Estudo epidemiológico e imunológico da associação entre Strongyloides stercoralis e HTLV-I
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34258 |
Resumo: | Estudos prévios têm mostrado que a coinfecção pelo S. stercoralis e pelo HTLV-1 pode resultar no desenvolvimento de formas disseminadas da estrongiloidíase. O presente estudo teve como objetivos; 1) comparar a prevalência de S. stercoralis em doadores de sangue infectados ou não pelo HTLV-1, 2)avaliar a eficácia do teste sorológico através da detecção de IgG e IgE específicos contra S. stercoralis e do teste de hipersensibilidade imediata no diagnóstico de estrongiloidíase em pacientes coinfectados ou não pelo HTLV-1 e 3)avaliar a resposta imune celular nestes dois grupos. A freqüência de infecção pelo S. stercoralis no grupo com HTLV-1 foi duas vezes maior do que no grupo sem infecção pelo HTLV-1 (p = 0,128) e foi quatro vezes maior, quando foram utilizados como controles, pacientes do Hospital Universitário Prof Edgard Santos (p = 0,01). Quando pacientes com estrongiloidíase foram comparados com os que apresentavam coinfecção pelo HTLV-1 e pelo S. stercoralis, não houve diferença entre os níveis de IgG específico contra o antígeno de S. stercoralis, nos dois grupos (p = 0,54), porém a média dos níveis de IgE em indivíduos com estrongiloidíase não coinfectados foi maior (251 ± 437UI) do que a média dos indivíduos coinfectados (74 ± 94UI), (p = 0,01). A média dos resultados do teste cutâneo no grupo com estrongiloidíase sem coinfecção foi também maior (136 ± 75mm^) que a média do grupo coinfectado pelo HTLV-1 (74 ± 65mm^), (p = 0,001). A positividade do teste cutâneo foi mais baixa no grupo com estrongiloidíase e coinfecção pelo HTLV-1, quando comparado com o grupo com estrongiloidíase sem coinfecção pelo vírus (p = 0,002). Em relação ao teste sorológico (IgE específica contra antígeno de S. stercoralis} a positividade deste teste também foi maior no grupo sem coinfecção pelo HTLV-1 (p = 0,004). Os níveis de IFN-y e IL-5 nos pacientes coinfectados pelo S. stercoralis e HTLV-1 foram 919 ± 944 e 173 ± 168pg/ml respectivamente, enquanto nos pacientes apenas com estrongiloidíase foram 20 ± 46 e 727 ±554 pg/ml (p = 0,01 e p < 0,0001 respectivamente). Nossos dados mostram que há maior fi-eqüência de estrongiloidíase nos indivíduos com infecção pelo HTLV-1 e que a infecção pelo HTLV-1 reduz os níveis de IL-5 e diminue a positividade dos testes cutâneo e sorológico (IgE específico contra antígeno de S. stercoralis). |
id |
CRUZ_5b355c33d62c04e0520f3dda5b02aa81 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34258 |
network_acronym_str |
CRUZ |
network_name_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
repository_id_str |
2135 |
spelling |
Porto, Maria Aurélia da FonsecaBrites, CarlosBittencourt, Achilea Candida LisboaCarvalho Filho, Edgar MarcelinoCarvalho Filho, Edgar Marcelino2019-07-18T17:02:00Z2019-07-18T17:02:00Z1999PORTO, Maria Aurélia da Fonseca. Estudo epidemiológico e imunológico da associação entre Strongyloides stercoralis e HTLV-I. 1999. 83 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal da Bahia; Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 1999.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34258Estudos prévios têm mostrado que a coinfecção pelo S. stercoralis e pelo HTLV-1 pode resultar no desenvolvimento de formas disseminadas da estrongiloidíase. O presente estudo teve como objetivos; 1) comparar a prevalência de S. stercoralis em doadores de sangue infectados ou não pelo HTLV-1, 2)avaliar a eficácia do teste sorológico através da detecção de IgG e IgE específicos contra S. stercoralis e do teste de hipersensibilidade imediata no diagnóstico de estrongiloidíase em pacientes coinfectados ou não pelo HTLV-1 e 3)avaliar a resposta imune celular nestes dois grupos. A freqüência de infecção pelo S. stercoralis no grupo com HTLV-1 foi duas vezes maior do que no grupo sem infecção pelo HTLV-1 (p = 0,128) e foi quatro vezes maior, quando foram utilizados como controles, pacientes do Hospital Universitário Prof Edgard Santos (p = 0,01). Quando pacientes com estrongiloidíase foram comparados com os que apresentavam coinfecção pelo HTLV-1 e pelo S. stercoralis, não houve diferença entre os níveis de IgG específico contra o antígeno de S. stercoralis, nos dois grupos (p = 0,54), porém a média dos níveis de IgE em indivíduos com estrongiloidíase não coinfectados foi maior (251 ± 437UI) do que a média dos indivíduos coinfectados (74 ± 94UI), (p = 0,01). A média dos resultados do teste cutâneo no grupo com estrongiloidíase sem coinfecção foi também maior (136 ± 75mm^) que a média do grupo coinfectado pelo HTLV-1 (74 ± 65mm^), (p = 0,001). A positividade do teste cutâneo foi mais baixa no grupo com estrongiloidíase e coinfecção pelo HTLV-1, quando comparado com o grupo com estrongiloidíase sem coinfecção pelo vírus (p = 0,002). Em relação ao teste sorológico (IgE específica contra antígeno de S. stercoralis} a