendo seis diferentes genótipos detectados (GII.4_Sydney_2012[P31], GII.4_Sydney_2012[P16],GII.4_Sydney_2012[P4_New_Orleans_2009],GII.2[P16],GII.6[P7] e GI.3[P13]). Em relação ao perfil HBGA, observou-se 80,3% das crianças com o status secretor. A caracterização do gene FUT2 (Se) em crianças secretoras Le (a+b+) e não secretoras, e do gene FUT3 (Le) em Le (a-b-), possibilitou a identificação de novas mutações nesta população A mutação F167L na RV1 excretada foi identificada em 86,4% das crianças que apresentaram o fenótipo secretor Le (a+b+), indicando que os HBGAs poderiam ser importantes marcadores na avaliação da RV1; significante associação entre infecção sintomática pelos norovírus e o status secretor (Leb) também foi observada. A ocorrência de norovírus na coorte e a sua crescente importância epidemiológica, determinou a ampliação deste estudo, com a análise de 61 amostras fecais oriundas de 49 crianças na faixa etária de 1-4 anos residentes em Manguinhos. Os norovírus foram detectados em 47,5% (29/61) das amostras (46,7% dos casos diarrêicos e 50% dos assintomáticos) e quatro novos genótipos foram identificados, sendo o recombinante GII.2[P16] detectado pela primeira vez no Brasil. Os dados de vigilância epidemiológica deste estudo comprovam a importância do monitoramento dos principais vírus responsáveis pela gastroenterite infantil aguda, evidenciando a diversidade genética e a dinâmica destes vírus considerando novas abordagens como o perfil HBGA, que trouxe uma importante contribuição em relação à avaliação da eficácia da RV1 na coorte estudada.
id CRUZ_284b2b973b9e1afd94eb8c79330cc9af
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/42692
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Oliveira, Carina Cantelli Pacheco deLeite, José Paulo Gagliardi2020-08-11T23:02:28Z2020-08-11T23:02:28Z2019OLIVEIRA, Carina Cantelli Pacheco de. Rotavírus A e norovírus em crianças da comunidade de Manguinhos, Rio de Janeiro: susceptibilidade do hospedeiro, monitoramento do vírus vacinal RV1 e genótipos circulantes. 2019. 141 f. Tese (Doutorado em Biologia Parasitária) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/42692Os rotavírus A (RVA) e os norovírus são os principais vírus associados à etiologia da gastroenterite aguda (GA) em <5 anos. A partir de 2006, com a introdução das vacinas de RVA, observou-se um declínio expressivo da morbidade/mortalidade por estes vírus, em detrimento a crescente importância das infecções pelos norovírus nesta faixa etária. Antígenos do grupo histosanguíneo humano (HBGAs), presentes na mucosa intestinal, têm sido descritos como potenciais ligantes e/ou cofatores requeridos nos estágios da patogênese das infecções por estes vírus, influenciando na epidemiologia molecular e evolução em diferentes populações. Este estudo teve como objetivo associar o perfil de susceptibilidade (HBGA/Secretor/Lewis) de crianças residentes na comunidade de Manguinhos, no Rio de Janeiro, à eficácia da resposta a vacina RV1 (Rotarix®/G1P[8]), assim como às infecções naturais pelos norovírus. Com este propósito realizou-se o monitoramento das infecções por RVA e norovírus em uma coorte de crianças de 0-11 meses, pela detecção e caracterização molecular destes vírus em amostras de fezes de crianças sintomáticas ou não. No período de 2014 a 2018, 132 crianças foram incluídas neste estudo, disponibilizando o mesmo número de amostras de saliva para determinação do perfil de susceptibilidade por ELISA e 569 amostras de fezes para investigação de ambos os vírus por métodos moleculares O vírus vacinal excretado foi caracterizado em 78% (85/109) das amostras RVA. A presença da mutação F167L (RV1), demonstrada pelo sequenciamento do gene VP8*, foi observada em 20,1% das crianças. Quatro casos de rotaviroses pelos genótipos G3P[8], G12P[8] e G3P[9] foram observados. Os norovírus foram detectados em 21,2% (28/132) das crianças, com incidência de 5,8 infecções em 100 criança-meses. A razão de detecção foi de 5,6% (17,1% dos casos diarrêicos e 4,7% dos assintomáticos), sendo seis diferentes genótipos detectados (GII.4_Sydney_2012[P31], GII.4_Sydney_2012[P16],GII.4_Sydney_2012[P4_New_Orleans_2009],GII.2[P16],GII.6[P7] e GI.3[P13]). Em relação ao perfil HBGA, observou-se 80,3% das crianças com o status secretor. A caracterização do gene FUT2 (Se) em crianças secretoras Le (a+b+) e