Aborto inseguro no Brasil: revisão sistemática da produção científica, 2008-2018

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Domingues, Rosa Maria Soares Madeira
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Fonseca, Sandra Costa, Leal, Maria do Carmo, Aquino, Estela Maria Motta Lima Leão de, Menezes, Greice Maria de Souza
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/45399
Resumo: O objetivo deste estudo é atualizar o conhecimento sobre o aborto inseguro no país. Foi realizada uma revisão sistemática com busca e seleção de estudos via MEDLINE e LILACS, sem restrição de idiomas, no período 2008 a 2018, com avaliação da qualidade dos artigos por meio dos instrumentos elaborados pelo Instituto Joanna Briggs. Foram avaliados 50 artigos. A prevalência de aborto induzido no Brasil foi estimada por método direto em 15% no ano de 2010 e 13% no ano de 2016. Prevalências mais elevadas foram observadas em populações socialmente mais vulneráveis. A razão de aborto induzido por 1.000 mulheres em idade fértil reduziu no período 1995-2013, sendo de 16 por 1.000 em 2013. Metade das mulheres referiu a utilização de medicamentos para a interrupção da gestação e o número de internações por complicações do aborto, principalmente complicações graves, reduziu no período 1992-2009. A morbimortalidade materna por aborto apresentou frequência reduzida, mas alcançou valores elevados em contextos específicos. Há um provável sub-registro de óbitos maternos por aborto. Transtornos mentais comuns na gestação e depressão pós-parto foram mais frequentes em mulheres que tentaram induzir um aborto sem sucesso. Os resultados encontrados indicam que o aborto é usado com frequência no Brasil, principalmente nas regiões menos desenvolvidas e por mulheres socialmente mais vulneráveis. O acesso a métodos mais seguros provavelmente contribuiu para a redução de internações por complicações e para a redução da morbimortalidade por aborto. Entretanto, metade das mulheres ainda recorre a outros métodos e o número de internações por complicações do aborto é ainda elevado.
id CRUZ_8437c8a3681126146cad08e6d1b9be33
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/45399
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Domingues, Rosa Maria Soares MadeiraFonseca, Sandra CostaLeal, Maria do CarmoAquino, Estela Maria Motta Lima Leão deMenezes, Greice Maria de Souza2020-12-24T14:21:56Z2020-12-24T14:21:56Z2020DOMINGUES, Rosa Maria Soares Madeira et al. Aborto inseguro no Brasil: revisão sistemática da produção científica, 2008-2018. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 36, supl. 1, p. 1-40, 2020.0102-311Xhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4539910.1590/0102-311X001904181678-4464O objetivo deste estudo é atualizar o conhecimento sobre o aborto inseguro no país. Foi realizada uma revisão sistemática com busca e seleção de estudos via MEDLINE e LILACS, sem restrição de idiomas, no período 2008 a 2018, com avaliação da qualidade dos artigos por meio dos instrumentos elaborados pelo Instituto Joanna Briggs. Foram avaliados 50 artigos. A prevalência de aborto induzido no Brasil foi estimada por método direto em 15% no ano de 2010 e 13% no ano de 2016. Prevalências mais elevadas foram observadas em populações socialmente mais vulneráveis. A razão de aborto induzido por 1.000 mulheres em idade fértil reduziu no período 1995-2013, sendo de 16 por 1.000 em 2013. Metade das mulheres referiu a utilização de medicamentos para a interrupção da gestação e o número de internações por complicações do aborto, principalmente complicações graves, reduziu no período 1992-2009. A morbimortalidade materna por aborto apresentou frequência reduzida, mas alcançou valores elevados em contextos específicos. Há um provável sub-registro de óbitos maternos por aborto. Transtornos mentais comuns na gestação e depressão pós-parto foram mais frequentes em mulheres que tentaram induzir um aborto sem sucesso. Os resultados encontrados indicam que o aborto é usado com frequência no Brasil, principalmente nas regiões menos desenvolvidas e por mulheres socialmente mais vulneráveis. O acesso a métodos mais seguros provavelmente contribuiu para a redução de internações por complicações e para a redução da morbimortalidade por aborto. Entretanto, metade das mulheres ainda recorre a outros métodos e o número de internações por complicações do aborto é ainda elevado.This study sought to update knowledge on unsafe abortion in Brazil. We carried out a systematic review with study search and selection on MEDLINE and LILACS, with no language restriction, from 2008 to 2018. We evaluated article quality using the Joanna Briggs Institute instruments. We evaluated 50 articles. The prevalence of induced abortion in Brazil was estimated by a direct method to be 15% in 2010 and 13% in 2016. Higher prevalences were observed in more socially vulnerable populations. There