Análise das políticas públicas de enfrentamento da violência sexual infantojuvenil
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Data de Publicação: | 2010 |
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Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/1730 |
Resumo: | Este artigo tem como objetivo analisar a principal política pública brasileira para o enfrentamento da violência sexual infantojuvenil no Brasil (Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes) sob o enfoque do seu eixo de atendimento, denominado “garantia de atendimento integral e especializado”. Através de uma análise documental conduzida pelo método de análise do conteúdo, são discutidos os limites e potencialidades das ações do Programa Sentinela, que constitui importante estratégia de execução do plano em sua meta “atendimento especializado e multiprofissional às vítimas de violência sexual e seus familiares”. O estudo mostra que, apesar de contemplar a maioria das diretrizes propostas para o atendimento, o programa ainda apresenta dificuldades intersetoriais no que tange a articulação com a rede assistencial, processos de referência e contra-referência e interlocução dos profissionais envolvidos. Os indicadores de avaliação do atendimento são precários, inviabilizando o monitoramento adequado das ações realizadas. Por sua vez, as capacitações oferecidas aos profissionais que atuam no Sentinela não são sistemáticas, ocasionado uma falta de padronização de condutas de atendimento. No âmbito da Saúde, poucos são os serviços estruturados com equipes habilitadas para fornecer este tipo de atendimento. Conclui-se que, apesar de beneficiar muitas crianças, adolescentes e familiares em situação de violência sexual, o atendimento especializado ainda demanda, tanto na área social como na da saúde, maiores investimentos e reestruturações para o preenchimento das lacunas ainda existentes. |
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Paixão, Ana Cristina Wanderley daDeslandes, Suely Ferreira2011-03-23T18:59:23Z2011-03-23T18:59:23Z2010PAIXÃO, Ana Cristina Wanderley da; DESLANDES, Suely Ferreira. Análise das políticas públicas de enfrentamento da violência sexual infantojuvenil. Saúde Soc., São Paulo, v. 19, n. 1, p. 114-126, jan./mar. 2010.0104-1290https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/173010.1590/S0104-12902010000100009Este artigo tem como objetivo analisar a principal política pública brasileira para o enfrentamento da violência sexual infantojuvenil no Brasil (Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes) sob o enfoque do seu eixo de atendimento, denominado “garantia de atendimento integral e especializado”. Através de uma análise documental conduzida pelo método de análise do conteúdo, são discutidos os limites e potencialidades das ações do Programa Sentinela, que constitui importante estratégia de execução do plano em sua meta “atendimento especializado e multiprofissional às vítimas de violência sexual e seus familiares”. O estudo mostra que, apesar de contemplar a maioria das diretrizes propostas para o atendimento, o programa ainda apresenta dificuldades intersetoriais no que tange a articulação com a rede assistencial, processos de referência e contra-referência e interlocução dos profissionais envolvidos. Os indicadores de avaliação do atendimento são precários, inviabilizando o monitoramento adequado das ações realizadas. Por sua vez, as capacitações oferecidas aos profissionais que atuam no Sentinela não são sistemáticas, ocasionado uma falta de padronização de condutas de atendimento. No âmbito da Saúde, poucos são os serviços estruturados com equipes habilitadas para fornecer este tipo de atendimento. Conclui-se que, apesar de beneficiar muitas crianças, adolescentes e familiares em situação de violência sexual, o atendimento especializado ainda demanda, tanto na área social como na da saúde, maiores investimentos e reestruturações para o preenchimento das lacunas ainda existentes.The purpose of this article is to analyze the main Brazilian public policy for tackling sexual violence against children and adolescents (National Plan for the Combat of Sexual Violence Against Children and Adolescents), focusing on its assistance axis, called “guarantee of integral and specialized assistance”. Based on a documental analysis carried out by the method of content analysis, this article discusses the limits and potentialities of the actions of Programa Sentinela (Sentry Program), which is an important execution strategy of the Plan concerning its goal “specialized and multiprofessional assistance for victims of sexual violence and their families”. The study shows that in spite of complying with most of the guidelines proposed for assistance, the program still presents intersector difficulties regarding articulation with the assistance network, reference and counter-reference processes and dialogue among the involved professionals. The service’s evaluation indicators are precarious, impeding the proper monitoring of the accomplished actions. In addition, the qualification programs offered to the professionals that work in Program Sentinela are not systematic; therefore, the assistance conducts are not standardized. In the scope of Healthcare, there are few structured services with qualified teams to provide this kind of service. Finally, the study shows that despite benefitting a lot of children, adolescents and relatives in situation of sexual violence, specialized assistance still demands larger investments and restructurings in the social and health areas to fulfill the gaps that still exist.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporAMARO, M. C. P.; ANDRADE, S. M.; GARANHANI, M. L. A atuação do serviço de saúde na violência sob o olhar de lideranças comunitárias de Londrina (PR). Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 17, n. 3, p. 171-180, 2008.ARAÚJO, C. O. Sistema Único de Saúde e o enfrentamento ao abuso sexual cometidos contra crianças e adolescentes. 2005. Disponível em: <http://www.caminhos.ufms.br/publicacoes>. Acesso em: 10 jan. 2008. AVANCINI, E. V. Trabalho em rede: condição para a consolidação do programa Sentinela no município de Cascavel. Revista Ágora: Políticas Públicas e Serviço Social, Paraná, ano 3, n. 5, 2006. Disponível em: <http://www.assistentesocial.com. br/biblioteca.php#agora>. Acesso em: 05 maio 2008. AZEVEDO, M. A. Conseqüências psicológicas da vitimização de crianças e adolescentes. In: AZEVEDO, M. A.; GUERRA, V. N. A. (Org.). Crianças vitimizadas: a síndrome do pequeno poder. São Paulo: Iglu, 1989. p. 143-167. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Ed. 70, 1979. BITTENCOURT, C. B. F. Violência sexual contra crianças: implicações psicológicas. Pediatria Moderna, São Paulo, v. XXXI, n. 3, p. 420-424, 1995. BRASIL. Ministério da Saúde. NOB-SUS 96: norma operacional básica do sistema único de saúde - SUS. Brasília, DF, 1997. BRASIL. Ministério da Justiça. Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto- Juvenil. Brasília, DF, 2001. BRASIL. Ministério da Previdência e Assistência Social. 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Brasília, DF, 2006a. BRASIL. Ministério da Justiça. Principais políticas públicas para o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil. Brasília, DF, 2006b. Disponível em <http:// www.mj.gov.br/sedh/mercosul/doc_reunion_ mercosur.pdf>. Acesso em: 2 dez. 2007 BRASIL. Código Penal. Decreto-Lei n°2.848 de 07.12.1940 alterado pela Lei n° 9.777 Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 ago. 2009. Seção I. n. 640. p. 4. CECRIA/AMENCAR/UNICEF. Dez anos de estatuto da criança e do adolescente: avaliando resultados e projetando o futuro. Relatório de Pesquisa. Brasília, DF: Fundo das Nações Unidas para a Infância, 2000. CECRIA - CENTRO DE REFERÊNCIA, ESTUDOS E AÇÕES SOBRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Rede de informações sobre violência sexual de crianças e adolescentes (RECRIA). Brasília. Disponível em: <http://www.cecria.org.br/recria/ recria/índex.htm>. Acesso em: 11 maio 2008. CEDCA - Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente. 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