Os primórdios da doença
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9004 |
Resumo: | A partir do ciclo enzoótico silvestre do Trypanosoma cruzi, a doença de Chagas humana (DCH) emergiu esparsa e focalmente em diferentes pontos do Continente Americano, havendo inícios de sua ocorrência em épocas pré cristãs. Dispersada por subsequentes hordas de migrações internas, a DCH instalou-se em locais onde os insetos vetores se domiciliavam e diferentes reservatórios se aproximavam dos assentamentos humanos. Ganhou maior expansão no período pós colombiano, em particular entre o final do século XIX e meados do século XX, quando atingiu seus picos de prevalência. Nos primórdios da doença há indícios esparsos de casos agudos, cardiopatia crônica e megacólon em diferentes pontos da Região, mas esses quadros se encontram sujeitos a confusão diagnóstica. Por outro lado, o megaesôfago se mostra o marcador de maior especificidade na DCH, havendo numerosos registros de sua ocorrência em vários pontos do Brasil, especialmente a partir do século XVIII. O peso médico social da DCH corresponde inequivocamente à ocorrência da cardiopatia chagásica crônica, tendo sido a partir justamente de sua caracterização que foram deflagradas em definitivo as ações de controle da enfermidade nos países endêmicos. |
id |
CRUZ_5c5e3a418cc790c6e1e2c77c2ec0c2d4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.arca.fiocruz.br:icict/9004 |
network_acronym_str |
CRUZ |
network_name_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
repository_id_str |
2135 |
spelling |
Prata, AluízioDias, João Carlos PintoCoura, José Rodrigues2014-11-28T16:17:53Z2014-11-28T16:17:53Z2011PRATA, Aluízio; DIAS, João Carlos Pinto; COURA, José Rodrigues. Os primórdios da doença. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, n. 44, Supl .2, p. 6-11, 2011.0037-8682https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/900410.1590/S0037-86822011000800002A partir do ciclo enzoótico silvestre do Trypanosoma cruzi, a doença de Chagas humana (DCH) emergiu esparsa e focalmente em diferentes pontos do Continente Americano, havendo inícios de sua ocorrência em épocas pré cristãs. Dispersada por subsequentes hordas de migrações internas, a DCH instalou-se em locais onde os insetos vetores se domiciliavam e diferentes reservatórios se aproximavam dos assentamentos humanos. Ganhou maior expansão no período pós colombiano, em particular entre o final do século XIX e meados do século XX, quando atingiu seus picos de prevalência. Nos primórdios da doença há indícios esparsos de casos agudos, cardiopatia crônica e megacólon em diferentes pontos da Região, mas esses quadros se encontram sujeitos a confusão diagnóstica. Por outro lado, o megaesôfago se mostra o marcador de maior especificidade na DCH, havendo numerosos registros de sua ocorrência em vários pontos do Brasil, especialmente a partir do século XVIII. O peso médico social da DCH corresponde inequivocamente à ocorrência da cardiopatia chagásica crônica, tendo sido a partir justamente de sua caracterização que foram deflagradas em definitivo as ações de controle da enfermidade nos países endêmicos.Originating from the ancient enzootic cycle of Trypanosoma cruzi, human Chagas disease (HCD) emerged focally in different points of America, in the Pre Christian period. Being slowly expanded as a consequence of internal migrations, HCD was settled in those locals where some vector species reached domiciliation and where different kinds of reservoirs entered in domestic environment , with major expression in the post Columbus era, particularly between the final of XIX Century and the middle of XX Century, when the maximum prevalence rates were attained. Originally, scarce evidences of acute cases, chronic cardiopathy and megacolon could be detected in different points of the Region, but the diagnosis of such clinical pictures was not easily ascertained. Nevertheless, the megaoesophagus picture proved to be the more specific marker of ancient HCD, with several descriptions of its occurrence in different Brazilian regions, mainly since the XVIII Century. The social burden of HCD depends basically of the presence of chronic cardiopathy, and only after its recognition, control actions of the disease were definitely lounged in endemic countries.Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba, MG, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporSociedade Brasileira de Medicina TropicalDoença de ChagasHistóricoEvoluçãoChagas DiseaseHistoricEvolutionOs primórdios da doençainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81914https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9004/1/license.txt7d48279ffeed55da8dfe2f8e81f3b81fMD51ORIGINALOs primordios da doença.pdfOs primordios da doença.pdfapplication/pdf272814https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9004/2/Os%20primordios%20da%20doen%c3%a7a.pdfa3306bbd91cfca33921a42ab498ef0f6MD52TEXTOs primordios da doença.pdf.txtOs primordios da doença.pdf.txtExtracted texttext/plain38481https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9004/3/Os%20primordios%20da%20doen%c3%a7a.pdf.txt56b0dd9e3ef31b1a0190d1c00de6c7b3MD53icict/90042019-06-19 