não secretoras, e do gene FUT3 (Le) em Le (a-b-), possibilitou a identificação de novas mutações nesta população A mutação F167L na RV1 excretada foi identificada em 86,4% das crianças que apresentaram o fenótipo secretor Le (a+b+), indicando que os HBGAs poderiam ser importantes marcadores na avaliação da RV1; significante associação entre infecção sintomática pelos norovírus e o status secretor (Leb) também foi observada. A ocorrência de norovírus na coorte e a sua crescente importância epidemiológica, determinou a ampliação deste estudo, com a análise de 61 amostras fecais oriundas de 49 crianças na faixa etária de 1-4 anos residentes em Manguinhos. Os norovírus foram detectados em 47,5% (29/61) das amostras (46,7% dos casos diarrêicos e 50% dos assintomáticos) e quatro novos genótipos foram identificados, sendo o recombinante GII.2[P16] detectado pela primeira vez no Brasil. Os dados de vigilância epidemiológica deste estudo comprovam a importância do monitoramento dos principais vírus responsáveis pela gastroenterite infantil aguda, evidenciando a diversidade genética e a dinâmica destes vírus considerando novas abordagens como o perfil HBGA, que trouxe uma importante contribuição em relação à avaliação da eficácia da RV1 na coorte estudada.Rotavirus A (RVA) and norovirus are the major viroses associated with the etiology of acute gastroenteritis (GA) in <5 years-old. Since 2006, with the introduction of RVA vaccines, a significant decline in morbidity/mortality due to those viruses was onserved, undermining the growing importance of norovirus infections in this age group. Human histo blood group antigens (HBGAs) present in the intestinal mucosa have been described as potential ligands and/or cofactors required in the pathogenic stages of infections by these viruses, influencing the molecular epidemiology and evolution in different populations.This study aimed to associate the susceptibility profile (HBGA/Secretor/Lewis) of children living in the community of Manguinhos, Rio de Janeiro, with the efficacy of the RV1 vaccine response (Rotarix®/G1P[8]), as well as with natural norovirus infections. For this purpose, RVA and norovirus infections were monitored in a cohort of children aged 0-11 months old by the detection and molecular characterization of these viruses in stool samples of symptomatic or asymptomatic children. From 2014 to 2018, 132 children were included in this study, providing the same number of saliva samples to determine the susceptibility profile by ELISA, and 569 stool samples for investigation of both viruses by molecular methods The vaccine virus shedding was characterized in 78% (85/109) of RVA samples. The presence of the F167L mutation (RV1), demonstrated by sequencing of the gene VP8*, was observed in 20.1% of children. Four cases of rotavirus by genotypes G3P[8], G12P[8] and G3P[9] were observed. Noroviruses were detected in 21.2% (28/132) of children, with an incidence of 5.8 infections in 100 child-months. The detection rate was 5.6% (17.1% of diarrheal cases and 4.7% of asymptomatic cases), with six different genotypes detected (GII.4_Sydney_2012[P31],GII.4_Sydney_2012[P16],GII.4_Sydney_2012[P4_New_Orleans_200 9], GII.2[P16],GII.6[P7] and GI.3[P13]). Regarding the HBGA profile, 80.3% of the children with secretor status were observed. The characterization of the FUT2 (Se) gene in Le (a+b+) and non-secretor children, and the FUT3 (Le) gene in Le (a-b-), allowed the identification of new mutations in this population. The F167L mutation in RV1 shedding was identified in 86.4% of children who presented the Le (a+b+) secretor phenotype, indicating that HBGA could be important marker in RV1 assessment; significant association between symptomatic norovirus infection and secretor status (Leb) was also observed The occurrence of norovirus in the cohort and it is increasing epidemiological importance determined the expansion of this study by analyzing 61 stool samples from 49 children aged 1-4 years living in Manguinhos. Noroviruses were detected in 47.5% (29/61) of the samples (46.7% of diarrheal cases and 50% of asymptomatic cases) and four new genotypes were identified, with the recombinant GII.2[P16] detected for the first time in Brazil. The epidemiological surveillance data from this study showed the importance of monitoring the main viruses responsible for