was a decrease in the ratio of induced abortions by 1,000 women of reproductive age in the period 1995-2013, reaching 16 per 1,000 in 2013. Half of all women reported using medications for terminating pregnancies and the number of hospital admissions due to complications from abortion, especially severe complications, decreased from 1992 to 2009. Maternal morbimortality from abortion had a reduced frequency but reached high values in specific contexts. It is likely that maternal deaths from abortion are under-reported. Common mental disorders during pregnancy and postpartum depression were more frequent among women who unsuccessfully attempted to induce an abortion. Findings indicate that abortion is frequently used in Brazil, especially in less-developed regions and by more socially-vulnerable women. Access to safer methods probably contributed to the reduction in hospitalizations due to complications and to the reduction in morbimortality from abortion. However, half of all women still resort to other methods and the number of admissions due to complications from abortion is still high.El objetivo de este estudio es actualizar el conocimiento sobre el aborto inseguro en el país. Se realizó una revisión sistemática con búsqueda y selección de estudios vía MEDLINE y LILACS, sin restricción de idiomas, durante el período de 2008 a 2018, con una evaluación de la calidad de los artículos mediante instrumentos elaborados por el Instituto Joanna Briggs. Se evaluaron 50 artículos. La prevalencia de aborto inducido en Brasil se estimó por el método directo en un 15% durante el año 2010 y en un 13% durante el año 2016. Se observaron prevalencias más elevadas en poblaciones socialmente más vulnerables. La razón de aborto inducido por 1.000 mujeres en edad fértil se redujo durante el período de 1995-2013, siendo de 16 por 1.000 en 2013. La mitad de las mujeres informó sobre la utilización de medicamentos para la interrupción de la gestación y el número de internamientos por complicaciones del aborto, principalmente complicaciones graves, se redujo durante el período 1992-2009. La morbimortalidad materna por aborto presentó una frecuencia reducida, pero alcanzó valores elevados en contextos específicos. Existe un probable subregistro de óbitos maternos por aborto. Trastornos mentales comunes en la gestación y depresión posparto fueron más frecuentes en mujeres que intentaron inducir un aborto sin éxito. Los resultados encontrados indican que el aborto es usado con frecuencia en Brasil, principalmente en las regiones menos desarrolladas y por mujeres socialmente más vulnerables. El acceso a métodos más seguros probablemente contribuyó a la reducción de internamientos por complicaciones y a la reducción de la morbimortalidad por aborto. Sin embargo, la mitad de las mujeres todavía recurre a otros métodos y el número de internamientos por complicaciones del aborto es todavía elevado.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal Fluminense. Instituto de Saúde Coletiva. Niterói, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal da Bahia. Instituto de Saúde Coletiva. Salvador, BA, Brasil.Universidade Federal da Bahia. Instituto de Saúde Coletiva. Salvador, BA, Brasil.porFundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaAborto induzidoRevisão sistemáticaInquéritos epidemiológicosInduced abortionSystematic reviewHealth surveysAborto inducidoRevisión sistemáticaEncuestas epidemiológicasAborto inseguro no Brasil: revisão sistemática da produção científica, 2008-2018Unsafe abortion in Brazil: a systematic review of the scientific production, 2008-2018Aborto inseguro en Brasil: revisión sistemática de la producción científica, 2008-2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/45399/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINAL1678-4464-csp-36-s1-e00190418.pdfapplication/pdf963940https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/45399/2/1678-4464-csp-36-s1-e00190418.pdf0bbad1df16224572be0fe6d02ceeaa20MD52TEXT1678-4464-csp-36-s1-e00190418.pdf.txt1678-4464-csp-36-s1-e00190418.pdf.txtExtracted texttext/plain144810https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/45399/3/1678-4464-csp-36-s1-e00190418.pdf.txt98cc4c8b6c9898fec5e7200517150f92MD53icict/453992023-01-13 10:42:32.769oai:www.arca.fiocruz.br:icict/45399Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-13T13:42:32Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Aborto inseguro no Brasil: revisão sistemática da produção científica, 2008-2018
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Unsafe abortion in Brazil: a systematic review of the scientific production, 2008-2018
dc.title.alternative.es.fl_str_mv Aborto inseguro en Brasil: revisión sistemática de la producción científica, 2008-2018
title Aborto inseguro no Brasil: revisão sistemática da produção científica, 2008-2018
spellingShingle Aborto inseguro no Brasil: revisão sistemática da produção científica, 2008-2018
