Avaliação da persistência da esquistossomose mansoni e outras parasitoses intestinais no Vale do Pamparrão, foco endêmico do município de Sumidouro, Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51539 |
Resumo: | A esquistossomose mansoni é causada por um verme trematódeo da espécie Schistosoma mansoni e tem como hospedeiro intermediário caramujos do gênero Biomphalaria, é uma doença tropical negligenciada, endêmica em 78 países, atingindo quase 240 milhões de pessoas, sendo que mais de 700 milhões de indivíduos vivem em áreas endêmicas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a esquistossomose ocupa o segundo lugar das parasitoses mais disseminadas no mundo, pela sua importância e repercussão socioeconômica. Está associada às precárias condições sanitárias. Este trabalho teve como objetivo investigar a persistência da esquistossomose mansoni e outras parasitoses intestinais em uma área rural endêmica, localizada no município de Sumidouro, Rio de Janeiro, Brasil, no período de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020. Foi aplicado um questionário em 56 pessoas para a obtenção das características socioeconômicas da população. Posteriormente, foi realizada a coleta das amostras fecais, para investigação da presença de S. mansoni e outros parasitos intestinais. Foram coletadas amostras de fezes de 46 participantes, distribuídos em 20 famílias da localidade rural de Pamparrão. Dez participantes (22%) estavam parasitados, tendo sido registradas três espécies de helmintos e uma de protozoário. A frequência da infecção por S. mansoni nessa população foi de 11% (5/46), sendo um caso de coinfecção com ancilostomídeo. Dos cinco infectados pelo S. mansoni quatro eram do sexo masculino. Nenhum dos participantes possuía água encanada e esgoto na residência. A água utilizada para consumo é proveniente de nascentes e poços e apenas 15% (7/46) dos participantes que entregaram amostra fecal tratavam a água antes do consumo Quanto ao conhecimento sobre a doença, 79% (41/52) das pessoas possuem alguma informação. O registro de casos autóctones da doença associado à presença de condições socioambientais favoráveis à manutenção do ciclo do parasito e ao comportamento de risco da população com a água, permitem supor que o município de Sumidouro mantém focos de transmissão ativa da esquistossomose. Sendo assim, ações de vigilância epidemiológica devem ser realizadas periodicamente, com busca ativa de casos por meio de exames coproparasitológico da população, seguidos de tratamento dos infectados. Medidas continuadas de educação em saúde, saneamento básico e controle de hospedeiros intermediários devem ser implementadas para eliminar a esquistossomose como problema de saúde pública no município. A população deve ser esclarecida sobre a situação da esquistossomose no município e motivada a contribuir na adesão das medidas de controle |
id |
CRUZ_7808a412418929e3733ba1cdce17ec61 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.arca.fiocruz.br:icict/51539 |
network_acronym_str |
CRUZ |
network_name_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
repository_id_str |
2135 |
spelling |
Brito, Neiri Mar Goveia deVasconcellos, Maurício de CarvalhoFavre, Tereza CristinaAndrade, Simone LadeiaSilva, José Roberto Machado eNeves, Renata HeislerBoia, Marcio NevesCosta, Marta Júlia Faro dos Santos2022-03-03T21:39:14Z2022-03-03T21:39:14Z2021BRITO, Neiri Mar Goveia de. Avaliação da persistência da esquistossomose mansoni e outras parasitoses intestinais no Vale do Pamparrão, foco endêmico do município de Sumidouro, Rio de Janeiro. 2021. xiv, 61f. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2021.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51539A esquistossomose mansoni é causada por um verme trematódeo da espécie Schistosoma mansoni e tem como hospedeiro intermediário caramujos do gênero Biomphalaria, é uma doença tropical negligenciada, endêmica em 78 países, atingindo quase 240 milhões de pessoas, sendo que mais de 700 milhões de indivíduos vivem em áreas endêmicas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a esquistossomose ocupa o segundo lugar das parasitoses mais disseminadas no mundo, pela sua importância e repercussão socioeconômica. Está associada às precárias condições sanitárias. Este trabalho teve como objetivo investigar a persistência da esquistossomose mansoni e outras parasitoses intestinais em uma área rural endêmica, localizada no município de Sumidouro, Rio de Janeiro, Brasil, no período de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020. Foi aplicado um questionário em 56 pessoas para a obtenção das características socioeconômicas da população. Posteriormente, foi realizada a coleta das amostras fecais, para investigação da presença de S. mansoni e outros parasitos intestinais. Foram coletadas amostras de fezes de 46 participantes, distribuídos em 20 famílias da localidade rural de Pamparrão. Dez participantes (22%) estavam parasitados, tendo sido registradas três espécies de helmintos e uma de protozoário. A frequência da infecção por S. mansoni nessa população foi de 11% (5/46), sendo um caso de coinfecção com ancilostomídeo. Dos cinco infectados pelo S. mansoni quatro eram do sexo masculino. Nenhum dos participantes possuía água encanada e esgoto na residência. A água utilizada para consumo é proveniente de nascentes e poços e apenas 15% (7/46) dos participantes que entregaram amostra fecal tratavam a água antes do consumo Quanto ao conhecimento sobre a doença, 79% (41/52) das pessoas possuem alguma informação. O registro de casos