acute childhood gastroenteritis, highlighting the genetic diversity and dynamics of these viruses considering new approaches such as the HBGA profile, which made an important contribution regarding the evaluation of RV1 efficacy in the cohort studied.2020-09-19Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porPredisposição Genética Para DoençaRotavírusNorovírusVariação GenéticaCriançaPredisposição Genética Para DoençaRotavírusNorovírusVariação GenéticaCriançaRotavírus A e norovírus em crianças da comunidade de Manguinhos, Rio de Janeiro: susceptibilidade do hospedeiro, monitoramento do vírus vacinal RV1 e genótipos circulantesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2019Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biologia Parasitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42692/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALcarina_oliveira_ioc_dout_2019.pdfcarina_oliveira_ioc_dout_2019.pdfapplication/pdf8168801https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42692/2/carina_oliveira_ioc_dout_2019.pdf33ddac1368d970bf3a99f4abb0012995MD52TEXTcarina_oliveira_ioc_dout_2019.pdf.txtcarina_oliveira_ioc_dout_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain216853https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42692/3/carina_oliveira_ioc_dout_2019.pdf.txt73ec66b1fcb8710c807d47576f3cdcb6MD53icict/426922021-02-10 19:38:17.982oai:www.arca.fiocruz.br:icict/42692Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-02-10T22:38:17Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Rotavírus A e norovírus em crianças da comunidade de Manguinhos, Rio de Janeiro: susceptibilidade do hospedeiro, monitoramento do vírus vacinal RV1 e genótipos circulantes
title Rotavírus A e norovírus em crianças da comunidade de Manguinhos, Rio de Janeiro: susceptibilidade do hospedeiro, monitoramento do vírus vacinal RV1 e genótipos circulantes
spellingShingle Rotavírus A e norovírus em crianças da comunidade de Manguinhos, Rio de Janeiro: susceptibilidade do hospedeiro, monitoramento do vírus vacinal RV1 e genótipos circulantes
Oliveira, Carina Cantelli Pacheco de
Predisposição Genética Para Doença
Rotavírus
Norovírus
Variação Genética
Criança
Predisposição Genética Para Doença
Rotavírus
Norovírus
Variação Genética
Criança
title_short Rotavírus A e norovírus em crianças da comunidade de Manguinhos, Rio de Janeiro: susceptibilidade do hospedeiro, monitoramento do vírus vacinal RV1 e genótipos circulantes
title_full Rotavírus A e norovírus em crianças da comunidade de Manguinhos, Rio de Janeiro: susceptibilidade do hospedeiro, monitoramento do vírus vacinal RV1 e genótipos circulantes
title_fullStr Rotavírus A e norovírus em crianças da comunidade de Manguinhos, Rio de Janeiro: susceptibilidade do hospedeiro, monitoramento do vírus vacinal RV1 e genótipos circulantes
title_full_unstemmed Rotavírus A e norovírus em crianças da comunidade de Manguinhos, Rio de Janeiro: susceptibilidade do hospedeiro, monitoramento do vírus vacinal RV1 e genótipos circulantes
title_sort Rotavírus A e norovírus em crianças da comunidade de Manguinhos, Rio de Janeiro: susceptibilidade do hospedeiro, monitoramento do vírus vacinal RV1 e genótipos circulantes
author Oliveira, Carina Cantelli Pacheco de
author_facet Oliveira, Carina Cantelli Pacheco de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira, Carina Cantelli Pacheco de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Leite, José Paulo Gagliardi
contributor_str_mv Leite, José Paulo Gagliardi
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Predisposição Genética Para Doença
Rotavírus
Norovírus
Variação Genética
Criança
topic Predisposição Genética Para Doença
Rotavírus
Norovírus
Variação Genética
Criança
Predisposição Genética Para Doença
Rotavírus
Norovírus
Variação Genética
Criança
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Predisposição Genética Para Doença
Rotavírus
Norovírus
Variação Genética
Criança