Domingues, Rosa Maria Soares Madeira
Aborto induzido
Revisão sistemática
Inquéritos epidemiológicos
Induced abortion
Systematic review
Health surveys
Aborto inducido
Revisión sistemática
Encuestas epidemiológicas
title_short Aborto inseguro no Brasil: revisão sistemática da produção científica, 2008-2018
title_full Aborto inseguro no Brasil: revisão sistemática da produção científica, 2008-2018
title_fullStr Aborto inseguro no Brasil: revisão sistemática da produção científica, 2008-2018
title_full_unstemmed Aborto inseguro no Brasil: revisão sistemática da produção científica, 2008-2018
title_sort Aborto inseguro no Brasil: revisão sistemática da produção científica, 2008-2018
author Domingues, Rosa Maria Soares Madeira
author_facet Domingues, Rosa Maria Soares Madeira
Fonseca, Sandra Costa
Leal, Maria do Carmo
Aquino, Estela Maria Motta Lima Leão de
Menezes, Greice Maria de Souza
author_role author
author2 Fonseca, Sandra Costa
Leal, Maria do Carmo
Aquino, Estela Maria Motta Lima Leão de
Menezes, Greice Maria de Souza
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Domingues, Rosa Maria Soares Madeira
Fonseca, Sandra Costa
Leal, Maria do Carmo
Aquino, Estela Maria Motta Lima Leão de
Menezes, Greice Maria de Souza
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Aborto induzido
Revisão sistemática
Inquéritos epidemiológicos
topic Aborto induzido
Revisão sistemática
Inquéritos epidemiológicos
Induced abortion
Systematic review
Health surveys
Aborto inducido
Revisión sistemática
Encuestas epidemiológicas
dc.subject.en.en.fl_str_mv Induced abortion
Systematic review
Health surveys
dc.subject.es.es.fl_str_mv Aborto inducido
Revisión sistemática
Encuestas epidemiológicas
description O objetivo deste estudo é atualizar o conhecimento sobre o aborto inseguro no país. Foi realizada uma revisão sistemática com busca e seleção de estudos via MEDLINE e LILACS, sem restrição de idiomas, no período 2008 a 2018, com avaliação da qualidade dos artigos por meio dos instrumentos elaborados pelo Instituto Joanna Briggs. Foram avaliados 50 artigos. A prevalência de aborto induzido no Brasil foi estimada por método direto em 15% no ano de 2010 e 13% no ano de 2016. Prevalências mais elevadas foram observadas em populações socialmente mais vulneráveis. A razão de aborto induzido por 1.000 mulheres em idade fértil reduziu no período 1995-2013, sendo de 16 por 1.000 em 2013. Metade das mulheres referiu a utilização de medicamentos para a interrupção da gestação e o número de internações por complicações do aborto, principalmente complicações graves, reduziu no período 1992-2009. A morbimortalidade materna por aborto apresentou frequência reduzida, mas alcançou valores elevados em contextos específicos. Há um provável sub-registro de óbitos maternos por aborto. Transtornos mentais comuns na gestação e depressão pós-parto foram mais frequentes em mulheres que tentaram induzir um aborto sem sucesso. Os resultados encontrados indicam que o aborto é usado com frequência no Brasil, principalmente nas regiões menos desenvolvidas e por mulheres socialmente mais vulneráveis. O acesso a métodos mais seguros provavelmente contribuiu para a redução de internações por complicações e para a redução da morbimortalidade por aborto. Entretanto, metade das mulheres ainda recorre a outros métodos e o número de internações por complicações do aborto é ainda elevado.
publishDate 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-12-24T14:21:56Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-12-24T14:21:56Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv DOMINGUES, Rosa Maria Soares Madeira et al. Aborto inseguro no Brasil: revisão sistemática da produção científica, 2008-2018. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 36, supl. 1, p. 1-40, 2020.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/45399
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0102-311X
dc.identifier.doi.pt_BR.fl_str_mv 10.1590/0102-311X00190418
dc.identifier.eissn.pt_BR.fl_str_mv 1678-4464
identifier_str_mv DOMINGUES, Rosa Maria Soares Madeira et al. Aborto inseguro no Brasil: revisão sistemática da produção científica, 2008-2018. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 36, supl. 1, p. 1-40, 2020.
0102-311X
10.1590/0102-311X00190418
1678-4464
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/45399
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca
publisher.none.fl_str_mv Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/45399/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/45399/2/1678-4464-csp-36-s1-e00190418.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/45399/3/1678-4464-csp-36-s1-e00190418.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
0bbad1df16224572be0fe6d02ceeaa20
98cc4c8b6c9898fec5e7200517150f92
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324953849790464