autóctones da doença associado à presença de condições socioambientais favoráveis à manutenção do ciclo do parasito e ao comportamento de risco da população com a água, permitem supor que o município de Sumidouro mantém focos de transmissão ativa da esquistossomose. Sendo assim, ações de vigilância epidemiológica devem ser realizadas periodicamente, com busca ativa de casos por meio de exames coproparasitológico da população, seguidos de tratamento dos infectados. Medidas continuadas de educação em saúde, saneamento básico e controle de hospedeiros intermediários devem ser implementadas para eliminar a esquistossomose como problema de saúde pública no município. A população deve ser esclarecida sobre a situação da esquistossomose no município e motivada a contribuir na adesão das medidas de controleSchistosomiasis mansoni is caused by a trematode worm of the species Schistosoma mansoni and has an intermediate host snail of the genus Biomphalaria. It is a neglected tropical disease, endemic in 78 countries, affecting almost 240 million people, with more than 700 million of individuals live in endemic areas. According to the World Health Organization (WHO), schistosomiasis ranks second among the most widespread parasitosis in the world, due to its importance and socioeconomic repercussion. It is associated with poor sanitary. This study aimed to investigate the persistence of schistosomiasis mansoni and other intestinal parasitosis in an endemic rural area, located in the county of Sumidouro, Rio de Janeiro, Brazil, from December 2019 to February 2020. A questionnaire was applied to 56 people to obtaining the socioeconomic characteristics of the population. Subsequently, fecal samples were collected to investigate the presence of S. mansoni and other intestinal parasites. Stool samples were collected from 46 participants, distributed in 20 families in the rural location of Pamparrão, 22% (10/46) of them were parasitized, with three species of helminths and one of protozoan. The frequency of infection by S. mansoni in this population was 11% (5/46), one of them S. mansoni and hookworm co-infection. Of the five infected with S. mansoni, four were male. None of the participants had running water and sewage at home The water used for consumption comes from springs and wells and only 15% (7/46) of the participants who delivered a fecal sample, consumed treated water before consumption. As for knowledge about the disease, 79% (41/52) of people have some information. The record of the autochthonous cases of the disease associated with social environmental conditions that are favorable to the maintenance of the parasite cycle and the population\2019s risk behavior with the water allow us suggest that Sumidouro maintains outbreaks of transmission of schistosomiasis. Therefore, epidemiological surveillance actions must be carried out periodically, with an active search case though stool examinations of the population, followed by treatment of the infected people. In addition, health education measures, basic sanitation and control of intermediate hosts must be implemented to minimize transmission. The population must be implemented to minimize transmission. The population must be qualified in dealing with schistosomiasis, in order to contribute to adherence to control measuresFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porEsquistossomose mansoniSchistosoma mansoniVale do PamparrãoSchistosomiasis mansoniSchistosoma mansoniVale PamparrãoEsquistossomose mansoniSchistosoma mansoniInquéritos EpidemiológicosEducação em SaúdeAvaliação da persistência da esquistossomose mansoni e outras parasitoses intestinais no Vale do Pamparrão, foco endêmico do município de Sumidouro, Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2021Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzMestrado AcadêmicoRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Medicina Tropicalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/51539/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINAL000249375.pdfapplication/pdf1833167https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/51539/2/000249375.pdf7b0b3b81b50e6a347ae3a4a0bb28819cMD52icict/515392022-03-03 18:39:14.667oai:www.arca.fiocruz.br:icict/51539Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-03-03T21:39:14Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Avaliação da persistência da esquistossomose mansoni e outras parasitoses intestinais no Vale do Pamparrão, foco endêmico do município de Sumidouro, Rio de Janeiro |
title |
Avaliação da persistência da esquistossomose mansoni e outras parasitoses intestinais no Vale do Pamparrão, foco endêmico do município de Sumidouro, Rio de Janeiro |
spellingShingle |
Avaliação da persistência da esquistossomose mansoni e outras parasitoses intestinais no Vale do Pamparrão, foco endêmico do município de Sumidouro, Rio de Janeiro Brito, Neiri Mar Goveia de Esquistossomose mansoni Schistosoma mansoni Vale do Pamparrão Schistosomiasis mansoni Schistosoma mansoni Vale Pamparrão Esquistossomose mansoni Schistosoma mansoni Inquéritos Epidemiológicos Educação em Saúde |
title_short |
Avaliação da persistência da esquistossomose mansoni e outras parasitoses intestinais no Vale do Pamparrão, foco endêmico do município de Sumidouro, Rio de Janeiro |
title_full |
Avaliação da persistência da esquistossomose mansoni e outras parasitoses intestinais no Vale do Pamparrão, foco endêmico do município de Sumidouro, Rio de Janeiro |
title_fullStr |