10:12:18.562oai:www.arca.fiocruz.br:icict/9004TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBlIGFjZWl0YXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSB2b2PDqiAoYXV0b3Igb3UgZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzKToKCmEpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zDrXRpY2EgZGUgY29weXJpZ2h0IGRhIGVkaXRvcmEgZG8gc2V1IGRvY3VtZW50by4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgZSBhY2VpdGEgYXMgRGlyZXRyaXplcyBwYXJhIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgRnVuZGHDp8OjbyBPc3dhbGRvIENydXogKEZJT0NSVVopLgoKYykgQ29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSBhcnF1aXZhciwgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGEgc2VndWlyKSwgY29tdW5pY2FyCiAKZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBkYSBGSU9DUlVaLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgCgpwb3IgcXVhbHF1ZXIgb3V0cm8gbWVpby4KCmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgRklPQ1JVWiBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgCgpwYXJhIHF1YWxxdWVyIGZvcm1hdG8gZGUgYXJxdWl2bywgbWVpbyBvdSBzdXBvcnRlLCBwYXJhIGVmZWl0b3MgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgcHJlc2VydmHDp8OjbyAoYmFja3VwKSBlIGFjZXNzby4KCmUpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIHN1Ym1ldGlkbyDDqSBvIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyAKCmNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBEZWNsYXJhIHRhbWLDqW0gcXVlIGEgZW50cmVnYSBkbyBkb2N1bWVudG8gbsOjbyBpbmZyaW5nZSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIAoKaXJyZXN0cml0YSBkbyByZXNwZWN0aXZvIGRldGVudG9yIGRlc3NlcyBkaXJlaXRvcywgcGFyYSBjZWRlciBhIEZJT0NSVVogb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBMaWNlbsOnYSBlIGF1dG9yaXphciBhIAoKdXRpbGl6w6EtbG9zIGxlZ2FsbWVudGUuIERlY2xhcmEgdGFtYsOpbSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIAoKbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZS4KCmcpIFNFIE8gRE9DVU1FTlRPIEVOVFJFR1VFIMOJIEJBU0VBRE8gRU0gVFJBQkFMSE8gRklOQU5DSUFETyBPVSBBUE9JQURPIFBPUiBPVVRSQSBJTlNUSVRVScOHw4NPIFFVRSBOw4NPIEEgRklPQ1JVWiwgREVDTEFSQSBRVUUgQ1VNUFJJVSAKClFVQUlTUVVFUiBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUEVMTyBSRVNQRUNUSVZPIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4gQSBGSU9DUlVaIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgYXV0b3IoZXMpIGRvcyAKCmRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-06-19T13:12:18Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Os primórdios da doença |
title |
Os primórdios da doença |
spellingShingle |
Os primórdios da doença Prata, Aluízio Doença de Chagas Histórico Evolução Chagas Disease Historic Evolution |
title_short |
Os primórdios da doença |
title_full |
Os primórdios da doença |
title_fullStr |
Os primórdios da doença |
title_full_unstemmed |
Os primórdios da doença |
title_sort |
Os primórdios da doença |
author |
Prata, Aluízio |
author_facet |
Prata, Aluízio Dias, João Carlos Pinto Coura, José Rodrigues |
author_role |
author |
author2 |
Dias, João Carlos Pinto Coura, José Rodrigues |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Prata, Aluízio Dias, João Carlos Pinto Coura, José Rodrigues |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Doença de Chagas Histórico Evolução |
topic |
Doença de Chagas Histórico Evolução Chagas Disease Historic Evolution |
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv |
Chagas Disease Historic Evolution |
description |
A partir do ciclo enzoótico silvestre do Trypanosoma cruzi, a doença de Chagas humana (DCH) emergiu esparsa e focalmente em diferentes pontos do Continente Americano, havendo inícios de sua ocorrência em épocas pré cristãs. Dispersada por subsequentes hordas de migrações internas, a DCH instalou-se em locais onde os insetos vetores se domiciliavam e diferentes reservatórios se aproximavam dos assentamentos humanos. Ganhou maior expansão no período pós colombiano, em particular entre o final do século XIX e meados do século XX, quando atingiu seus picos de prevalência. Nos primórdios da doença há indícios esparsos de casos agudos, cardiopatia crônica e megacólon em diferentes pontos da Região, mas esses quadros se encontram sujeitos a confusão diagnóstica. Por outro lado, o megaesôfago se mostra o marcador de maior especificidade na DCH, havendo numerosos registros de sua ocorrência em vários pontos do Brasil, especialmente a partir do século XVIII. O peso médico social da DCH corresponde inequivocamente à ocorrência da cardiopatia chagásica crônica, tendo sido a partir justamente de sua caracterização que foram deflagradas em definitivo as ações de controle da enfermidade nos países endêmicos. |
publishDate |
2011 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2011 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2014-11-28T16:17:53Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2014-11-28T16:17:53Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
PRATA, Aluízio; DIAS, João Carlos Pinto; COURA, José Rodrigues. Os primórdios da doença. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, n. 44, Supl .2, p. 6-11, 2011. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9004 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
0037-8682 |
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv |
10.1590/S0037-86822011000800002 |
identifier_str_mv |
PRATA, Aluízio; DIAS, João Carlos Pinto; COURA, José Rodrigues. Os primórdios da doença. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, n. 44, Supl .2, p. 6-11, 2011. 0037-8682 10.1590/S0037-86822011000800002 |
url |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9004 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
collection |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9004/1/license.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9004/2/Os%20primordios%20da%20doen%c3%a7a.pdf https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9004/3/Os%20primordios%20da%20doen%c3%a7a.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
7d48279ffeed55da8dfe2f8e81f3b81f a3306bbd91cfca33921a42ab498ef0f6 56b0dd9e3ef31b1a0190d1c00de6c7b3 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio.arca@fiocruz.br |
_version_ |
1798324852704149504 |