description Os rotavírus A (RVA) e os norovírus são os principais vírus associados à etiologia da gastroenterite aguda (GA) em <5 anos. A partir de 2006, com a introdução das vacinas de RVA, observou-se um declínio expressivo da morbidade/mortalidade por estes vírus, em detrimento a crescente importância das infecções pelos norovírus nesta faixa etária. Antígenos do grupo histosanguíneo humano (HBGAs), presentes na mucosa intestinal, têm sido descritos como potenciais ligantes e/ou cofatores requeridos nos estágios da patogênese das infecções por estes vírus, influenciando na epidemiologia molecular e evolução em diferentes populações. Este estudo teve como objetivo associar o perfil de susceptibilidade (HBGA/Secretor/Lewis) de crianças residentes na comunidade de Manguinhos, no Rio de Janeiro, à eficácia da resposta a vacina RV1 (Rotarix®/G1P[8]), assim como às infecções naturais pelos norovírus. Com este propósito realizou-se o monitoramento das infecções por RVA e norovírus em uma coorte de crianças de 0-11 meses, pela detecção e caracterização molecular destes vírus em amostras de fezes de crianças sintomáticas ou não. No período de 2014 a 2018, 132 crianças foram incluídas neste estudo, disponibilizando o mesmo número de amostras de saliva para determinação do perfil de susceptibilidade por ELISA e 569 amostras de fezes para investigação de ambos os vírus por métodos moleculares O vírus vacinal excretado foi caracterizado em 78% (85/109) das amostras RVA. A presença da mutação F167L (RV1), demonstrada pelo sequenciamento do gene VP8*, foi observada em 20,1% das crianças. Quatro casos de rotaviroses pelos genótipos G3P[8], G12P[8] e G3P[9] foram observados. Os norovírus foram detectados em 21,2% (28/132) das crianças, com incidência de 5,8 infecções em 100 criança-meses. A razão de detecção foi de 5,6% (17,1% dos casos diarrêicos e 4,7% dos assintomáticos), sendo seis diferentes genótipos detectados (GII.4_Sydney_2012[P31], GII.4_Sydney_2012[P16],GII.4_Sydney_2012[P4_New_Orleans_2009],GII.2[P16],GII.6[P7] e GI.3[P13]). Em relação ao perfil HBGA, observou-se 80,3% das crianças com o status secretor. A caracterização do gene FUT2 (Se) em crianças secretoras Le (a+b+) e não secretoras, e do gene FUT3 (Le) em Le (a-b-), possibilitou a identificação de novas mutações nesta população A mutação F167L na RV1 excretada foi identificada em 86,4% das crianças que apresentaram o fenótipo secretor Le (a+b+), indicando que os HBGAs poderiam ser importantes marcadores na avaliação da RV1; significante associação entre infecção sintomática pelos norovírus e o status secretor (Leb) também foi observada. A ocorrência de norovírus na coorte e a sua crescente importância epidemiológica, determinou a ampliação deste estudo, com a análise de 61 amostras fecais oriundas de 49 crianças na faixa etária de 1-4 anos residentes em Manguinhos. Os norovírus foram detectados em 47,5% (29/61) das amostras (46,7% dos casos diarrêicos e 50% dos assintomáticos) e quatro novos genótipos foram identificados, sendo o recombinante GII.2[P16] detectado pela primeira vez no Brasil. Os dados de vigilância epidemiológica deste estudo comprovam a importância do monitoramento dos principais vírus responsáveis pela gastroenterite infantil aguda, evidenciando a diversidade genética e a dinâmica destes vírus considerando novas abordagens como o perfil HBGA, que trouxe uma importante contribuição em relação à avaliação da eficácia da RV1 na coorte estudada.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-08-11T23:02:28Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-08-11T23:02:28Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv OLIVEIRA, Carina Cantelli Pacheco de. Rotavírus A e norovírus em crianças da comunidade de Manguinhos, Rio de Janeiro: susceptibilidade do hospedeiro, monitoramento do vírus vacinal RV1 e genótipos circulantes. 2019. 141 f. Tese (Doutorado em Biologia Parasitária) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/42692
identifier_str_mv OLIVEIRA, Carina Cantelli Pacheco de. Rotavírus A e norovírus em crianças da comunidade de Manguinhos, Rio de Janeiro: susceptibilidade do hospedeiro, monitoramento do vírus vacinal RV1 e genótipos circulantes. 2019. 141 f. Tese (Doutorado em Biologia Parasitária) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/42692
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42692/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42692/2/carina_oliveira_ioc_dout_2019.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42692/3/carina_oliveira_ioc_dout_2019.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
33ddac1368d970bf3a99f4abb0012995
73ec66b1fcb8710c807d47576f3cdcb6
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798325056202342400