A exposição ao chumbo de militares alvejados por arma de fogo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bezerra, Marcio Luís Soares
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24468
Resumo: O chumbo é um elemento de ocorrência natural, amplamente utilizado há milhares de anos. Atualmente, é um dos contaminantes mais comuns do ambiente, devido às inúmeras atividades industriais que favorecem a sua grande distribuição e à capacidade de penetrar no organismo através da inalação (ar atmosférico), ingestão (água, alimentos e solo contaminados) e por via dérmica. Comumente, as munições de arma de fogo são compostas de 95 a 97 % de chumbo. O presente trabalho teve por objetivo identificar a exposição ao chumbo nos policiais militares alvejados por arma de fogo e que permanecem com algum projétil ou fragmentos alojados em seus corpos, mais especificamente, determinar as concentrações de chumbo no sangue de militares baleados e que possuíam projétil ou fragmentos alojados em seus corpos, comparando-as ao grupo controle, e identificar possíveis efeitos advindos da contaminação pelo chumbo entre os militares estudados, relacionando-os às concentrações de chumbo encontradas. Para isso foram selecionados 15 policiais militares do estado do Rio de Janeiro, do sexo masculino, com as seguintes médias: idade de 36,00 + 6,75 anos, altura de 1,74 + 0,05 metros, massa corporal de 80,36 + 14,19 Kg e tempo de serviço na PMERJ de 16,14 + 7,10 anos. Comparou-se um grupo de policiais militares do estado do Rio de Janeiro que possuíam projéteis e/ou fragmentos de munição alojados em seus corpos com outro grupo de policiais que nunca haviam sido baleados. Coletaram-se amostras de sangue dos participantes, nas quais a concentração de chumbo foi determinada por espectrometria de absorção atômica eletrotérmica. Determinou-se uma concentração média de chumbo no sangue, em µg dL-1, de 10,49 ± 9,62 para os policiais expostos e de 2,43 ± 0,65 para o grupo controle. Foram utilizados a estatística descritiva, o teste de correlação de Spearman, o teste de hipóteses de Mann Whitney, e a regressão linear. Embora todos os resultados tenham sido abaixo dos valores limites estabelecidos pela legislação brasileira, houve diferença significativa entre as amostras de sangue (z = – 3,130 e p = 0,002) dos dois grupos. Encontrou-se associação significativa entre os níveis de chumbo no sangue e a localização do projétil do grupo exposto (ρ = 0,730 e p = 0,031), porém não houve associação com o tempo de exposição ao projétil ou com a massa do mesmo. Foi constatada diferença significativa entre os possíveis efeitos neurológicos dos grupos (z = – 2,261 e p = 0,024). Foram formuladas equações que pudessem predizer as futuras concentrações de chumbo sanguíneas nos policiais expostos, e estas equações apresentaram excelente correlação com o chumbo sanguíneo efetivamente determinado. Concluiu-se que a presença de projétil e / ou fragmentos alojados no corpo se constitui numa fonte significativa do metal, aumentando assim a contaminação bem como a possibilidade de efeitos neurológicos advindos desta contaminação, o que deve ter sido potencializado pela exposição ocupacional a que todos os policiais militares estão sujeitos. Recomendou-se que seja efetuada, sempre que possível, a retirada do projétil e fragmentos dos indivíduos alvejados. O desenvolvimento de novos estudos sobre o tema, pouco explorado pela comunidade científica, assim como dos índices de contaminação pelo chumbo formulados nesta pesquisa são recomendados de forma a facilitar o processo de tomada de decisão por parte dos médicos e cirurgiões.
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O presente trabalho teve por objetivo identificar a exposição ao chumbo nos policiais militares alvejados por arma de fogo e que permanecem com algum projétil ou fragmentos alojados em seus corpos, mais especificamente, determinar as concentrações de chumbo no sangue de militares baleados e que possuíam projétil ou fragmentos alojados em seus corpos, comparando-as ao grupo controle, e identificar possíveis efeitos advindos da contaminação pelo chumbo entre os militares estudados, relacionando-os às concentrações de chumbo encontradas. Para isso foram selecionados 15 policiais militares do estado do Rio de Janeiro, do sexo masculino, com as seguintes médias: idade de 36,00 + 6,75 anos, altura de 1,74 + 0,05 metros, massa corporal de 80,36 + 14,19 Kg e tempo de serviço na PMERJ de 16,14 + 7,10 anos. Comparou-se um grupo de policiais militares do estado do Rio de Janeiro que possuíam projéteis e/ou fragmentos de munição alojados em seus corpos com outro grupo de policiais que nunca haviam sido baleados. Coletaram-se amostras de sangue dos participantes, nas quais a concentração de chumbo foi determinada por espectrometria de absorção atômica eletrotérmica. Determinou-se uma concentração média de chumbo no sangue, em µg dL-1, de 10,49 ± 9,62 para os policiais expostos e de 2,43 ± 0,65 para o grupo controle. Foram utilizados a estatística descritiva, o teste de correlação de Spearman, o teste de hipóteses de Mann Whitney, e a regressão linear. Embora todos os resultados tenham sido abaixo dos valores limites estabelecidos pela legislação brasileira, houve diferença significativa entre as amostras de sangue (z = – 3,130 e p = 0,002) dos dois grupos. Encontrou-se associação significativa entre os níveis de chumbo no sangue e a localização do projétil do grupo exposto (ρ = 0,730 e p = 0,031), porém não houve associação com o tempo de exposição ao projétil ou com a massa do mesmo. Foi constatada diferença significativa entre os possíveis efeitos neurológicos dos grupos (z = – 2,261 e p = 