Movimentos sociais em saúde e estratégias de produção de sentidos no reclame da liberdade, o novo lugar da loucura
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12429 |
Resumo: | A presente pesquisa tem como eixo principal a análise dos materiais de divulgação do Movimento Nacional de Luta Antimanicomial, mais especificamente dos cartazes comemorativos do Dia Nacinal de Luta Antimanicomial. Considerando que, no Brasil, o Movimento da Reforma Psiquiátrica surgiu na década de 1970, a partir de graves denúncias contra o sistema nacional de assistência psiquiátrica, a pesquisa incluiu cartazes que circularam desde o ano de 1978, com o propósito de compreender mudanças na produção de sentidos ocorridas a partir do II Congresso de Trabalhadores de Saúde Mental, realizado na cidade de Bauru, São Paulo, em 1987, marco histórico no qual teve início o Movimento Nacional de Luta Antimanicomial. Com base nos enunciados dos cartazes, buscamos compreender como as vozes que têm transformado as práticas e as concepções sobre a loucura organizam seu discurso e disputam sentidos no espaço público. Neste sentido, contextualizamos o momento sócio-histórico-discursivo das peças de comunicação analisadas; identificamos a relação possível entre as mudanças nos eixos de debate ao longo dos anos e as temáticas dos materiais; identificamos, compreendemos e compararmos os dispositivos de enunciação dos cartazes analisados, tendo como contraponto sua dimensão temporal e geográfica; identificamos e analisamos as disputas de sentidos entre os diferentes discursos que se manifestam nos cartazes. Como eixo teórico, optamos pela Semiologia dos Discursos Sociais, com sua premissa central de que discursos são produzidos socialmente e seu caminho metodológico, a Análise Social de Discursos O corpus extenso de análise da pesquisa foi formado pelos materiais de divulgação sobre a Reforma Psiquiátrica brasileira. No corpus específico foram privilegiados cartazes comemorativos do Dia Nacional de Luta Antimanicomial, selecionando-se os produzidos a partir do ano de 1978 até o ano de 2013. Foram analisados documentos históricos relativos aos contextos político e institucional de sua produção e circulação. Destacamos os seguintes resultados: nos cartazes analisados, não obtivemos evidências de diferenças significativas no modo de apropriação local das diretrizes nacionais. Este foi um dos pontos de partida da pesquisa, considerando-se o âmbito nacional do movimento, que tem núcleos em todas as regiões do Brasil. Uma de nossas perguntas de pesquisa era se e como diferenças regionais produzem diferenciações no discurso antimanicomial. De um modo geral, essa hipótese não se confirmou, embora tenha sido possível observar um outro padrão de diferenciação. Nos diversos momentos históricos nos deparamos com o que é possível ser dito e o que é não dizível naquele contexto: os cartazes analisados buscam reverter um discurso cristalizado mas, apesar de sinalizarem que é necessário mudar alguma situação, os argumentos são os possíveis na sociedade de cada época. As mudanças ocorridas nos eixos de debate ao longo do tempo influíram claramente nas temáticas dos cartazes |
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Espirito Santo, Wanda Luiza Peregrino doAraújo, Inesita Soares deMoraes, NilsonCardoso, Janine MirandaDiaz, Fernando SobhieAmarante, Paulo Duarte de CarvalhoAraújo, Inesita Soares de2015-12-16T12:23:17Z2015-12-16T12:23:17Z2015ESPIRITO SANTO, W. L. P. do. Movimentos sociais em saúde e estratégias de produção de sentidos no reclame da liberdade, o novo lugar da loucura. 2015. 158 f. Tese (Doutorado em Informação, Comunicação e Saúde) – Fundação Oswaldo Cruz, Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, Rio de Janeiro, RJ, 2015.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12429A presente pesquisa tem como eixo principal a análise dos materiais de divulgação do Movimento Nacional de Luta Antimanicomial, mais especificamente dos cartazes comemorativos do Dia Nacinal de Luta Antimanicomial. Considerando que, no Brasil, o Movimento da Reforma Psiquiátrica surgiu na década de 1970, a partir de graves denúncias contra o sistema nacional de assistência psiquiátrica, a pesquisa incluiu cartazes que circularam desde o ano de 1978, com o propósito de compreender mudanças na produção de sentidos ocorridas a partir do II Congresso de Trabalhadores de Saúde Mental, realizado na cidade de Bauru, São Paulo, em 1987, marco histórico no qual teve início o Movimento Nacional de Luta Antimanicomial. Com base nos enunciados dos cartazes, buscamos compreender como as vozes que têm transformado as práticas e as concepções sobre a loucura organizam seu discurso e disputam sentidos no espaço público. Neste sentido, contextualizamos o momento sócio-histórico-discursivo das peças de comunicação analisadas; identificamos a relação possível entre as mudanças nos eixos de debate ao longo dos anos e as temáticas dos materiais; identificamos, compreendemos e compararmos os dispositivos de enunciação dos cartazes analisados, tendo como contraponto sua dimensão temporal e geográfica; identificamos e analisamos as disputas de sentidos entre os diferentes discursos que se manifestam nos cartazes. Como eixo teórico, optamos pela Semiologia dos Discursos Sociais, com sua premissa central de que discursos são produzidos socialmente e seu caminho metodológico, a Análise Social de Discursos O corpus extenso de análise da pesquisa foi formado pelos materiais de divulgação sobre a Reforma Psiquiátrica brasileira. No corpus específico foram privilegiados cartazes comemorativos do Dia Nacional de Luta Antimanicomial, selecionando-se