Ação moluscicida de Moringa oleifera LAM sobre o molusco BIomphalaria glabrata (SAY, 1818) hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni (SAMBON, 1907) e efeitos ecotoxicológicos em organismos aquáticos não alvo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Cesar Luiz Pinto Ayres Coelho da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7022
Resumo: A esquistossomose é uma doença parasitária de veiculação hídrica causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni, que afeta mais de 200 milhões de pessoas. Nas áreas de maior endemismo, o acesso ao suprimento de água é precário sendo obtida em poços, cacimbas e pequenos açudes, que se tornam também “criadouros artificiais” de caramujos infectados pelo S. mansoni. A doença é de profilaxia complexa, já que os moluscos aquáticos são de difícil controle, e pela parasitose incidir em zonas que favorecem um maior contato do homem com a água. No Brasil ocorrem dez espécies e uma sub-espécie do gênero Biomphalaria, sendo três espécies hospedeiras naturais do S. mansoni: Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea e Biomphalaria tenagophila. O controle químico é utilizado para reduzir as populações destes hospedeiros intermediários sendo a Niclosamida o moluscicida recomendado pela OMS, porém com alta toxicidade para muitos organismos aquáticos. Moluscicidas derivados de plantas têm provado sua efetividade, porém exigem cuidados no manuseio, pois muitas espécies são tóxicas a humanos e organismos não alvo. Iniciativas no passado para o uso de plantas como moluscicida foram pouco promissoras ou desencorajadas em programas em larga escala devido ao pequeno valor agregado que possuem para as comunidades ou gestores públicos. A planta Moringa oleifera não é tóxica sendo utilizada na alimentação humana e animal, com vários estudos realizados para testar seu múltiplo uso, principalmente quanto à sua vi propriedade purificadora de águas. No presente estudo a semente moída de M. oleifera (ESSMol) foi avaliada pela primeira vez quanto à sua atividade moluscicida contra os moluscos B. glabrata, Physa marmorata e Melanoides tuberculatus. Sua ação ecotoxicológica também foi avaliada com o microcrustáceo Ceriodaphnia dubia e o peixe Danio rerio. Os resultados mostraram que o ESSMol foi eficaz como moluscicida para B. glabrata (CL50 = 0,419 g/L; CL90=1,021 g/L e P. marmorata (CL50=0,339 g/L; CL90=0,789 g/L) mas sem atividade moluscicida para M. tuberculatus. Para os organismos não alvo os valores foram: CL50 = 0,12 g/L (χ2 = 14,99; gl = 3; p<0,05) para C. dubia; e CL50 = 0,20 g/L (χ2 = 2,57; gl = 4; p>0,05) para D. rerio. O efeito tóxico apresentado nos testes ecotoxicológicos com organismos não alvo ocorreu em concentrações que permitem a manutenção de populações naturais. O ESSMol demonstrou ser um produto ecologicamente menos agressivo ao ambiente e seguro para manipulação e utilização pelo homem. A grande inovação do uso da M. oleifera como moluscicida, é apresentar um potencial para agregação de valor também como alimento para humanos e animais e na prestação de serviço ecossistêmico como purificador da qualidade da água. O multi-uso da M. oleifera integrando a relação do homem, planta e ecossistemas, compõem uma cadeia na estrutura ecossistêmica que fortalece os processos ecológicos, envolvendo mais que apenas a ação sobre o ciclo de transmissão da esquistossomose.