Avaliação da persistência da esquistossomose mansoni e outras parasitoses intestinais no Vale do Pamparrão, foco endêmico do município de Sumidouro, Rio de Janeiro |
title_full_unstemmed |
Avaliação da persistência da esquistossomose mansoni e outras parasitoses intestinais no Vale do Pamparrão, foco endêmico do município de Sumidouro, Rio de Janeiro |
title_sort |
Avaliação da persistência da esquistossomose mansoni e outras parasitoses intestinais no Vale do Pamparrão, foco endêmico do município de Sumidouro, Rio de Janeiro |
author |
Brito, Neiri Mar Goveia de |
author_facet |
Brito, Neiri Mar Goveia de |
author_role |
author |
dc.contributor.member.none.fl_str_mv |
Vasconcellos, Maurício de Carvalho Favre, Tereza Cristina Andrade, Simone Ladeia Silva, José Roberto Machado e Neves, Renata Heisler |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Brito, Neiri Mar Goveia de |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Boia, Marcio Neves Costa, Marta Júlia Faro dos Santos |
contributor_str_mv |
Boia, Marcio Neves Costa, Marta Júlia Faro dos Santos |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Esquistossomose mansoni Schistosoma mansoni Vale do Pamparrão |
topic |
Esquistossomose mansoni Schistosoma mansoni Vale do Pamparrão Schistosomiasis mansoni Schistosoma mansoni Vale Pamparrão Esquistossomose mansoni Schistosoma mansoni Inquéritos Epidemiológicos Educação em Saúde |
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv |
Schistosomiasis mansoni Schistosoma mansoni Vale Pamparrão |
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv |
Esquistossomose mansoni Schistosoma mansoni Inquéritos Epidemiológicos Educação em Saúde |
description |
A esquistossomose mansoni é causada por um verme trematódeo da espécie Schistosoma mansoni e tem como hospedeiro intermediário caramujos do gênero Biomphalaria, é uma doença tropical negligenciada, endêmica em 78 países, atingindo quase 240 milhões de pessoas, sendo que mais de 700 milhões de indivíduos vivem em áreas endêmicas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a esquistossomose ocupa o segundo lugar das parasitoses mais disseminadas no mundo, pela sua importância e repercussão socioeconômica. Está associada às precárias condições sanitárias. Este trabalho teve como objetivo investigar a persistência da esquistossomose mansoni e outras parasitoses intestinais em uma área rural endêmica, localizada no município de Sumidouro, Rio de Janeiro, Brasil, no período de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020. Foi aplicado um questionário em 56 pessoas para a obtenção das características socioeconômicas da população. Posteriormente, foi realizada a coleta das amostras fecais, para investigação da presença de S. mansoni e outros parasitos intestinais. Foram coletadas amostras de fezes de 46 participantes, distribuídos em 20 famílias da localidade rural de Pamparrão. Dez participantes (22%) estavam parasitados, tendo sido registradas três espécies de helmintos e uma de protozoário. A frequência da infecção por S. mansoni nessa população foi de 11% (5/46), sendo um caso de coinfecção com ancilostomídeo. Dos cinco infectados pelo S. mansoni quatro eram do sexo masculino. Nenhum dos participantes possuía água encanada e esgoto na residência. A água utilizada para consumo é proveniente de nascentes e poços e apenas 15% (7/46) dos participantes que entregaram amostra fecal tratavam a água antes do consumo Quanto ao conhecimento sobre a doença, 79% (41/52) das pessoas possuem alguma informação. O registro de casos autóctones da doença associado à presença de condições socioambientais favoráveis à manutenção do ciclo do parasito e ao comportamento de risco da população com a água, permitem supor que o município de Sumidouro mantém focos de transmissão ativa da esquistossomose. Sendo assim, ações de vigilância epidemiológica devem ser realizadas periodicamente, com busca ativa de casos por meio de exames coproparasitológico da população, seguidos de tratamento dos infectados. Medidas continuadas de educação em saúde, saneamento básico e controle de hospedeiros intermediários devem ser implementadas para eliminar a esquistossomose como problema de saúde pública no município. A população deve ser esclarecida sobre a situação da esquistossomose no município e motivada a contribuir na adesão das medidas de controle |
publishDate |
2021 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-03-03T21:39:14Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-03-03T21:39:14Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
BRITO, Neiri Mar Goveia de. Avaliação da persistência da esquistossomose mansoni e outras parasitoses intestinais no Vale do Pamparrão, foco endêmico do município de Sumidouro, Rio de Janeiro. 2021. xiv, 61f. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2021. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51539 |
identifier_str_mv |
BRITO, Neiri Mar Goveia de. Avaliação da persistência da esquistossomose mansoni e outras parasitoses intestinais no Vale do Pamparrão, foco endêmico do município de Sumidouro, Rio de Janeiro. 2021. xiv, 61f. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2021. |
url |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51539 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
collection |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/51539/1/license.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/51539/2/000249375.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 7b0b3b81b50e6a347ae3a4a0bb28819c |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio.arca@fiocruz.br |
_version_ |
1813009056069058560 |