os produzidos a partir do ano de 1978 até o ano de 2013. Foram analisados documentos históricos relativos aos contextos político e institucional de sua produção e circulação. Destacamos os seguintes resultados: nos cartazes analisados, não obtivemos evidências de diferenças significativas no modo de apropriação local das diretrizes nacionais. Este foi um dos pontos de partida da pesquisa, considerando-se o âmbito nacional do movimento, que tem núcleos em todas as regiões do Brasil. Uma de nossas perguntas de pesquisa era se e como diferenças regionais produzem diferenciações no discurso antimanicomial. De um modo geral, essa hipótese não se confirmou, embora tenha sido possível observar um outro padrão de diferenciação. Nos diversos momentos históricos nos deparamos com o que é possível ser dito e o que é não dizível naquele contexto: os cartazes analisados buscam reverter um discurso cristalizado mas, apesar de sinalizarem que é necessário mudar alguma situação, os argumentos são os possíveis na sociedade de cada época. As mudanças ocorridas nos eixos de debate ao longo do tempo influíram claramente nas temáticas dos cartazesThis research is built upon the analysis of the advertising material of the National Movement for Deinstitutionalization ( Movimento Nacional de Luta Antimanicomial ), more specifically the posters celebrating the National Day for Deinstitutionalization ( Dia Nacional de Luta Antimanicomial ). Considering that, in Brazil, the Movement for Psychiatric Reform (Movimento da Reforma Psiquiátrica) arose in the 1970s, from severe complaints against the national psychiatric assistance system, this research includ es posters that began to circulate in 1978, in an attempt to understand the changes in the creation of meaning that happened after the Second Mental Health Workers’ Congress (II Congresso dos Trabalhadores de Saúde Mental), which happened in the city of Ba uru, in the state of São Paulo, in 1987, a historical moment which marks the beginning of the National Movement for Deinstitutionalization. By studying the slogans in the posters, we aimed to understand how the voices that have been changing practices and opinions on madness organize their speech and dispute meanings in the public space. In that sense, we contextualize the social, historical and discursive moment of the pieces of communication which were analyzed, we identify the possible link between the changes in the ideas discussed over the years and the themes present in the advertising material, we identify, comprehend and compare the enunciation devices of the analyzed posters, in the light of their temporal and geographical aspects and we identify a nd analyze the disputes of meaning generated by the different discourses present in the posters. For a theoretical base, we chose Social Semiotics, with its fundamental premise that discourse is produced socially and its methodological path, Discourse Anal ysis. The extensive analysis corpus of the study was composed from the advertising material for the Brazilian Psychiatric Reform. In the specific corpus, we gave priority to posters celebrating the National Day for Deinstitutionalization, choosing those cr eated between the years of 1978 and 2013. We also analyzed historical documents together with the political and institutional contexts of their creation and circulation. Our most important results are: in the posters we analyzed, we did not obtain evidence of significant differences in the local understandings of the national guidelines. That was the starting point of our study, considering the national reach of the movement, with nuclei in all regions of Brazil. One of the questions we sought to answer in our study was whether and how the regional differences produce differences in the discourses for deinstitutionalization. Generally speaking, that hypothesis was not confirmed, although we observed another pattern of differentiation. In the various historic al moments, we faced what could and what couldn’t be said at that specific context: the analyzed posters seek to revert petrified discourse but, despite the fact that they express a need for change, the arguments are only those which were possible in the s ociety in each period. The changes that happened in the points of debate over the years clearly had an influence on the ideas on the postersFundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporAnálise do DiscursoComunicação em SaúdeHospitais PsiquiátricosUnidade Hospitalar de PsiquiatriaPôsteresSaúde MentalMovimentos sociais em saúde e estratégias de produção de sentidos no reclame da liberdade, o novo lugar da loucurainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2015Pós-Graduação em Informação e Comunicação em SaúdeFundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em SaúdeRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALwanda_santo_icict_dout_2015.pdfapplication/pdf2640996https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12429/1/wanda_santo_icict_dout_2015.pdfe7d58513292b7b9ef0e5b486da589e03MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12429/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTwanda_santo_icict_dout_2015.pdf.txtwanda_santo_icict_dout_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain359355https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12429/3/wanda_santo_icict_dout_2015.pdf.txtefb9a349b76d1e01c975ddafd777853aMD53icict/124292018-05-21 11:16:12.89oai:www.arca.fiocruz.br:icict/12429Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-05-21T14:16:12Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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