Política nacional de atenção integral à saúde do homem e seus eixos norteadores: estudo com a atenção primária na Área de Planejamento 3.2, mRJ

• Autor(a) principal: Maciel, Carla Joelma Villares Guimarães
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: Silva, Kátia Silveira da, Nascimento, Marcos Antonio Ferreira do
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38499
• topic: Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem; Atenção primária à saúde; Área de planejamento (AP) 3.2

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem visa atender às especificidades masculinas em sua fase mais produtiva e de baixa procura pelos serviços de saúde. Inclui cinco eixos e aponta para a necessidade de mudança da percepção masculina nos cuidados com a própria saúde e a de seus familiares. A atenção primária se constitui no espaço ideal de implementação de atividades da política. Identificar as atividades implementadas em unidades de atenção primária da área de planejamento (AP) 3.2 do município do Rio de Janeiro (MRJ) segundo eixo da política de saúde do homem; relacionar as atividades com os modelos de atenção primária. Estudo de caso realizado em seis unidades de atenção primária da AP 3.2 do MRJ. Aplicou-se entrevista semiestruturada a seis gestores e oito profissionais dessas unidades em janeiro/2017 sobre conhecimento e implementação da Politica de Atenção Integral a Saúde do Homem na AP. Respostas dos entrevistados foram organizadas em matriz segundo eixo da política (Acolhimento e Acesso, Saúde Sexual e Reprodutiva, Paternidade e Cuidado, Agravos e Condições Crônicas, Prevenção de Violências e Acidentes) e modelos de atenção primária identificados na área, sendo realizada análise temática. O projeto foi aprovado nos Comitês de Ética e Pesquisa do IFF/Fiocruz e da Secretaria Municipal de Saúde-RJ. Foram identificadas atividades para quatro de seus cinco eixos. Apesar do contexto de vulnerabilidade social e violência da área, profissionais e gestores não citaram atividades para o eixo de Prevenção de Violência e Acidentes. Quanto ao eixo de Paternidade e Cuidado relatou-se apenas a inclusão do homem no pré-natal no modelo misto de atenção primária. A equipe do Consultório na Rua local foi apontada por uma gestora como importante dispositivo na implementação da saúde do homem (em situação de rua). Dois profissionais do modelo da Estratégia Saúde da Família relataram não conhecer a política de saúde do homem. Iniciativas da atenção primária da AP 3.2 voltadas para saúde masculina foram consideradas incipientes, requerendo prioridade na agenda de políticas públicas do município. A paternidade, considerada como uma “entrada positiva no sistema de saúde”, facilita a vinculação com os serviços. Promover mudanças de práticas e valores culturais dos profissionais só ocorrerá com a implantação efetiva de uma linha de cuidados masculinos na atenção primária.