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Nas áreas de maior endemismo, o acesso ao suprimento de água é precário sendo obtida em poços, cacimbas e pequenos açudes, que se tornam também “criadouros artificiais” de caramujos infectados pelo S. mansoni. A doença é de profilaxia complexa, já que os moluscos aquáticos são de difícil controle, e pela parasitose incidir em zonas que favorecem um maior contato do homem com a água. No Brasil ocorrem dez espécies e uma sub-espécie do gênero Biomphalaria, sendo três espécies hospedeiras naturais do S. mansoni: Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea e Biomphalaria tenagophila. O controle químico é utilizado para reduzir as populações destes hospedeiros intermediários sendo a Niclosamida o moluscicida recomendado pela OMS, porém com alta toxicidade para muitos organismos aquáticos. Moluscicidas derivados de plantas têm provado sua efetividade, porém exigem cuidados no manuseio, pois muitas espécies são tóxicas a humanos e organismos não alvo. Iniciativas no passado para o uso de plantas como moluscicida foram pouco promissoras ou desencorajadas em programas em larga escala devido ao pequeno valor agregado que possuem para as comunidades ou gestores públicos. A planta Moringa oleifera não é tóxica sendo utilizada na alimentação humana e animal, com vários estudos realizados para testar seu múltiplo uso, principalmente quanto à sua vi propriedade purificadora de águas. No presente estudo a semente moída de M. oleifera (ESSMol) foi avaliada pela primeira vez quanto à sua atividade moluscicida contra os moluscos B. glabrata, Physa marmorata e Melanoides tuberculatus. Sua ação ecotoxicológica também foi avaliada com o microcrustáceo Ceriodaphnia dubia e o peixe Danio rerio. Os resultados mostraram que o ESSMol foi eficaz como moluscicida para B. glabrata (CL50 = 0,419 g/L; CL90=1,021 g/L e P. marmorata (CL50=0,339 g/L; CL90=0,789 g/L) mas sem atividade moluscicida para M. tuberculatus. 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O multi-uso da M. oleifera integrando a relação do homem, planta e ecossistemas, compõem uma cadeia na estrutura ecossistêmica que fortalece os processos ecológicos, envolvendo mais que apenas a ação sobre o ciclo de transmissão da esquistossomose.Schistosomiasis is a waterborne parasitic disease caused by the trematode Schistosoma mansoni which affects more than 200 milion people. In the most endemic areas, access to water supply, especially in rural areas, is poor and is obtained from wells, ponds and small reservoirs, which also potentially end up turning into "artificial breeding" of snails infected by S. mansoni. The disease prophylaxis is complex, since their hosts, aquatic snails are difficult to control, and since this parasitosis occurs in very hot and irrigated areas favoring an increased human contact with the water. In Brazil there are 10 species and one subspecies of the genus Biomphalaria, three of which are natural hosts of S. mansoni: Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea and Biomphalaria tenagophila. Chemical control is used to reduce populations of vector snails being Niclosamide the only recommended by the WHO, demonstrating, however, severe toxicity to some aquatic organisms. Plant derived molluscicides have proven their effectiveness requiring, however, care in handling because some species possess toxic properties to humans and non-target organisms. Past initiatives to make effective the practice of use of plants with molluscicidal property have been unpromising or not carried forward in large scale programs due to the small value such plants have to target communities or public managers. The plant Moringa oleifera is non toxic to humans and used as food for humans and other animals with several studies having been done to test the multiple uses of this plant, particularly with respect viii to its water purifying property. In this study the ground seed of M. oleifera (GSEMol) was first evaluated for its molluscicidal activity against the snails B. glabrata, Physa marmorata and Melanoides tuberculatus. Its ecotoxicological action was also evaluated for the microcrustacean Ceriodaphnia dubia and the fish Danio rerio. The results demonstrated that the GSEMol was an effective molluscicide for B. glabrata (LC50 = 0.419 g/L; LC90 = 1.021 g/L) and P. marmorata (LC50 = 0.339 g/L; LC90 = 0.789 g/L) but had no molluscicidal activity against M. tuberculatus. For the non-target organisms the values were: LC50 = 0.12 g/L (χ2 = 14.99, df = 3, p <0.05) for C. dubia, and LC50 = 0.20 g/L (χ2 = 2.57, df = 4, p> 0.05) for D. rerio. The toxic effects shown in the ecotoxicity tests against non-target organisms however, occurred at concentrations which enable the maintenance of natural populations. The GSEMol proved to be a product environmentally less aggressive and safe for handling and use by man. The great innovation of the use of M. oleifera, besides being non toxic to humans, is to present the potential to add value as food for humans and animals as well as the provision of ecosystem services such as water purifier. The multi-potential use of M. oleifera integrating the relationship between man, plants and ecosystems, make up a chain in the ecosystem structure, strengthening the ecological processes involving more than just action on the transmission cycle of schistosomiasis.