positividade deste teste também foi maior no grupo sem coinfecção pelo HTLV-1 (p = 0,004). Os níveis de IFN-y e IL-5 nos pacientes coinfectados pelo S. stercoralis e HTLV-1 foram 919 ± 944 e 173 ± 168pg/ml respectivamente, enquanto nos pacientes apenas com estrongiloidíase foram 20 ± 46 e 727 ±554 pg/ml (p = 0,01 e p < 0,0001 respectivamente). Nossos dados mostram que há maior fi-eqüência de estrongiloidíase nos indivíduos com infecção pelo HTLV-1 e que a infecção pelo HTLV-1 reduz os níveis de IL-5 e diminue a positividade dos testes cutâneo e sorológico (IgE específico contra antígeno de S. stercoralis).Considerable evidence has recently been accumulated concerning complication of strongyloidiasis such as recurrence and severe disease in patients with HTLV-1 infection. The main objectives of the present study were: 1) to determine the prevalence of S. stercoralis infection in blood donnors infected or not with HTLV-1, 2) to compare the IgG and IgE serologycal tests for S. stercoralis antigens, as well as the immediate hipersensibility skin test in patients coinfected with HTLV-1 and S. stercoralis, with those having only strongyloidiasis, and 3) to determine how HTLV-1 infection may change the pattern of cytokines secreted by mononuclear cells from patients with strongyloidiasis. The frequency of S stercoralis infection was twice higher in subjects coinfected with HTLV-1 than in blood donnors with only HTLV-1 (p = 0.128) and four fold higher than that observed in patients from the Hospital Universitário Prof Edgard Santos (p = 0.01), While specific IgG levels anti S. stercoralis were similar in patients with strongyloidiasis when compared with subjects coinfected with HTLV-1 and S. stercoralis (p = 0.54), the mean IgE levels in this later group was lower (74 ± 94IU) than that observed in patients with only strongyloidiasis (251 ± 473IU), (p = 0.01). The size of the skin test enduration was also larger in patients with strongyloidiasis (136 ± 75mm^), when compared with subjects coinfected with S. stercoralis and HTLV-1(74 ± 65mm^), (p = 0.001). Additionaly the positivity of the IgE test and of the immediate hipersensitivity skin test was significantly lower (p = 0.004 and p = 0 002 respectively) in the group coinfected when compared with patients who had only strongyloidiasis. In patients coinfected, the IPN-y and IL-5 levels were 919 ± 944 and 173 ± 168 pg/ml respectively, while in subjects with only strongyloidiasis the levels of these citokines were 20 ± 46 and 727 ± 554 pg/ml (p = 0.01 and p < 0.0001 respectively). These data show that HTLV-1 infection leads to a decreasing in the IgE level and, skin test reactivity, in patients coinfected with S. stercoralis and also reduce significantly the levels of BL-5.Universidade Federal da Bahia. Hospital Prof. Edgard Santos. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Fundação Gonçalo Moniz. Saúde. Salvador, BA, Brasil.porCentro de Pesquisas Gonçalo MonizStrongyloides stercoralisVirologiaImunologiaStrongyloides stercoralisVirologyImmunologyEstudo epidemiológico e imunológico da associação entre Strongyloides stercoralis e HTLV-Iinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis1999Coordenação de EnsinoUniversidade Federal da Bahia. Centro de Pesquisas Gonçalo MonizMestrado AcadêmicoSalvador/BAPós-Graduação em Patologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34258/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALMaria Aurélia da Fonseca Porto Estudo...1999.pdfMaria Aurélia da Fonseca Porto Estudo...1999.pdfapplication/pdf2386794https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34258/2/Maria%20Aur%c3%a9lia%20da%20Fonseca%20Porto%20%20Estudo...1999.pdf0b0ba13bb84e5777df00bca37c247516MD52TEXTMaria Aurélia da Fonseca Porto Estudo...1999.pdf.txtMaria Aurélia da Fonseca Porto Estudo...1999.pdf.txtExtracted texttext/plain162133https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34258/3/Maria%20Aur%c3%a9lia%20da%20Fonseca%20Porto%20%20Estudo...1999.pdf.txtc84c9b51f15a16ce3edcc5837f841591MD53icict/342582021-08-11 14:23:50.622oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34258Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-08-11T17:23:50Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Estudo epidemiológico e imunológico da associação entre Strongyloides stercoralis e HTLV-I |
title |
Estudo epidemiológico e imunológico da associação entre Strongyloides stercoralis e HTLV-I |
spellingShingle |
Estudo epidemiológico e imunológico da associação entre Strongyloides stercoralis e HTLV-I Porto, Maria Aurélia da Fonseca Strongyloides stercoralis Virologia Imunologia Strongyloides stercoralis Virology Immunology |
title_short |
Estudo epidemiológico e imunológico da associação entre Strongyloides stercoralis e HTLV-I |
title_full |
Estudo epidemiológico e imunológico da associação entre Strongyloides stercoralis e HTLV-I |
title_fullStr |
Estudo epidemiológico e imunológico da associação entre Strongyloides stercoralis e HTLV-I |