0,024). Foram formuladas equações que pudessem predizer as futuras concentrações de chumbo sanguíneas nos policiais expostos, e estas equações apresentaram excelente correlação com o chumbo sanguíneo efetivamente determinado. Concluiu-se que a presença de projétil e / ou fragmentos alojados no corpo se constitui numa fonte significativa do metal, aumentando assim a contaminação bem como a possibilidade de efeitos neurológicos advindos desta contaminação, o que deve ter sido potencializado pela exposição ocupacional a que todos os policiais militares estão sujeitos. Recomendou-se que seja efetuada, sempre que possível, a retirada do projétil e fragmentos dos indivíduos alvejados. O desenvolvimento de novos estudos sobre o tema, pouco explorado pela comunidade científica, assim como dos índices de contaminação pelo chumbo formulados nesta pesquisa são recomendados de forma a facilitar o processo de tomada de decisão por parte dos médicos e cirurgiões.Lead is a naturally occurring element widely used for thousands of years. Currently, it is one of the most common contaminants of the environment, due to several industrial activities that promote its widespread distribution and due to its capability to enter the human body through inhalation (air), ingestion (food, water and contaminated soil) and dermal. Usually, the ammunition of firearms is made from 95 to 97% of lead. This study aimed to identify the lead exposure in the military police shot by a firearm and with some remaining fragments or bullet lodged in their bodies, more specifically, to determine lead concentrations in the blood of soldiers who got shot and remained with bullet and /or ammunition fragments lodged in their bodies, comparing those concentrations to the control group, and identify possible effects resulting from lead contamination in the military studied, relating them to the concentrations of lead found. For this there were selected 15 military policemen from Rio de Janeiro state, male, aged 36.00 + 6.75 years, height 1.74 + 0.05 meters, body weight of 80.36 + 14.19 kilograms and service time in PMERJ 16.14 + 7.10 years. We compared a group of military police of the state of Rio de Janeiro who had projectile and / or fragments of ammunition lodged in their bodies with another group of policemen who had never been shot. Blood samples were collected from participants, in which the lead concentration was determined by electrothermal atomic absorption spectrometry. It was determined an average blood lead concentration, in µg dL-1, of 10.49 ± 9.62 for the exposed police officers and 2.43 ± 0.65 for control group. We used descriptive statistics, the Spearman correlation test, the hypothesis test of Mann-Whitney and linear regression. Although all results were below the limits established by Brazilian legislation, they showed a statistically significant difference between the blood samples (z = – 3,130 and p = 0,002) in both groups. There was also a significant association between blood lead levels and bullet location of the exposed group (ρ = 0.730 and p = 0.031), but no correlation with the projectile exposure time or the bullet weight. There were significant differences among the possible neurologic effects of the groups (z = – 2.261 p = 0.024). There were formulated equations that could predict future blood lead concentrations in exposed police officers, and these equations showed excellent correlation with effectively determined blood lead levels. There was considered that there was no military police totally free of lead exposure. It was concluded that the presence of projectile and / or fragments lodged in the body constitutes a significant source of the metal, thus increasing the contamination and the possibility of neurologic effects resulting from this contamination, which must have been augmented by occupational exposure that all police officers are subjected to. It was recommended to be made, whenever possible, the removal of the bullet and fragments of targeted individuals. The development of new studies on this subject, largely unexplored by the scientific community, as well as the lead contamination indexes formulated in this research are recommended to facilitate the decision-making process by physicians and surgeons.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porChumboArma de FogoMilitaresFerimentos por Arma de FogoSintomasLeadFirearmsMilitary PersonnelGunshotSymptomsArmas de FogoFerimentos por Arma de FogoMilitaresChumbo/efeitos adversosChumbo/sangueChumbo/toxicidadeExposição OcupacionalBiomarcadores AmbientaisSintomasA exposição ao chumbo de militares alvejados por arma de fogoExposure to lead the military targeted by gunfireinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALmarcio_bezerra_ensp_mest_2011.pdfapplication/pdf666961https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24468/1/marcio_bezerra_ensp_mest_2011.pdfef04eaced64c06ffa5ab8608ac21c322MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24468/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT1032.pdf.txt1032.pdf.txtExtracted texttext/plain217232https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24468/3/1032.pdf.txt92e050ceba992c03ae12b051f3880691MD53marcio_bezerra_ensp_mest_2011.pdf.txtmarcio_bezerra_ensp_mest_2011.pdf.txtExtracted texttext/plain217232https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24468/4/marcio_bezerra_ensp_mest_2011.pdf.txt92e050ceba992c03ae12b051f3880691MD54icict/244682023-01-17 14:02:26.946oai:www.arca.fiocruz.br:icict/24468Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-17T17:02:26Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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