Potencial antineoplásico do óleo essencial das folhas de guatteria olivacea

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Galvão, Alexandre Francisco Cerqueira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56104
Resumo: INTRODUÇÃO: O câncer é uma doença multifatorial causada pela proliferação descontrolada de células, que pode causar metástases. O uso de fármacos antineoplásicos constitui uma das mais relevantes modalidades terapêuticas empregadas na clínica oncológica. No entanto, por ser uma categoria de tratamento sistêmico, a maioria dos fármacos não é seletivo contra as células neoplásicas e atingem também células normais, especialmente aquelas com grande capacidade de renovação. Por isso, uma série de efeitos colaterais está associada a essa modalidade terapêutica, a exemplo de alopecia, náuseas, diarreias e mielossupressão. Desta forma, pesquisas por novos fármacos mais seletivos pra células cancerosas são necessárias. OBJETIVO: Esse trabalho visa avaliar o potencial antineoplásico in vitro e in vivo do óleo essencial das folhas de Guatteria olivacea (OEGO) em células de carcinoma hepatocelular humano HepG2. METODOLOGIA: O OEGO foi obtido por hidrodestilação e sua composição química foi determinada por CG-DIC e CG-EM. Foram realizados ensaio de citotoxicidade pelo método do Alamar blue e determinação do ciclo celular e fragmentação do DNA, morte celular apoptotica e necrótica e quantificação das espécies reativas de oxigênio por citometria de fluxo. O estudo in vivo foi realizado em modelo de xenoenxerto em camundongos CB.17 SCID inoculados com células HepG2. RESULTADOS: Germacreno D, 1-epi-cubenol, óxido de cariofileno e espatulenol foram identificados comos os constituintes químicos majoritários do OEGO. O OEGO apresentou valores de CI50 que variam de 4,46 a 45,98 μg/mL para as células neoplásicas SCC4 e K562, respectivamente. Foi observado aumento do DNA fragmentado e morte celular apoptótica em células HepG2 tratadas com OEGO. No modelo in vivo, a inibição da massa tumoral foi 57,9 e 32,8% nos animais tratados com as doses de 40 e 20 mg/kg de OEGO. CONCLUSÕES: O OEGO demonstrou potencial anticâncer in vitro e in vivo, destacando esse óleo essencial como um candidato para o desenvolvimento de um novo fitoterápico antineoplásico