title_full_unstemmed |
Estudo epidemiológico e imunológico da associação entre Strongyloides stercoralis e HTLV-I |
title_sort |
Estudo epidemiológico e imunológico da associação entre Strongyloides stercoralis e HTLV-I |
author |
Porto, Maria Aurélia da Fonseca |
author_facet |
Porto, Maria Aurélia da Fonseca |
author_role |
author |
dc.contributor.member.none.fl_str_mv |
Brites, Carlos Bittencourt, Achilea Candida Lisboa Carvalho Filho, Edgar Marcelino |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Porto, Maria Aurélia da Fonseca |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Carvalho Filho, Edgar Marcelino |
contributor_str_mv |
Carvalho Filho, Edgar Marcelino |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Strongyloides stercoralis Virologia Imunologia |
topic |
Strongyloides stercoralis Virologia Imunologia Strongyloides stercoralis Virology Immunology |
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv |
Strongyloides stercoralis Virology Immunology |
description |
Estudos prévios têm mostrado que a coinfecção pelo S. stercoralis e pelo HTLV-1 pode resultar no desenvolvimento de formas disseminadas da estrongiloidíase. O presente estudo teve como objetivos; 1) comparar a prevalência de S. stercoralis em doadores de sangue infectados ou não pelo HTLV-1, 2)avaliar a eficácia do teste sorológico através da detecção de IgG e IgE específicos contra S. stercoralis e do teste de hipersensibilidade imediata no diagnóstico de estrongiloidíase em pacientes coinfectados ou não pelo HTLV-1 e 3)avaliar a resposta imune celular nestes dois grupos. A freqüência de infecção pelo S. stercoralis no grupo com HTLV-1 foi duas vezes maior do que no grupo sem infecção pelo HTLV-1 (p = 0,128) e foi quatro vezes maior, quando foram utilizados como controles, pacientes do Hospital Universitário Prof Edgard Santos (p = 0,01). Quando pacientes com estrongiloidíase foram comparados com os que apresentavam coinfecção pelo HTLV-1 e pelo S. stercoralis, não houve diferença entre os níveis de IgG específico contra o antígeno de S. stercoralis, nos dois grupos (p = 0,54), porém a média dos níveis de IgE em indivíduos com estrongiloidíase não coinfectados foi maior (251 ± 437UI) do que a média dos indivíduos coinfectados (74 ± 94UI), (p = 0,01). A média dos resultados do teste cutâneo no grupo com estrongiloidíase sem coinfecção foi também maior (136 ± 75mm^) que a média do grupo coinfectado pelo HTLV-1 (74 ± 65mm^), (p = 0,001). A positividade do teste cutâneo foi mais baixa no grupo com estrongiloidíase e coinfecção pelo HTLV-1, quando comparado com o grupo com estrongiloidíase sem coinfecção pelo vírus (p = 0,002). Em relação ao teste sorológico (IgE específica contra antígeno de S. stercoralis} a positividade deste teste também foi maior no grupo sem coinfecção pelo HTLV-1 (p = 0,004). Os níveis de IFN-y e IL-5 nos pacientes coinfectados pelo S. stercoralis e HTLV-1 foram 919 ± 944 e 173 ± 168pg/ml respectivamente, enquanto nos pacientes apenas com estrongiloidíase foram 20 ± 46 e 727 ±554 pg/ml (p = 0,01 e p < 0,0001 respectivamente). Nossos dados mostram que há maior fi-eqüência de estrongiloidíase nos indivíduos com infecção pelo HTLV-1 e que a infecção pelo HTLV-1 reduz os níveis de IL-5 e diminue a positividade dos testes cutâneo e sorológico (IgE específico contra antígeno de S. stercoralis). |
publishDate |
1999 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
1999 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-07-18T17:02:00Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-07-18T17:02:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
PORTO, Maria Aurélia da Fonseca. Estudo epidemiológico e imunológico da associação entre Strongyloides stercoralis e HTLV-I. 1999. 83 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal da Bahia; Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 1999. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34258 |
identifier_str_mv |
PORTO, Maria Aurélia da Fonseca. Estudo epidemiológico e imunológico da associação entre Strongyloides stercoralis e HTLV-I. 1999. 83 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal da Bahia; Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 1999. |
url |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34258 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz |
publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
collection |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34258/1/license.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34258/2/Maria%20Aur%c3%a9lia%20da%20Fonseca%20Porto%20%20Estudo...1999.pdf https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34258/3/Maria%20Aur%c3%a9lia%20da%20Fonseca%20Porto%20%20Estudo...1999.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 0b0ba13bb84e5777df00bca37c247516 c84c9b51f15a16ce3edcc5837f841591 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio.arca@fiocruz.br |
_version_ |
1798324835437248512 |