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porInstituto Oswaldo CruzAção moluscicida de Moringa oleifera LAMMolusco BIomphalaria glabrataHospedeiro intermediárioSchistosoma mansoniEsquistossomoseInseticidasMoringa oleiferaMoluscicidaEsquistossomoseInseticidasMoringa oleiferaMoluscicidaAção moluscicida de Moringa oleifera LAM sobre o molusco BIomphalaria glabrata (SAY, 1818) hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni (SAMBON, 1907) e efeitos ecotoxicológicos em organismos aquáticos não alvoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2013-06-19Pós-Graduação em Biodiversidade e SaúdeInstituto Oswaldo CruzMestrado AcadêmicoInstituto Oswaldo CruzPrograma Pós-Graduação em Biodiversidade e Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALCesar Luiz Pinto Ayres Coelho da Silva.pdfCesar Luiz Pinto Ayres Coelho da Silva.pdfapplication/pdf2032867https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7022/1/Cesar%20Luiz%20Pinto%20Ayres%20Coelho%20da%20Silva.pdf8f69ccba120ff9211202cd483b7fc68dMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81867https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7022/2/license.txt89d048e714e969a1adcda05fdb1978beMD52TEXTCesar Luiz Pinto Ayres Coelho da Silva.pdf.txtCesar Luiz Pinto Ayres Coelho da Silva.pdf.txtExtracted texttext/plain85376https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7022/5/Cesar%20Luiz%20Pinto%20Ayres%20Coelho%20da%20Silva.pdf.txt240ec82a1d91ba61480b2c52d4005e12MD55THUMBNAILCesar Luiz Pinto Ayres Coelho da Silva.pdf.jpgCesar Luiz Pinto Ayres Coelho da Silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1261https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7022/4/Cesar%20Luiz%20Pinto%20Ayres%20Coelho%20da%20Silva.pdf.jpg670b47bff9bd34d62ae5fd917f345417MD54icict/70222019-09-06 21:14:56.734oai:www.arca.fiocruz.br:icict/7022TElDRU4/QSBERSBESVNUUklCVUk/P08gTj9PLUVYQ0xVU0lWQQoKQW8gY29uY29yZGFyIGUgYWNlaXRhciBlc3RhIGxpY2VuP2Egdm9jPyAoYXV0b3Igb3UgZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzKToKCmEpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2w/dGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvLgoKYikgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIHBhcmEgbyBSZXBvc2l0P3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIEZ1bmRhPz9vIE9zd2FsZG8gQ3J1eiAoRklPQ1JVWikuCgpjKSBDb25jZWRlID8gRklPQ1JVWiBvIGRpcmVpdG8gbj9vLWV4Y2x1c2l2byBkZSBhcnF1aXZhciwgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGEgc2VndWlyKSwgY29tdW5pY2FyCiAKZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIG5vIFJlcG9zaXQ/cmlvIGRhIEZJT0NSVVosIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8vYWJzdHJhY3QpIGVtIGZvcm1hdG8gZGlnaXRhbCBvdSAKCnBvciBxdWFscXVlciBvdXRybyBtZWlvLgoKZCkgRGVjbGFyYSBxdWUgYXV0b3JpemEgYSBGSU9DUlVaIGEgYXJxdWl2YXIgbWFpcyBkZSB1bWEgYz9waWEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvIGUgY29udmVydD8tbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlP2RvLCAKCnBhcmEgcXVhbHF1ZXIgZm9ybWF0byBkZSBhcnF1aXZvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuP2EsIHByZXNlcnZhPz9vIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvLgoKZSkgRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvID8gbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwsIGUgcXVlIGRldD9tIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyAKCmNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2VuP2EuIERlY2xhcmEgdGFtYj9tIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG4/byBpbmZyaW5nZSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG4/byBkZXQ/bSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgb2J0ZXZlIGEgYXV0b3JpemE/P28gCgppcnJlc3RyaXRhIGRvIHJlc3BlY3Rpdm8gZGV0ZW50b3IgZGVzc2VzIGRpcmVpdG9zLCBwYXJhIGNlZGVyIGEgRklPQ1JVWiBvcyBkaXJlaXRvcyByZXF1ZXJpZG9zIHBvciBlc3RhIExpY2VuP2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSAKCnV0aWxpej8tbG9zIGxlZ2FsbWVudGUuIERlY2xhcmEgdGFtYj9tIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHM/byBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0PyBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIAoKbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGU/ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLgoKZykgU0UgTyBET0NVTUVOVE8gRU5UUkVHVUUgPyBCQVNFQURPIEVNIFRSQUJBTEhPIEZJTkFOQ0lBRE8gT1UgQVBPSUFETyBQT1IgT1VUUkEgSU5TVElUVUk/P08gUVVFIE4/TyBBIEZJT0NSVVosIERFQ0xBUkEgUVVFIENVTVBSSVUgCgpRVUFJU1FVRVIgT0JSSUdBPz9FUyBFWElHSURBUyBQRUxPIFJFU1BFQ1RJVk8gQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLiBBIEZJT0NSVVogaWRlbnRpZmljYXI/IGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBkb3MgCgpkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuP28gZmFyPyBxdWFscXVlciBhbHRlcmE/P28sIHBhcmEgYWw/bSBkbyBwcmV2aXN0byBuYSBhbD9uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-09-07T00:14:56Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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